Estreia da atriz Brie Larson como diretora, Loja de Unicórnios parecia ser algo
excêntrico e aloprado como Quero Ser John
Malkovich (1999), mas lamentavelmente vai ficando cada vez mais
convencional conforme a trama segue, mais por conta do texto do que das
escolhas de Larson como realizadora.
Kit (Brie Larson) é um jovem que sonha em ser artista, mas é
expulsa da faculdade pelos professores, que detestam seu trabalho. Voltando a
morar com os pais e sem perspectiva de vida, ela aceita um trabalho temporário
em uma empresa que fabrica aspiradores de pó. Infeliz nesse trabalho
convencional, ela vê a perspectiva de mudar de vida quando é contatada por um
misterioso vendedor (Samuel L. Jackson) que lhe promete um unicórnio se Kit se
mostrar digna e responsável o suficiente.
O visual colorido da loja contrastando com a fotografia
naturalista ajuda a criar um clima de realismo fantástico, assim como a
interpretação exagerada de Samuel L. Jackson como o bizarro vendedor de
unicórnios. A questão é que a despeito de toda essa premissa incomum, quanto
mais o filme avança, mais ele vai se tornando extremamente similar a uma onda
de indies similares sobre pessoas
jovens excêntricas e imaturas precisando encontrar seu lugar no mundo e
inevitavelmente amadurecer.