Depois da recepção abaixo do esperado de Liga da Justiça (2017) ficava claro que
o modelo do diretor Zack Snyder para os heróis da DC não era mais
comercialmente viável. O diretor teve três chances nesse universo e todas as
três obtiveram um resultado morno, embora alguns estúdios ainda tenham tentado
copiar equivocadamente esse formato como o péssimo Robin Hood. Este Aquaman
tinha a missão de mostrar que o universo DC poderia se sustentar sem o diretor
e construir em cima das promessas deixadas em Liga da Justiça.
É curioso que enquanto muitos blockbusters recentes, como o já citado Robin Hood, tentam copiar essa estrutura dark e sisuda, o chamado universo compartilhado da DC nos cinemas (que começou
em O Homem de Aço) só obteve sucessos
incontestes quando foi na contramão disso, abraçando a fantasia e aventura em Mulher Maravilha (2017), e agora tenta ser bem sucedido ao fazer um filme com um quê de matinê dos anos 30 e espírito de uma aventura de capa e espada (ou tridente) neste Aquaman.
Na trama, Arthur (Jason Momoa) é filho de um humano, Tom
(Temuera Morrison), com a rainha Atlanna (Nicole Kidman), monarca da nação
submarina de Atlântida. Arthur cresce na superfície, alheio ao que acontece em
Atlântida, mas quando o seu meio-irmão, o rei Orm (Patrick Wilson) decide
declarar guerra à superfície, ele se junta à princesa Mera (Amber Heard) e ao
conselheiro Vulko (Willem Dafoe) para deter a guerra iminente e, para isso,
precisam recuperar o tridente perdido de Atlan, primeiro rei de Atlântida.