Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki
(Sheila Munyiva) são filhas de dois políticos rivais que estão disputando a
eleição para vereador. Quando as duas se apaixonam, precisam decidir se viverão
abertamente esse romance, tanto por conta de suas famílias quanto do
preconceito da sociedade, ou se continuarão escondidas e em segurança. Esse é o
conflito no centro do queniano Rafiki,
segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu.
A primeira metade do filme trata
o enlace romântico das duas com uma certa ingenuidade romântica, como se
estivéssemos diante de uma comédia romântica qualquer. Nenhuma das duas parece
ter qualquer problema (embora boa parte das pessoas ao redor delas tenha) em
estar apaixonada por uma mulher ou questionam a própria sexualidade. O filme
trata esse romance homossexual com a mesma naturalidade que boa parte das
comédias românticas tratam romances heterossexuais e, com isso, manifesta um
ideal de igualdade. Amor e romance são amor e romance independente dos gêneros
das pessoas envolvidas.