As adaptações de literatura
adolescente se tornaram um grande filão comercial em Hollywood no início dos
anos 2000 graças ao sucesso de títulos como Harry
Potter, Jogos Vorazes ou mesmo Crepúsculo (estou falando em termos de
sucesso comercial, não necessariamente artístico). Na esteira desse sucesso
surgiram vários produtos similares, também baseados em produtos literários, que
queriam explorar o filão, mas a maioria deles sequer conseguiu contar suas
histórias até o fim como o caso de Percy Jackson, O Lar das Crianças Peculiares, Divergente ou Instrumentos Mortais (que depois virou
série televisiva).
Se o desgaste dessas adaptações
de literatura adolescente, principalmente as que se baseiam em distopias
futuristas, já não estava evidente, este Mentes
Sombrias é a prova que faltava que esse filão comercial já não tem mais
lenha para queimar. A trama se passa em um futuro alternativo no qual a maioria
das crianças ou adolescentes foram mortas por um vírus mortal. As que sobreviveram
ao vírus desenvolveram habilidades especiais que vão desde inteligência
aumentada até controle da mente e o governo avalia cada uma dessas habilidades
com um nível de periculosidade associando uma cor à posse dessas habilidades,
sendo que cada jovem exibe olhos que são da mesma cor que a escala de
periculosidade do governo, o que é bem conveniente, já que em momento algum a
narrativa afirma que a escala foi elaborada a partir dos olhos das pessoas.