Imaginei que esta primeira
temporada de She-Ra e as Princesas do
Poder fosse ser mais um desses revivals
de produtos culturais oitentistas que não tinha nada a oferecer para sua
audiência além do apelo da nostalgia. O que encontrei, no entanto, foi o
contrário disso, sendo uma animação muito preocupada com o desenvolvimento dos
seus personagens.
A trama é centrada em Adora.
Nesta nova versão, Adora é uma recruta da Horda, o exército do maligno Hordak.
Ela foi criada desde pequena pela maga Sombria e treinou desde sempre ao lado
da amiga Felina. Durante uma missão de rotina, Adora encontra uma misteriosa
espada mágica e fica presa em uma ruína ancestral ao lado de dois guerreiros da
Resistência, a princesa Cintilante e o Arqueiro. Ao lado dos dois, Adora
descobre as reais intenções da Horda e decide se aliar à Resistência. Munida de
sua nova espada, ela se torna a poderosa She-Ra.
A narrativa não trata apenas
dessa descoberta por parte de Adora de que ela estava do lado errado da guerra,
mas também o processo de aprendizado dela em se tornar a heroína que todos
esperam que ela seja. Aos poucos ela aprende que não pode confiar apenas em
seus poderes, mas que sua capacidade de inspirar as pessoas e dar-lhes uma
razão para lutar e ter esperança é tão importante quanto sua força física.