É impressionante como Hollywood
parece não saber o que fazer com a mítica figura de Robin Hood. Em tese é um
personagem atemporal, afinal enquanto existir desigualdade social a figura de
Robin permanece relevante. Por outro lado, a indústria estadunidense parece
rejeitar veementemente o estilo “capa e espada” (ou swashbuckling em inglês) das histórias do personagem, com
aventureiros charmosos, salões de baile e pessoas se balançando em lustres.
Ridley Scott já tinha tentando
fazer um Robin Hood como épico histórico que falhou miseravelmente e agora essa
nova versão tenta transformar a história do personagem em uma espécie de cópia safada dos filmes dos super-heróis da DC dirigidos pelo Zack Snyder. Considerando que
a própria Warner/DC está se afastando do modelo “snyderiano” (e o sucesso
comercial abaixo do esperado deste formato), este Robin Hood: A Origem é um filme que já nasce datado, superado e
anacrônico. É o equivalente cinematográfico de um bebê natimorto.
Na trama, o nobre Robin de Loxley
(Taron Egerton) retorna das cruzadas para descobrir que o Xerife de Nottingham
(Ben Mendelsohn) confiscou todas as suas propriedades e sua amada Marian (Eve
Hewson) está casada com um líder local Will (Jamie Dornan). Destituído, Robin
acaba se aliando ao mouro John (Jamie Foxx) para derrubar o Xerife.