domingo, 21 de outubro de 2018

Crítica – Demolidor: 3ª Temporada


Análise Crítica – Demolidor: 3ª Temporada


Review – Demolidor: 3ª Temporada
Depois de uma excelente primeira temporada, Demolidor partiu para um segundo ano que mais pareciam duas temporadas em uma, com os arcos do Justiceiro (Jon Bernthal) e Elektra (Elodie Yung) mal se relacionando um com o outro e a falta de um antagonista que fosse tão interessante quanto o Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio) da primeira temporada. Felizmente, o terceiro ano da série corrige a maioria desses problemas e entrega uma temporada tão boa quanto à primeira.

A trama começa com Matt Murdock (Charlie Cox) ferido depois dos eventos de Os Defensores. Ele está sendo mantido em segredo no orfanato em que cresceu e é cuidado pelas freiras do local. Os ferimentos sofridos prejudicaram seus sentidos aguçados e agora Matt se questiona seu lugar no mundo uma vez que não pode mais ser o Demolidor. Ao mesmo tempo, Wilson Fisk consegue fazer um acordo de delação e sai da cadeia, fazendo Matt questionar sua escolha de não matar e levantando a questão de como deter alguém que nunca desiste.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Crítica – Pathfinder: Kingmaker


Análise Crítica – Pathfinder: Kingmaker


Review – Pathfinder: Kingmaker
Faz tempo que procuro um bom RPG que emule o estilo de RPGs de mesa, tal qual faziam Baldur’s Gate ou Neverwinter Nights. Minha busca cessou quando encontrei este Pathfinder: Kingmaker, baseado no RPG de mesa Pathfinder (que não conheço, parei com os RPGs de mesa no D&D 3ª Edição). É um jogo com perspectiva isométrica que traz tudo que eu busca em algo com o clima dos jogos de mesa, mas também traz alguns problemas que atrapalham a experiência.

Na trama, o personagem criado pelo personagem é um Pathfinder, um desbravador que precisa conquistar uma área selvagem e governá-la em meio a um clima de rivalidade entre os dois grandes reinos vizinhos. É uma narrativa cheia de intrigas políticas e personagens ambíguos que consegue nos manter interessados do início ao fim.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Crítica – Apóstolo


Análise Crítica – Apóstolo


Review – Apóstolo
Um homem viaja até uma remota ilha na costa britânica em busca de uma mulher desaparecida. Chegando lá, descobre que o local é sede de um estranho culto religioso e precisa desvendar o que está acontecendo ali. Essa é a premissa de O Homem de Palha (1973), mas também se aplica a este Apóstolo do diretor Gareth Evans (responsável pelos dois Operação Invasão), que mistura O Homem de Palha (cujo remake de 2006, O Sacrifício, estrelado por Nicolas Cage, se tornou uma fábrica de memes), A Bruxa (2016), Silêncio (2018) e Silent Hill.

O resultado, no entanto, é maior que a soma de suas partes, formando um todo coeso que se sustenta por conta própria tecendo uma trama sinistra sobre fé, natureza e a relação do homem com o divino. A narrativa se passa em 1905, com Thomas (Dan Stevens) viajando até a ilha para encontrar a irmã, que foi sequestrada pelo culto liderado pelo Profeta Malcolm (Michael Sheen). Aos poucos, Thomas descobre que o culto vai além do radicalismo religioso e realiza sacrifícios humanos, precisando correr contra o tempo para salvar a irmã.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Crítica – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland


Análise Crítica – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland


Review – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
Se você vai querer subir nos ombros de um gigante, é melhor ter certeza que é capaz de fazer a escalada. Digo isso porque este A Casa do Medo: Incidente em Ghostland faz desde seus primeiros minutos referências ao escritor H.P Lovecraft, um dos mais seminais e influentes do terror. Ao fazer isso, o filme apenas ressalta o quanto está longe, mas bem longe, do estilo ou tipo de narrativa de Lovecraft, uma comparação que eu nem faria caso a narrativa não a fizesse por conta própria.

Os contos de Lovecraft narravam a lenta descida à loucura experimentada por seus personagens conforme eles encontravam criaturas e horrores ancestrais, coisas tão abomináveis que a mera visão delas, mesmo que de relance, danificava a sanidade de qualquer pessoa. Suas descrições eram carregadas de tantos adjetivos que era difícil compreender exatamente a natureza ou a forma das criaturas narradas, criando simultaneamente curiosidade e temor por coisas tão difíceis de compreender. O horror de Lovecraft ia se insinuando aos poucos e servia para nos lembrar da pequenez do homem diante da imensidão do universo ou o quanto ainda existe de desconhecido apesar de todos os nossos avanços.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Crítica – A Justiceira


Análise Crítica – A Justiceira


Review – A Justiceira
Quando despontou para o sucesso com a série Alias, todo mundo apostava que Jennifer Garner seria a próxima grande heroína de ação hollywoodiana. Ela até fez alguns esforços nesse sentido, mas em projetos de pouco sucesso como Demolidor (2003) e Elektra (2005). De lá pra cá Garner acabou fazendo muita coisa que não aproveitava bem seu talento para a ação, interpretando o papel de mãe de família em comédias como Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso (2014), Virei Um Gato (2016) ou em dramas como Milagres do Paraíso (2016). Este A Justiceira marca o retorno de Garner ao reino da ação e dá a impressão de que a atriz merecia um material melhor.

Garner interpreta Riley, uma mulher que vê o marido e a filha serem mortos por um cartel de drogas mexicano. Quando os responsáveis são soltos a despeito de Riley tê-los identificado, ela desaparece sem deixar rastros. Cinco anos depois da morte da família, ela retorna à sua cidade natal para se vingar de todos os envolvidos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Crítica – O Primeiro Homem


Análise Crítica – O Primeiro Homem


Review – O Primeiro HomemO diretor Damian Chazelle tem um claro interesse por pessoas que tentam fazer algo extraordinário e quais os custos disso. Em Whiplash: Em Busca daPerfeição (2015) ele mostrava como a busca por excelência impele a ultrapassar limites ao ponto de se tornar algo doentio, em La La Land: Cantando Estações (2017) explorou como é preciso abrir mão de certas coisas para alcançar nossos sonhos e em O Primeiro Homem ele examina como mesmo alguém que não tinha grandes ambições fez algo que marcou a história.

O filme conta a história real de Neil Armstrong (Ryan Gosling), astronauta que foi o primeiro homem a pousar na Lua. Armstrong decide se juntar ao programa espacial depois da morte da filha pequena, imaginando que a mudança de cidade ofereceria um novo começo para ele e para a esposa, Janet (Claire Foy).

O grande acerto do filme é evitar endeusar seu protagonista, transformando-o num herói da humanidade da nação. Ao invés disso faz de Armstrong um sujeito que nunca ambicionou ser um ícone, que nunca teve pretensão de chefiar uma missão à lua, era apenas alguém que queria fazer seu trabalho de uma maneira correta e prover para sua família. É essa banalidade que o torna incrível, alguém que é bom no que faz, mas que não menospreza a vida ao seu redor. Ryan Gosling transmite isso em sua performance taciturna, sempre contida, mesmo quando emocionalmente abalado a exemplo da cena em que discute com Buzz Aldrin (Corey Stoll) sobre a  morte de um colega.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Crítica – Sala Verde


Análise Crítica – Sala Verde


Review – Sala Verde
Uma banda de punk rock sai em turnê pelo interior dos Estados Unidos. Eles estão com pouco dinheiro e seu mais recente show foi cancelado. Sem dinheiro, aceitam ir tocar em um bar neonazista. Lá, acabam testemunhando um assassinato e os nazistas, liderados por Darcy (Patrick Stewart), decidem que eles não devem sair do local com vida. Assim, a banda inicia uma tensa luta por sobrevivência.

É um fiapo de trama, com pouco desenvolvimento de personagem, mas que consegue usar seus poucos espaços para criar com eficiência um clima de tensão e suspense. Boa parte da trama se passa dentro do camarim do bar, no qual a banda se tranca e tenta negociar a saída com os nazistas e a tensão vai crescendo conforme fica claro que os donos do local não deixarão músicos saírem vivos dali.

Apesar de dar pouco tempo para desenvolver seus personagens, os primeiros minutos conseguem ao menos nos levar a nos importarmos com eles. Começando com o carro deles em uma plantação de milho, o início nos mostra a situação de perrengue e poucos recursos dos músicos, sendo fácil simpatizar com eles. Além disso os integrantes da banda, Pat (Anton Yelchin), Sam (Alia Shawkat), Reece (Joe Cole) e Tigger (Callam Turner) são convencem do companheirismo e camaradagem entre eles.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Drops – Para Sempre Chape e Operação Final


Nossa sessão de textos curtos vai hoje falar de dois filmes que chegaram recentemente na Netflix, o documentário Para Sempre Chape e o drama Operação Final.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Crítica – Better Call Saul: 4ª Temporada


Análise Crítica – Better Call Saul: 4ª Temporada


Review – Better Call Saul: 4ª Temporada
Depois do impactante desfecho da terceira temporada, o quarto ano de Better Call Saul apontava para uma aproximação ainda maior de Jimmy do alter-ego de Saul Goodman e foi exatamente isso que entregou, apesar dos arcos de outros personagens terem deixado a desejar. A partir desse ponto, SPOILERS da temporada são inevitáveis.

A trama começa com o funeral de Chuck (Michael McKean), mostrando que Jimmy (Bob Odenkirk) demonstra não estar abalado com a morte do irmão enquanto Kim (Rhea Seehorn) percebe que claramente há algo errado com Jimmy, mas prefere dar a ele espaço para processar seu luto. Mike (Jonathan Banks) continua trabalhando para Gus (Giancarlo Esposito) e agora ajuda o traficante a construir um laboratório subterrâneo (aquele que Walt usou em Breaking Bad).

A recusa de Jimmy em reconhecer estar afetado pela morte do irmão, talvez por se sentir culpado pela piora dele ao expor seu transtorno como algo meramente psicológico na temporada anterior, acaba sendo um dos elementos que dá início ao afastamento entre ele e Kim. Tendo visto Breaking Bad, sabemos que a advogada não faz parte da vida de Saul Goodman, então era uma questão de saber como a cisão entre eles não aconteceria e, tal qual o conflito com Jimmy e Chuck, a série não decepciona no modo como constrói isso de maneira crível.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Crítica – Nasce Uma Estrela


Análise Crítica – Nasce Uma Estrela


Review – Nasce Uma Estrela
Eu estava empolgado pela nova versão de Nasce Uma Estrela por conta da presença de Lady Gaga no elenco, mas, ao mesmo tempo, me perguntava se havia substância o suficiente para que essa história fosse contada uma quarta vez. A primeira versão foi em 1937, a segunda em 1954, ambas no universo no cinema, e foi a versão de 1976 estrelada por Barbra Streisand que deslocou a história para o mundo da música, ambiente no qual a nova versão também se passa.
                         
Jackson Maine (Bradley Cooper, que também dirigiu o filme) é um astro da música cuja carreira está se aproximando fim. Ele está perdendo a audição e se afundando em drogas, apenas vivendo da fama de outrora. As coisas mudam quando ele conhece Ally (Lady Gaga), uma cantora talentosa que reacende a paixão de Jack pela música. O relacionamento de ambos evolui, mas os problemas de Jack com drogas vão piorando à medida que a carreira de Ally deslancha.