O Video Game Awards, maior premiação de games dos Estados
Unidos, aconteceu ontem, 06 de dezembro, e sagrou a nova versão de God of War como jogo do ano, levando também os prêmios nas categorias de direção e melhor jogo de aventura. A vitória
marca um ano repleto de bons exclusivos para Playstation 4, como Marvel’s Spider-Man. O exclusivo para
Xbox One Forza Horizon 4, por sua
vez, ganhou como melhor jogo de esporte. O independente Celeste, que tinha brasileiros em sua equipe de desenvolvedores,
venceu como melhor jogo indie. Confiram abaixo todos os vencedores.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
God of War é o grande vencedor do Video Game Awards
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Conheçam os indicados ao Globo de Ouro 2019
A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood anunciou
hoje os indicados ao Globo de Ouro. No cinema, Vice, cinebiografia do ex-vice presidente dos EUA Dick Cheney,
recebeu o maior número de indicações, concorrendo em seis categorias. Na
televisão o mais lembrado foi American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace. A cerimônia de entrega dos
prêmios acontecerá no dia 6 de janeiro e será apresentada por Andy Samberg e
Sandra Oh. Confiram abaixo todos os indicados:
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Notícias
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Crítica – Making a Murderer: 2ª Temporada
A primeira temporada da série documental Making a Murderer pegou todo mundo de
surpresa e se tornou uma sensação ao contar a história de Steven Avery, um
homem condenado por estupro que passou dezoito anos na prisão até que novas
evidências provaram sua inocência. Tempos depois ele é preso novamente sob uma
acusação de assassinato cuja obtenção de provas foi bastante suspeita. A
narrativa sobre um homem injustiçado envolvida em mistério e a possibilidade de
uma grande conspiração policial atraiu a atenção de muita gente, tornando a
série um sucesso e inclusive gerando consequências reais, com petições para
libertar Avery e movimentos a favor dele.
A série também foi alvo de críticas por sua parcialidade,
ficando do lado de Avery e da hipótese de sua inocência o tempo todo, e por
conta disso teria supostamente ignorado as evidências mais fortes que provavam
a culpa dele, focando a narrativa da série nas provas mais questionáveis. Essa
segunda temporada tenta responder a essas críticas ao mesmo tempo que acompanha
os novos desenvolvimentos nos casos de Steven e de seu sobrinho, Brendan, mas a
verdade é que não há muito material para justificar essa nova leva de dez
episódios.
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Crítica,
Documentário,
Séries
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terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Crítica – A Balada de Buster Scruggs
Os irmãos Coen já dirigiram
filmes em muitos gêneros diferentes e até já realizaram obras difíceis de
subscrever a um único gênero como o caso de Fargo
(1996). Agora, com este A Balada de
Buster Scruggs eles se aventuram no western
em um “filme de antologia” que nada mais é que uma série de curtas montados
juntos. Sim, eles são unidos pela ambientação no velho oeste e também pelo tema
da morte irônica e inesperada, com os destinos dos personagens sofrendo
inesperadas reversões, mas ainda assim, são desconectados um do outro o
suficiente para poderem ter sido lançados em episódios no formato de minissérie
ao invés de colados juntos em um filme.
Como a maioria dos filmes que
conta múltiplas histórias, A Balada de
Buster Scruggs é irregular. Isso se dá tanto por conta de algumas tramas
funcionarem bem melhor que outras como pelas mudanças bruscas de tom ou pelo
fato da duração de algumas histórias ser muito maior do que as outras dando a
impressão que de se estende mais do que deveria. É um pouco difícil saltar do
humor excêntrico dos dois primeiros curtas, protagonizados por Tim Blake Nelson
e James Franco respectivamente, para a melancolia da história encabeçada por
Liam Neeson envolvendo um jovem sem pernas e sem braços.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Lixo Extraordinário – Na Onda do Rap
Quando foi lançado em 1991, Na Onda do Rap era vendido como uma nova
versão do filme O Selvagem (1953)
colocando Rob Van Winkle no papel que foi tornado célebre por Marlon Brando.
Não sabe quem é Van Winkle? Talvez vocês o conheçam melhor por seu nome
artístico, o rapper Vanilla Ice. O
quê? Não sabem quem é Vanilla Ice? Bem, ele foi famoso por um tempo na década
de noventa graças à canção Ice Ice Baby.
Vocês também não conhecem essa música? Não os culpo, é uma canção famosa
principalmente pela batida, que na verdade é um sample das batidas iniciais da música Under Pressure do Queen.
De todo modo, os responsáveis por
este filme acharam uma boa ideia chamar um rapper
famoso por uma única música cujo principal mérito artístico pertencia a uma
outra canção para fazer um papel que Marlon Brando tornou icônico e lógico que
isso dá muito errado. Sim, imagino que o objetivo era promover o cantor e
lucrar em cima da imagem dele, colocando-o como um galã rebelde, mas primeiro
deveriam ter se certificado se Ice era realmente capaz de convencer dessa
imagem.
Além do filme ter sido um fracasso de público e crítica, a mudança dos paradigmas culturais, com o lançamento do disco Nevermind do Nirvana cerca um mês antes de Na Onda do Rap chegar aos cinemas colocando o grunge rock como a próxima grande onda, garantiram que Ice caísse no ostracismo. Ocasionalmente ele tenta retornar aos holofotes através de participações em reality shows e pontas nos filmes do Adam Sandler (como Esse é Meu Garoto), mas Vanilla Ice nunca chegou perto de recuperar a fama de outrora.
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Comédia,
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Romance
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quarta-feira, 28 de novembro de 2018
Crítica – As Viúvas
Minha reação inicial ao saber que
o projeto seguinte do diretor Steve McQueen seria um filme de assalto como este
As Viúvas foi de estranhamento.
McQueen foi responsável por filmes como 12Anos de Escravidão (2013), Shame (2011)
e Fome (2008), trabalhos sobre
pessoas vulneráveis e à margem, então a ideia de que ele embarcaria em um tipo
de filme mais convencional parecia, à primeira vista, motivada por dinheiro.
Por outro lado, outros diretores já tinham migrado para gêneros mais populares
sem, no entanto, abrirem mão dos temas que tornam suas obras tão singulares.
Spike Lee fez isso no excelente Plano
Perfeito (2006), que, por baixo do verniz de filme de roubo, trazia o olhar
típico de Lee para questões de classe, etnia e reparação social e agora McQueen
faz o mesmo com As Viúvas.
A narrativa acompanha Veronica
(Viola Davis), uma mulher que recentemente perdeu o marido, Harry (Liam Neeson)
morto durante um assalto que deu errado. O problema é que o marido de Veronica
roubou dinheiro de um poderoso gângster, Jamal (Brian Tyree Henry), que agora é
candidato a vereador e pressiona Veronica pelo dinheiro roubado. Acuada,
Veronica procura as viúvas dos outros ladrões mortos, Linda (Michelle
Rodriguez) e Alice (Elizabeth Debicki), para juntas realizarem um roubo que
Harry planejou antes de morrer e assim consigam o dinheiro para pagar Jamal e
reconstruírem suas vidas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Crítica – Supa Modo
O longa-metragem queniano Supa Modo começa com duas crianças estão
assistindo a um exagerado filme de artes marciais oriental. O filme termina e
as duas saem empolgadas, conversando sobre quem seria melhor, se Jet Li, Jackie
Chan ou Bruce Lee. É uma conversa trivial, mas que ajuda a entender o tom do
filme, já que logo depois da cena descobrimos que a garota, Jo (Stycie Waweru),
está com câncer terminal e como só tem dois meses de vida, a família tirá-la do
hospital para que ela passe os últimos dias em casa.
A escolha de mostrar Jo como uma
criança como qualquer outra ao invés de já iniciar nos comunicando de sua grave
doença ajuda que não a vejamos como uma coitada ou uma vítima, mas como uma garota
cheia de vida e energia. Retornando à casa e sem perspectiva de melhora, a irmã
de Jo, Mwix (Nyawara Ndambia), decide aproveitar o tempo que a irmã tem
restando para fazê-la viver o sonho de ser uma super-heroína.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Crítica – Robin Hood: A Origem
É impressionante como Hollywood
parece não saber o que fazer com a mítica figura de Robin Hood. Em tese é um
personagem atemporal, afinal enquanto existir desigualdade social a figura de
Robin permanece relevante. Por outro lado, a indústria estadunidense parece
rejeitar veementemente o estilo “capa e espada” (ou swashbuckling em inglês) das histórias do personagem, com
aventureiros charmosos, salões de baile e pessoas se balançando em lustres.
Ridley Scott já tinha tentando
fazer um Robin Hood como épico histórico que falhou miseravelmente e agora essa
nova versão tenta transformar a história do personagem em uma espécie de cópia safada dos filmes dos super-heróis da DC dirigidos pelo Zack Snyder. Considerando que
a própria Warner/DC está se afastando do modelo “snyderiano” (e o sucesso
comercial abaixo do esperado deste formato), este Robin Hood: A Origem é um filme que já nasce datado, superado e
anacrônico. É o equivalente cinematográfico de um bebê natimorto.
Na trama, o nobre Robin de Loxley
(Taron Egerton) retorna das cruzadas para descobrir que o Xerife de Nottingham
(Ben Mendelsohn) confiscou todas as suas propriedades e sua amada Marian (Eve
Hewson) está casada com um líder local Will (Jamie Dornan). Destituído, Robin
acaba se aliando ao mouro John (Jamie Foxx) para derrubar o Xerife.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Rafiki
Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki
(Sheila Munyiva) são filhas de dois políticos rivais que estão disputando a
eleição para vereador. Quando as duas se apaixonam, precisam decidir se viverão
abertamente esse romance, tanto por conta de suas famílias quanto do
preconceito da sociedade, ou se continuarão escondidas e em segurança. Esse é o
conflito no centro do queniano Rafiki,
segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu.
A primeira metade do filme trata
o enlace romântico das duas com uma certa ingenuidade romântica, como se
estivéssemos diante de uma comédia romântica qualquer. Nenhuma das duas parece
ter qualquer problema (embora boa parte das pessoas ao redor delas tenha) em
estar apaixonada por uma mulher ou questionam a própria sexualidade. O filme
trata esse romance homossexual com a mesma naturalidade que boa parte das
comédias românticas tratam romances heterossexuais e, com isso, manifesta um
ideal de igualdade. Amor e romance são amor e romance independente dos gêneros
das pessoas envolvidas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Crítica – Marvel’s Spider-Man: Guerras Territoriais
Guerras Territoriais, segundo DLC do excelente Marvel’s Spider-Man, continua mais ou menos do ponto em que O Assalto parou. O gângster Cabeça de
Martelo (Hammerhead) ampliou ainda mais seu poder e influência entre os
criminosos da cidade, iniciando um reino de terror por Nova Iorque. Cabe ao
Homem-Aranha, com a ajuda da capitã Yuri Watanabe, deter o criminoso.
Preciso admitir que me surpreendi
pelos caminhos sombrios que a narrativa me levou, explorando a elevação das
tensões depois que um esquadrão da capitã Watanabe é assassinado pelo Cabeça de
Martelo e a policial para em uma sangrenta e desesperada busca por vingança.
Durante a campanha principal Yuri era basicamente um veículo de diálogos expositivos
e “fornecedora de missões”, mas aqui ela ganha bastante nuance conforme é
afetada pelas consequências brutais do seu duelo com a máfia e vai abandonando
seus valores em sua sanha vingativa.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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