É bastante curioso que a mesma
Warner que tem dificuldade para consolidar o universo compartilhado dos heróis
da DC tenha conseguido há alguns anos emplacar seu universo compartilhado de
filmes de terror derivados dos dois Invocação
do Mal. Depois dos dois filmes sobre a boneca Annabelle, agora é a vez de A Freira, protagonizado pela sinistra
aparição de Invocação do Mal 2
(2016).
A narrativa se passa na década de
50 em um misterioso convento no interior da Romênia. Quando uma freira do local
é encontrada morta sob circunstâncias misteriosas, o vaticano envia o padre
Burke (Damian Bichir) e a freira Irene (Taissa Farmiga) para investigar os
fenômenos. Os dois tem a ajuda de Frenchie (Jonas Bloquet), um fazendeiro local
familiarizado com as lendas envolvendo o convento.
O diretor Corin Hardy (do correto A Maldição da Floresta) investe em contrastes
entre luz e sombra para criar sua atmosfera de terror, com a silhueta sombria
da freira demoníaca se movimentando pelos espaços ou se confundindo com o
cenário, explorando a profundidade de campo para criar a impressão que a
criatura pode estar em qualquer lugar. Em alguns momentos, o terror vem da
claustrofobia dos corredores apertados ou espaços diminutos como a cena em que
o padre Burke fica preso no caixão.