Eu li toda a trilogia Millennium
escrita por Stieg Larsson e também vi os filmes baseados na trilogia, tanto os
três filmes suecos quanto a adaptação hollywoodiana do primeiro livro. Quando
um quarto livro, A Garota na Teia de
Aranha, foi anunciado em 2013, no entanto, não tive interesse em conferir,
já que a nova história não seria feito pelo criador da trilogia (Larsson morreu
em 2004), nem seria baseada em qualquer material ou rascunho deixado por ele, seria
algo inédito feito por um novo escritor.
A escolha por recomeçar a
franquia nos cinemas a partir deste quarto livro faz sentido de um ponto de
vista estratégico. O segundo e o terceiro livro são praticamente uma narrativa
única, então seria arriscado começar pelo segundo e deixar a história inacabada
caso não fizesse sucesso (ou colocar muito dinheiro para fazer dois filmes de
uma vez). O primeiro livro já tinha sido feito duas vezes, então sobrava o
quarto livro, que poderia ser trabalhado para oferecer um ponto de entrada aos
não iniciados, ao mesmo tempo que traria aos cinemas uma história que os fãs
ainda não tinham visto em tela grande. Parecia ser o melhor dos dois mundos,
mas o resultado final de Millennium: A
Garota Na Teia de Aranha é algo que não parece capaz de satisfazer nenhum
dos dois grupos.