A primeira temporada da série documental Making a Murderer pegou todo mundo de
surpresa e se tornou uma sensação ao contar a história de Steven Avery, um
homem condenado por estupro que passou dezoito anos na prisão até que novas
evidências provaram sua inocência. Tempos depois ele é preso novamente sob uma
acusação de assassinato cuja obtenção de provas foi bastante suspeita. A
narrativa sobre um homem injustiçado envolvida em mistério e a possibilidade de
uma grande conspiração policial atraiu a atenção de muita gente, tornando a
série um sucesso e inclusive gerando consequências reais, com petições para
libertar Avery e movimentos a favor dele.
A série também foi alvo de críticas por sua parcialidade,
ficando do lado de Avery e da hipótese de sua inocência o tempo todo, e por
conta disso teria supostamente ignorado as evidências mais fortes que provavam
a culpa dele, focando a narrativa da série nas provas mais questionáveis. Essa
segunda temporada tenta responder a essas críticas ao mesmo tempo que acompanha
os novos desenvolvimentos nos casos de Steven e de seu sobrinho, Brendan, mas a
verdade é que não há muito material para justificar essa nova leva de dez
episódios.