quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Crítica – Marvel’s Spider-Man: O Assalto


Análise Crítica – Marvel’s Spider-Man: O Assalto


Review – Marvel’s Spider-Man: O Assalto
Spider-Man não é só o melhor é o melhor jogo do herói aracnídeo da Marvel em muito tempo, como também é um dos melhores games desse ano. Assim, estava bastante empolgado pela sua primeira expansão, O Assalto, mas apesar de manter a qualidade do jogo base, o conteúdo adicional faz pouco para acrescentar novidades à experiência.

Eu imaginei que a trama da expansão seria paralela à história principal, mas a verdade é que ela se passa depois da história, algo evidenciado pelas conversas entre Peter Parker e Miles Morales que repercutem uma das cenas pós-créditos do jogo base. A narrativa gira em torno de uma série de assaltos cometidos pela Gata Negra contra alvos das famílias mafiosas de Nova Iorque, atraindo a ira do gângster Cabeça de Martelo. A trama traz a mesma qualidade da narrativa do jogo base, explorando as relações de Peter com os diferentes personagens, principalmente como a presença da Gata Negra afeta seu relacionamento com Mary Jane.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Crítica – Riverdale: 2ªTemporada


Análise Crítica – Riverdale: 2ªTemporada


Review – Riverdale: 2ªTemporada
Quando escrevi sobre o ano de estreia de Riverdale, mencionei como a série tinha dificuldade em fazer a sombria trama de assassinato dialogar com as intrigas colegiais experimentadas pelos protagonistas adolescentes. Essa segunda temporada se sai melhor nesse aspecto, focando mais nos mistérios do que na vida estudantil dos personagens, mas ainda teve problemas com tramas que não funcionavam. A partir desse ponto, o texto contem SPOILERS.
                          
A narrativa começa no ponto em que a anterior terminou, com o pai de Archie (KJ Apa), Fred (Luke Perry) sendo baleado por um misterioso homem encapuzado que passa a ser chamado de Capuz Negro conforme mais pessoas da cidade são atacadas. O assassino parece ter algum fascínio por Betty (Lili Reinhart), ligando para ela e mandando mensagens criptografadas. Ao mesmo tempo, o pai de Veronica (Camila Mendes), Hiram (Mark Consuelos), retorna a Riverdale e começa a comprar propriedades na zona sul da cidade. Jughead (Cole Sprouse) desconfia dos planos do empresário e decide investigar o que está acontecendo.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Crítica – Podres de Ricos




A última vez que Hollywood produziu um filme estrelado por elenco asiático e com um diretor asiático foi em O Clube da Felicidade e da Sorte (1993) e só agora, vinte e cinco anos depois (mostrando como é um grupo subrepresentado), volta a fazer outro neste divertido Podres de Ricos. A questão da representatividade acaba dando personalidade ao que, de outro modo, seria algo relativamente derivativo.

A trama acompanha o casal Rachel (Constance Wu) e Nick (Henry Golding, que recentemente esteve em Um Pequeno Favor). O casal está a caminho de Singapura para o casamento de um amigo de Nick, que é nativo do local. Durante a viagem, Rachel descobre que a família de Nick é podre de rica e uma das mais tradicionais da elite asiática. Assim, apesar de também ser chinesa, Rachel enfrenta certa rejeição da sogra, Eleanor (Michelle Yeoh), que não a considera boa o bastante para Nick.

É uma comédia romântica com aquela estrutura bem típica de “conto de fada”, com uma mocinha levada a um mundo de luxo, mas sendo rejeitada pela família do amado por conta da origem humilde. O resultado disso poderia ser uma entediante coleção de clichês, mas o elenco é tão carismático e esse universo e ultra riqueza é tão bem construído que é difícil não se encantar.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Crítica- Halloween

Análise Crítica- Halloween


Review - HalloweenO diretor David Gordon Green se tornou famoso por seu trabalho em comédias como Segurando as Pontas (2008) e Sua Alteza (2011), mas nos últimos anos migrou para o drama com o bacana Joe (2013) e o recente O Que Te Faz Mais Forte. Agora ele entra no reino do terror com este Halloween, uma continuação do seminal terror de 1978 dirigido por John Carpenter. Tal como outros realizadores vindos da comédia, caso de Jordan Peele em Corra! (2017) ou John Krasinski em Um Lugar Silencioso (2018), os resultados obtidos por Green são surpreendentemente satisfatórios.

A trama ignora todas as outras continuações e considera apenas o original de 1978 em sua linha do tempo. O assassino Michael Myers está preso há décadas, mas ninguém conseguiu penetrar na sua mente para compreendê-lo. Enquanto isso Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), a única sobrevivente de seu ataque em 1978, se tornou uma mulher solitária e paranoica, vivendo isolada em uma casa de campo, sempre se preparando para o retorno de Michael.

domingo, 21 de outubro de 2018

Crítica – Demolidor: 3ª Temporada


Análise Crítica – Demolidor: 3ª Temporada


Review – Demolidor: 3ª Temporada
Depois de uma excelente primeira temporada, Demolidor partiu para um segundo ano que mais pareciam duas temporadas em uma, com os arcos do Justiceiro (Jon Bernthal) e Elektra (Elodie Yung) mal se relacionando um com o outro e a falta de um antagonista que fosse tão interessante quanto o Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio) da primeira temporada. Felizmente, o terceiro ano da série corrige a maioria desses problemas e entrega uma temporada tão boa quanto à primeira.

A trama começa com Matt Murdock (Charlie Cox) ferido depois dos eventos de Os Defensores. Ele está sendo mantido em segredo no orfanato em que cresceu e é cuidado pelas freiras do local. Os ferimentos sofridos prejudicaram seus sentidos aguçados e agora Matt se questiona seu lugar no mundo uma vez que não pode mais ser o Demolidor. Ao mesmo tempo, Wilson Fisk consegue fazer um acordo de delação e sai da cadeia, fazendo Matt questionar sua escolha de não matar e levantando a questão de como deter alguém que nunca desiste.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Crítica – Pathfinder: Kingmaker


Análise Crítica – Pathfinder: Kingmaker


Review – Pathfinder: Kingmaker
Faz tempo que procuro um bom RPG que emule o estilo de RPGs de mesa, tal qual faziam Baldur’s Gate ou Neverwinter Nights. Minha busca cessou quando encontrei este Pathfinder: Kingmaker, baseado no RPG de mesa Pathfinder (que não conheço, parei com os RPGs de mesa no D&D 3ª Edição). É um jogo com perspectiva isométrica que traz tudo que eu busca em algo com o clima dos jogos de mesa, mas também traz alguns problemas que atrapalham a experiência.

Na trama, o personagem criado pelo personagem é um Pathfinder, um desbravador que precisa conquistar uma área selvagem e governá-la em meio a um clima de rivalidade entre os dois grandes reinos vizinhos. É uma narrativa cheia de intrigas políticas e personagens ambíguos que consegue nos manter interessados do início ao fim.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Crítica – Apóstolo


Análise Crítica – Apóstolo


Review – Apóstolo
Um homem viaja até uma remota ilha na costa britânica em busca de uma mulher desaparecida. Chegando lá, descobre que o local é sede de um estranho culto religioso e precisa desvendar o que está acontecendo ali. Essa é a premissa de O Homem de Palha (1973), mas também se aplica a este Apóstolo do diretor Gareth Evans (responsável pelos dois Operação Invasão), que mistura O Homem de Palha (cujo remake de 2006, O Sacrifício, estrelado por Nicolas Cage, se tornou uma fábrica de memes), A Bruxa (2016), Silêncio (2018) e Silent Hill.

O resultado, no entanto, é maior que a soma de suas partes, formando um todo coeso que se sustenta por conta própria tecendo uma trama sinistra sobre fé, natureza e a relação do homem com o divino. A narrativa se passa em 1905, com Thomas (Dan Stevens) viajando até a ilha para encontrar a irmã, que foi sequestrada pelo culto liderado pelo Profeta Malcolm (Michael Sheen). Aos poucos, Thomas descobre que o culto vai além do radicalismo religioso e realiza sacrifícios humanos, precisando correr contra o tempo para salvar a irmã.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Crítica – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland


Análise Crítica – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland


Review – A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
Se você vai querer subir nos ombros de um gigante, é melhor ter certeza que é capaz de fazer a escalada. Digo isso porque este A Casa do Medo: Incidente em Ghostland faz desde seus primeiros minutos referências ao escritor H.P Lovecraft, um dos mais seminais e influentes do terror. Ao fazer isso, o filme apenas ressalta o quanto está longe, mas bem longe, do estilo ou tipo de narrativa de Lovecraft, uma comparação que eu nem faria caso a narrativa não a fizesse por conta própria.

Os contos de Lovecraft narravam a lenta descida à loucura experimentada por seus personagens conforme eles encontravam criaturas e horrores ancestrais, coisas tão abomináveis que a mera visão delas, mesmo que de relance, danificava a sanidade de qualquer pessoa. Suas descrições eram carregadas de tantos adjetivos que era difícil compreender exatamente a natureza ou a forma das criaturas narradas, criando simultaneamente curiosidade e temor por coisas tão difíceis de compreender. O horror de Lovecraft ia se insinuando aos poucos e servia para nos lembrar da pequenez do homem diante da imensidão do universo ou o quanto ainda existe de desconhecido apesar de todos os nossos avanços.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Crítica – A Justiceira


Análise Crítica – A Justiceira


Review – A Justiceira
Quando despontou para o sucesso com a série Alias, todo mundo apostava que Jennifer Garner seria a próxima grande heroína de ação hollywoodiana. Ela até fez alguns esforços nesse sentido, mas em projetos de pouco sucesso como Demolidor (2003) e Elektra (2005). De lá pra cá Garner acabou fazendo muita coisa que não aproveitava bem seu talento para a ação, interpretando o papel de mãe de família em comédias como Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso (2014), Virei Um Gato (2016) ou em dramas como Milagres do Paraíso (2016). Este A Justiceira marca o retorno de Garner ao reino da ação e dá a impressão de que a atriz merecia um material melhor.

Garner interpreta Riley, uma mulher que vê o marido e a filha serem mortos por um cartel de drogas mexicano. Quando os responsáveis são soltos a despeito de Riley tê-los identificado, ela desaparece sem deixar rastros. Cinco anos depois da morte da família, ela retorna à sua cidade natal para se vingar de todos os envolvidos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Crítica – O Primeiro Homem


Análise Crítica – O Primeiro Homem


Review – O Primeiro HomemO diretor Damian Chazelle tem um claro interesse por pessoas que tentam fazer algo extraordinário e quais os custos disso. Em Whiplash: Em Busca daPerfeição (2015) ele mostrava como a busca por excelência impele a ultrapassar limites ao ponto de se tornar algo doentio, em La La Land: Cantando Estações (2017) explorou como é preciso abrir mão de certas coisas para alcançar nossos sonhos e em O Primeiro Homem ele examina como mesmo alguém que não tinha grandes ambições fez algo que marcou a história.

O filme conta a história real de Neil Armstrong (Ryan Gosling), astronauta que foi o primeiro homem a pousar na Lua. Armstrong decide se juntar ao programa espacial depois da morte da filha pequena, imaginando que a mudança de cidade ofereceria um novo começo para ele e para a esposa, Janet (Claire Foy).

O grande acerto do filme é evitar endeusar seu protagonista, transformando-o num herói da humanidade da nação. Ao invés disso faz de Armstrong um sujeito que nunca ambicionou ser um ícone, que nunca teve pretensão de chefiar uma missão à lua, era apenas alguém que queria fazer seu trabalho de uma maneira correta e prover para sua família. É essa banalidade que o torna incrível, alguém que é bom no que faz, mas que não menospreza a vida ao seu redor. Ryan Gosling transmite isso em sua performance taciturna, sempre contida, mesmo quando emocionalmente abalado a exemplo da cena em que discute com Buzz Aldrin (Corey Stoll) sobre a  morte de um colega.