Quando escrevi sobre o péssimo Mentes Sombrias (2018) falei sobre como o subgênero da “distopia
adolescente” já estava desgastado e parecia não dar sinais de renovação. Eis
que chega aos cinemas Máquinas Mortais,
mais uma aventura jovem baseada em uma obra literária sobre um mundo distópico,
dessa vez há o nome de Peter Jackson, responsável pelas trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit, na produção e no roteiro, mas
nem mesmo Jackson consegue resgatar esse filão das suas estruturas cansadas e
repetitivas, fazendo de Máquinas Mortais
mais uma distopia genérica.
A trama se passa em futuro no qual a humanidade foi quase
que inteiramente dizimada e as poucas cidades que restaram vagam o mundo como
fortalezas móveis em busca de recursos que estão cada vez mais escassos,
destruindo umas as outras para se manterem funcionando. Em meio à tudo isso
está Hester Shaw (Hera Hilmar), uma jovem misteriosa que invade a cidade móvel
de Londres para assassinar o cientista Thaddeus Valentine (Hugo Weaving) para
vingar a morte da mãe.