Nossa sessão de textos curtos
explora hoje os dois DLCs lançados para o jogo South Park: A Fenda Que Abunda a Força. Quando escrevemos sobre o RPG, consideramos ele divertido, ainda que um
pouco inferior ao primeiro, South Park:The Stick of Truth, agora avaliaremos seus dois conteúdos adicionais que, tal como o jogo original, estão disponíveis para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
Drops – South Park A Fenda que Abunda Força: Um Drink na Casa Bonita e CroCrunch
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Drops,
Games,
South Park
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 31 de julho de 2018
Crítica – Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo
Entrei para assistir esse Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo sem
saber o que esperar. Não havia muita necessidade de contar a juventude da
personagem vivida por Meryl Streep no filme original e as principais músicas do
Abba já tinham usado nos números musicais, então essa continuação/prelúdio não
parecia ter muita razão de existir além de faturar em cima do anterior.
Felizmente meus temores não se confirmaram e essa continuação se mostra tão
divertida e encantadora quanto o primeiro.
A trama começa com Sophie (Amanda
Seyfred) organizando a festa de inauguração do hotel que pertenceu a sua mãe.
Conforme os convidados começam a chegar, Sophie vai descobrindo novas informações
sobre a juventude Donna (Lily James) e como ela conheceu seus três pais.
Sendo simultaneamente uma
continuação e um prelúdio, a trama constantemente alterna entre as duas
temporalidades, mas a verdade é que nenhuma delas tem algo a dizer sobre essas
personagens que já não tínhamos entendido no filme anterior. Tanto a jornada de
Donna pela Europa quanto os perrengues de Sophie com o hotel parecem acontecer
por eventos fortuitos e coincidências convenientes demais, como as tudo fosse
por exigência do roteiro e não uma decorrência orgânica das ações dos
personagens. A viagem ao passado também não tem muito a dizer que já não tenha
sido dito sobre Donna.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 30 de julho de 2018
Crítica – Orange is the New Black: 6ª Temporada
O final da quinta temporada de Orange is the New Black prometia uma
espécie de recomeço para a série ao levar as detentas para uma prisão de
segurança máxima e parte delas sendo levada a uma outra prisão. Ficava, no
entanto, a dúvida, se a sexta temporada iria se dividir entre duas prisões ou
se concentraria apenas em uma, descartando o resto das personagens. A decisão
acabou sendo a mais acertada, mantendo tudo em uma só prisão e se concentrando
nas detentas que foram para a área de segurança máxima de Litchfield, mas mesmo
reduzindo o número de personagens a série ainda tem alguns problemas de arcos
narrativos que não funcionam como deveriam.
O sexto ano começa nos mostrando
as consequências da rebelião, com as autoridades federais investigando as
responsáveis pela rebelião e também pela morte do guarda Piscatella (Brad
William Henke), já que os guardas que mataram por acidente plantam provas para
implicar uma das presas. Além de lidarem com os interrogatórios, as presas
precisam arranjar um jeito de sobreviver ao cotidiano violento da nova prisão,
que vive em uma constante disputa entre as gangues lideradas pelas irmãs e
rivais Carol (Henny Russell) e Barb (Mackenzie Philips).
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 25 de julho de 2018
Crítica – Missão Impossível: Efeito Fallout
Quando escrevi sobre Missão Impossível: Nação Secreta (2015),
mencionei que, apesar de continuar divertindo, a franquia dava sinais de
cansaço e estagnação ao repetir as mesmas tramas, sendo necessário que ele
encontrasse novo vigor para continuar relevante. Pois bem, é exatamente isso
que Missão Impossível: Efeito Fallout faz,
traz uma nova energia e uma preocupação maior com seus personagens que me fez
me interessar novamente pela franquia.
A trama começa quando Ethan (Tom
Cruise), Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) tentam recuperar material
radioativo roubado por terroristas. A missão da errado e o plutônio cai em mãos
erradas, sendo necessário que Ethan tente recuperar o plutônio antes que seja
usado em um ataque terrorista. A diretora da CIA, Erica Sloan (Angela Bassett),
não fica contente com o fato de Ethan ter escolhido salvar sua equipe ao invés
de completar a missão e envia o bruto agente Walker (Henry Cavill e seu bigode
da discórdia) para supervisionar Ethan. Ao mesmo tempo, o time precisa
descobrir a identidade de um agente infiltrado que está ajudando terroristas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 24 de julho de 2018
Crítica – O Diabo e o Padre Amorth
William Friedkin dirigiu um dos
mais célebres filmes de terror de todos os tempos com O Exorcista (1973), sedimentando a história de possessão demoníaca
na cultura pop e no imaginário popular. Aos 82 anos, Friedkin continua um
cineasta ativo e realizando bons filmes, a exemplo do excelente Killer Joe: Matador de Aluguel (2013),
mas seu mais recente trabalho, o documentário O Diabo e o Padre Amorth, está muito aquém de seu trabalho e todo
seu legado como cineasta.
O documentário começa com
Friedkin examinando a história real que inspirou O Exorcista e o impacto que seu filme teve no imaginário pop, o que
renderia um filme interessante, mas isso acaba sendo um breve preâmbulo e a
verdadeira intenção do documentário a de mostrar o exorcismo de uma jovem
italiana (que já passou por outros oito exorcismos que supostamente não
resolveram seu problema) pelo padre Gabriele Amorth.
Em nenhum momento Friedkin
questiona a natureza daquilo que aflige a mulher italiana. Do início ao fim ele
está completamente convencido de que ela está possuída por alguma força
demoníaca e por conta dessa extrema proximidade e deslumbramento com a ideia da
possessão demoníaca o veterano diretor não percebe uma questão ética
fundamental que emerge de seu registro. Como indivíduo ou mesmo documentarista,
Friedkin é livre para pensar, crer e professar suas crenças com bem entender,
mas a partir do momento que a tentativa dele em confirmar suas crenças envolve
outras pessoas e exibe potencial para impactar suas vidas, um documentarista
precisa pensar em que tipo de impacto seu trabalho pode causar sobre o sujeito
filmado e se realmente vale a pena expor esses sujeitos sob o risco de um
impacto negativo.
Labels:
Crítica,
Documentário
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Lixo Extraordinário – Birdemic: Shock and Terror
Eu já falei de muitos filmes
ruins, mas é bem possível que nenhum até agora consiga ser tão técnica e
artisticamente mal concebido quanto o pavoroso Birdemic: Shock and Terror. Se você sempre quis saber como seria Os Pássaros (1963) se Alfred Hitchcock
fosse totalmente incompetente, esse filme oferece uma resposta para essa
pergunta.
A trama é centrada em Rod (Alan
Bagh), um jovem vendedor de software
que acabou de fechar um grande contrato e está prestes a abrir sua própria
empresa. Ele conhece a jovem modelo Nathalie (Whitney Moore) e ambos se
apaixonam, mas o romance dos dois é interrompido quando os pássaros começam a
atacar os seres humanos.
A primeira coisa que chama a
atenção é a total falta de ritmo da montagem e quase ausência de decupagem das
cenas. A maioria dos planos se alonga mais do que deveria sobre os rostos dos
personagens e fachadas de prédios, com o filme demorando alguns segundos para
cortar mesmo depois das conversas entre os personagens já terem terminado. O
melhor exemplo de como o filme não tem a menor noção de decupagem ou como usar
a montagem para conferir ritmo e dar andamento à trama deve ser a sequência que
vemos Rod ir trabalhar. Normalmente um filme nos mostra um personagem saindo de
casa e já corta para uma imagem dele chegando em seu local de trabalho, afinal,
se nada relevante para a trama ou desenvolvimento do personagem acontece no
trajeto, não há razão para gastar tempo e dinheiro filmando cenas que não irão
servir para nada.
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Lixo Extraordinário,
Suspense,
Terror
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Crítica - Distúrbio
O diretor Steven Soderbergh tem
constantemente experimentado com gêneros, formatos e maneiras de filmar. Distúrbio, seu mais recente filme, por
exemplo, foi quase que inteiramente filmado com um iPhone 7 (em alguns momentos
também dá para perceber imagens captadas por drones). Poderia ser meramente uma estratégia publicitária da Apple
para promover seu produto, mas Soderbergh consegue criar um suspense
psicológico satisfatório dentro dessa proposta de filmar.
A trama acompanha Sawyer (Claire
Foy), uma mulher que recentemente mudou de cidade e está se acostumando ao seu
novo emprego. Sua mudança foi decorrente de ter sido vítima de um stalker e as marcas do trauma de ser
perseguida permanecem com ela ao ponto que a protagonista decide procurar ajuda
médica. Após a consulta com a médica, Sawyer é internada em uma clínica
psiquiátrica, descobrindo que alguns dos papéis que assinou durante a consulta
eram formulários de internação voluntária. Aos poucos, Sawyer começa a perceber
coisas estranhas acontecendo, pondo em questão se tudo aquilo é real ou fruto
de seu estado mental.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Crítica - Todo Dia
Todo Dia chama atenção por sua premissa pouco usual para um filme
de romance. Uma garota, Rhiannon (Angourie Rice), se apaixona por uma pessoa
(ou entidade), autointitulada A, que cada dia ocupa um corpo diferente. É algo
com um quê de metafísico ou realismo fantástico, mas lamentavelmente o filme
nunca embarca no potencial de sua própria trama.
Rhiannon é constantemente
ignorada pelo namorado, Justin (Justice Smith), mas um dia ele chega diferente
ao colégio e leva Rihannon em um passeio inesquecível que a faz sentir ainda
mais apaixonada pelo rapaz. No dia seguinte, no entanto, Justin não só retorna
à sua postura negligente com a namorada como também afirma não se lembrar de
nada. Nos dias que seguem, a protagonista é abordada por diferentes pessoas (de
ambos sexos) que lhe lembram do dia que teve com Justin até que um desses
indivíduos conta a ela que todo esse tempo Rhiannon esteve interagindo com um
só indivíduo. Essa pessoa, que diz se chamar A, troca de corpo toda noite e não
parece ter um corpo próprio. Intrigada por essa situação pouco usual, Rhiannon
vai se aproximando de A em suas diferentes formas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 17 de julho de 2018
Crítica - Ilha dos Cachorros
Uma animação stop-motion sobre um garoto em busca de seu cachorro perdido parece
soar como uma aventura ingênua e afetuosa. Ilha
dos Cachorros não deixa de ser isso, mas também é uma reflexão sobre a
retórica fascista e como governos autoritários conseguem legitimar o extermínio
de minorias.
A narrativa se passa em um futuro
próximo no Japão. O governante local declarou todos os cachorros como uma
ameaça à saúde pública por eles carregarem diferentes doenças e decide enviar todos
os cachorros para uma remota ilha de modo a livrar a sociedade da praga desses
animais. O garoto Atari (Koyu Rankin), no entanto, decide ir até a ilha para
resgatar seu cachorro Spots (Liev Schreiber). Lá ele encontra a matilha
liderada por Chief (Bryan Cranston) e acaba recebendo ajuda deles para
encontrar Spots. Na ilha Atari também vai aos poucos descobrindo que exilar os
animais na ilha foi só o primeiro passo do governo em um plano maior para o
extermínio completo dos cachorros e que o atual governante pertente a uma longa
dinastia que ama gatos e odeia cães.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Crítica – Sexy por Acidente
Misturando elementos de Quero Ser Grande (1988) com O Amor é Cego (2001), Sexy por Acidente é um filme cheio de
boas intenções e, embora não seja o primeiro a trazer uma mensagem de que a
beleza física não importa, o que torna-o tão interessante é a sinceridade com a
qual aborda esse tema em uma sociedade cada vez mais obcecada com a imagem e a
beleza física.
A trama é centrada em Renee (Amy
Schumer), uma mulher cheia de inseguranças quanto à aparência por não se
conformar com os padrões de beleza. Ela é relativamente bem sucedida, mas pensa
que sua vida poderia ser bem melhor se ela tivesse um corpo perfeito. Seu
desejo é mais ou menos atendido quando ela bate a cabeça na academia e ao
acordar acredita ter magicamente adquirido a beleza que tanto desejava, mas na
verdade seu corpo não mudou, apenas a percepção que ela tem de si mesma.
O início do filme é hábil em
mostrar como determinados padrões de aparência são impostos pelos meios de
comunicação, mostrando capas de revista, publicidade e tutoriais de internet que
lembram a todos, especialmente mulheres, que existe apenas uma forma, um tipo
de corpo, que é considerado belo e todas as outras são incentivadas a correr
atrás desses padrões.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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