sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Crítica – No Man’s Sky NEXT

Análise Crítica – No Man’s Sky NEXT



Review – No Man’s Sky NEXT
Quando No Man’s Sky foi lançado há dois anos atrás, ficou evidente que o jogo não chegava perto de cumprir todas as promessas que foram feitas a seu respeito desde que tinha sido anunciado. Havia uma fundação promissora, mas a falta de conteúdo tornava fácil perder o interesse depois de algumas horas. A desenvolvedora Hello Games podia ter deixado o jogo nesta situação, mas desde então vem adicionando conteúdo periódica e gratuitamente, culminando na atualização intitulada NEXT, que marca também o lançamento de No Man’s Sky para o Xbox One (até então estava disponível apenas para PS4 e PC). NEXT é uma atualização gratuita, então se você já tem o jogo não é preciso adquirir mais nada, basta deixar que ele atualize.

A primeira diferença a ser notada são as melhorias visuais e ajustes nos algoritmos que geram os planetas, criaturas e vegetação, criando espaços visualmente mais ricos, criaturas mais diferentes e insólitas e vegetações mais densas. A galáxia é também mais povoada, com mais alienígenas presentes nas estações espaciais para interagir. Poucos jogos conseguem criar um senso de descoberta, saindo de um planeta para outro, como No Man’s Sky e isso continua valendo nesta atualização.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Drops – South Park A Fenda que Abunda Força: Um Drink na Casa Bonita e CroCrunch

Crítica - South Park DLC


Nossa sessão de textos curtos explora hoje os dois DLCs lançados para o jogo South Park: A Fenda Que Abunda a Força. Quando escrevemos sobre o RPG, consideramos ele divertido, ainda que um pouco inferior ao primeiro, South Park:The Stick of Truth, agora avaliaremos seus dois conteúdos adicionais que, tal como o jogo original, estão disponíveis para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Crítica – Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo


Análise Crítica – Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo


Review – Mamma Mia: Lá Vamos Nós de NovoEntrei para assistir esse Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo sem saber o que esperar. Não havia muita necessidade de contar a juventude da personagem vivida por Meryl Streep no filme original e as principais músicas do Abba já tinham usado nos números musicais, então essa continuação/prelúdio não parecia ter muita razão de existir além de faturar em cima do anterior. Felizmente meus temores não se confirmaram e essa continuação se mostra tão divertida e encantadora quanto o primeiro.

A trama começa com Sophie (Amanda Seyfred) organizando a festa de inauguração do hotel que pertenceu a sua mãe. Conforme os convidados começam a chegar, Sophie vai descobrindo novas informações sobre a juventude Donna (Lily James) e como ela conheceu seus três pais.

Sendo simultaneamente uma continuação e um prelúdio, a trama constantemente alterna entre as duas temporalidades, mas a verdade é que nenhuma delas tem algo a dizer sobre essas personagens que já não tínhamos entendido no filme anterior. Tanto a jornada de Donna pela Europa quanto os perrengues de Sophie com o hotel parecem acontecer por eventos fortuitos e coincidências convenientes demais, como as tudo fosse por exigência do roteiro e não uma decorrência orgânica das ações dos personagens. A viagem ao passado também não tem muito a dizer que já não tenha sido dito sobre Donna.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Crítica – Orange is the New Black: 6ª Temporada


Análise Crítica – Orange is the New Black: 6ª Temporada


Review – Orange is the New Black: 6ª Temporada
O final da quinta temporada de Orange is the New Black prometia uma espécie de recomeço para a série ao levar as detentas para uma prisão de segurança máxima e parte delas sendo levada a uma outra prisão. Ficava, no entanto, a dúvida, se a sexta temporada iria se dividir entre duas prisões ou se concentraria apenas em uma, descartando o resto das personagens. A decisão acabou sendo a mais acertada, mantendo tudo em uma só prisão e se concentrando nas detentas que foram para a área de segurança máxima de Litchfield, mas mesmo reduzindo o número de personagens a série ainda tem alguns problemas de arcos narrativos que não funcionam como deveriam.

O sexto ano começa nos mostrando as consequências da rebelião, com as autoridades federais investigando as responsáveis pela rebelião e também pela morte do guarda Piscatella (Brad William Henke), já que os guardas que mataram por acidente plantam provas para implicar uma das presas. Além de lidarem com os interrogatórios, as presas precisam arranjar um jeito de sobreviver ao cotidiano violento da nova prisão, que vive em uma constante disputa entre as gangues lideradas pelas irmãs e rivais Carol (Henny Russell) e Barb (Mackenzie Philips).

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Crítica – Missão Impossível: Efeito Fallout

Análise Crítica – Missão Impossível: Efeito Fallout


Review – Missão Impossível: Efeito Fallout
Quando escrevi sobre Missão Impossível: Nação Secreta (2015), mencionei que, apesar de continuar divertindo, a franquia dava sinais de cansaço e estagnação ao repetir as mesmas tramas, sendo necessário que ele encontrasse novo vigor para continuar relevante. Pois bem, é exatamente isso que Missão Impossível: Efeito Fallout faz, traz uma nova energia e uma preocupação maior com seus personagens que me fez me interessar novamente pela franquia.

A trama começa quando Ethan (Tom Cruise), Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) tentam recuperar material radioativo roubado por terroristas. A missão da errado e o plutônio cai em mãos erradas, sendo necessário que Ethan tente recuperar o plutônio antes que seja usado em um ataque terrorista. A diretora da CIA, Erica Sloan (Angela Bassett), não fica contente com o fato de Ethan ter escolhido salvar sua equipe ao invés de completar a missão e envia o bruto agente Walker (Henry Cavill e seu bigode da discórdia) para supervisionar Ethan. Ao mesmo tempo, o time precisa descobrir a identidade de um agente infiltrado que está ajudando terroristas.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Crítica – O Diabo e o Padre Amorth

Análise Crítica – O Diabo e o Padre Amorth



Review – O Diabo e o Padre Amorth
William Friedkin dirigiu um dos mais célebres filmes de terror de todos os tempos com O Exorcista (1973), sedimentando a história de possessão demoníaca na cultura pop e no imaginário popular. Aos 82 anos, Friedkin continua um cineasta ativo e realizando bons filmes, a exemplo do excelente Killer Joe: Matador de Aluguel (2013), mas seu mais recente trabalho, o documentário O Diabo e o Padre Amorth, está muito aquém de seu trabalho e todo seu legado como cineasta.

O documentário começa com Friedkin examinando a história real que inspirou O Exorcista e o impacto que seu filme teve no imaginário pop, o que renderia um filme interessante, mas isso acaba sendo um breve preâmbulo e a verdadeira intenção do documentário a de mostrar o exorcismo de uma jovem italiana (que já passou por outros oito exorcismos que supostamente não resolveram seu problema) pelo padre Gabriele Amorth.

Em nenhum momento Friedkin questiona a natureza daquilo que aflige a mulher italiana. Do início ao fim ele está completamente convencido de que ela está possuída por alguma força demoníaca e por conta dessa extrema proximidade e deslumbramento com a ideia da possessão demoníaca o veterano diretor não percebe uma questão ética fundamental que emerge de seu registro. Como indivíduo ou mesmo documentarista, Friedkin é livre para pensar, crer e professar suas crenças com bem entender, mas a partir do momento que a tentativa dele em confirmar suas crenças envolve outras pessoas e exibe potencial para impactar suas vidas, um documentarista precisa pensar em que tipo de impacto seu trabalho pode causar sobre o sujeito filmado e se realmente vale a pena expor esses sujeitos sob o risco de um impacto negativo.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Lixo Extraordinário – Birdemic: Shock and Terror


Análise - Birdemic: Shock and Terror


Resenha - Birdemic: Shock and Terror
Eu já falei de muitos filmes ruins, mas é bem possível que nenhum até agora consiga ser tão técnica e artisticamente mal concebido quanto o pavoroso Birdemic: Shock and Terror. Se você sempre quis saber como seria Os Pássaros (1963) se Alfred Hitchcock fosse totalmente incompetente, esse filme oferece uma resposta para essa pergunta.

A trama é centrada em Rod (Alan Bagh), um jovem vendedor de software que acabou de fechar um grande contrato e está prestes a abrir sua própria empresa. Ele conhece a jovem modelo Nathalie (Whitney Moore) e ambos se apaixonam, mas o romance dos dois é interrompido quando os pássaros começam a atacar os seres humanos.

A primeira coisa que chama a atenção é a total falta de ritmo da montagem e quase ausência de decupagem das cenas. A maioria dos planos se alonga mais do que deveria sobre os rostos dos personagens e fachadas de prédios, com o filme demorando alguns segundos para cortar mesmo depois das conversas entre os personagens já terem terminado. O melhor exemplo de como o filme não tem a menor noção de decupagem ou como usar a montagem para conferir ritmo e dar andamento à trama deve ser a sequência que vemos Rod ir trabalhar. Normalmente um filme nos mostra um personagem saindo de casa e já corta para uma imagem dele chegando em seu local de trabalho, afinal, se nada relevante para a trama ou desenvolvimento do personagem acontece no trajeto, não há razão para gastar tempo e dinheiro filmando cenas que não irão servir para nada.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Crítica - Distúrbio


Análise Crítica - Distúrbio


Review - UnsaneO diretor Steven Soderbergh tem constantemente experimentado com gêneros, formatos e maneiras de filmar. Distúrbio, seu mais recente filme, por exemplo, foi quase que inteiramente filmado com um iPhone 7 (em alguns momentos também dá para perceber imagens captadas por drones). Poderia ser meramente uma estratégia publicitária da Apple para promover seu produto, mas Soderbergh consegue criar um suspense psicológico satisfatório dentro dessa proposta de filmar.

A trama acompanha Sawyer (Claire Foy), uma mulher que recentemente mudou de cidade e está se acostumando ao seu novo emprego. Sua mudança foi decorrente de ter sido vítima de um stalker e as marcas do trauma de ser perseguida permanecem com ela ao ponto que a protagonista decide procurar ajuda médica. Após a consulta com a médica, Sawyer é internada em uma clínica psiquiátrica, descobrindo que alguns dos papéis que assinou durante a consulta eram formulários de internação voluntária. Aos poucos, Sawyer começa a perceber coisas estranhas acontecendo, pondo em questão se tudo aquilo é real ou fruto de seu estado mental.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Crítica - Todo Dia


Análise Crítica - Todo Dia


Review - Todo Dia
Todo Dia chama atenção por sua premissa pouco usual para um filme de romance. Uma garota, Rhiannon (Angourie Rice), se apaixona por uma pessoa (ou entidade), autointitulada A, que cada dia ocupa um corpo diferente. É algo com um quê de metafísico ou realismo fantástico, mas lamentavelmente o filme nunca embarca no potencial de sua própria trama.

Rhiannon é constantemente ignorada pelo namorado, Justin (Justice Smith), mas um dia ele chega diferente ao colégio e leva Rihannon em um passeio inesquecível que a faz sentir ainda mais apaixonada pelo rapaz. No dia seguinte, no entanto, Justin não só retorna à sua postura negligente com a namorada como também afirma não se lembrar de nada. Nos dias que seguem, a protagonista é abordada por diferentes pessoas (de ambos sexos) que lhe lembram do dia que teve com Justin até que um desses indivíduos conta a ela que todo esse tempo Rhiannon esteve interagindo com um só indivíduo. Essa pessoa, que diz se chamar A, troca de corpo toda noite e não parece ter um corpo próprio. Intrigada por essa situação pouco usual, Rhiannon vai se aproximando de A em suas diferentes formas.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Crítica - Ilha dos Cachorros


Análise Crítica - Ilha dos Cachorros


Review - Ilha dos Cachorros
Uma animação stop-motion sobre um garoto em busca de seu cachorro perdido parece soar como uma aventura ingênua e afetuosa. Ilha dos Cachorros não deixa de ser isso, mas também é uma reflexão sobre a retórica fascista e como governos autoritários conseguem legitimar o extermínio de minorias.

A narrativa se passa em um futuro próximo no Japão. O governante local declarou todos os cachorros como uma ameaça à saúde pública por eles carregarem diferentes doenças e decide enviar todos os cachorros para uma remota ilha de modo a livrar a sociedade da praga desses animais. O garoto Atari (Koyu Rankin), no entanto, decide ir até a ilha para resgatar seu cachorro Spots (Liev Schreiber). Lá ele encontra a matilha liderada por Chief (Bryan Cranston) e acaba recebendo ajuda deles para encontrar Spots. Na ilha Atari também vai aos poucos descobrindo que exilar os animais na ilha foi só o primeiro passo do governo em um plano maior para o extermínio completo dos cachorros e que o atual governante pertente a uma longa dinastia que ama gatos e odeia cães.