Eu fiquei bem surpreso com a primeira temporada de Samantha! O que poderia ser uma comédia
esquecível sobre uma personalidade midiática no ostracismo acabou se revelando
um competente e divertido estudo sobre o culto às celebridades e sobre uma
geração de adultos que se recusa a crescer e está constantemente apegada à
nostalgia. Essa segunda temporada não chega a dizer nada de novo, mas ao menos
aprofunda seu entendimento sobre seus personagens.
A trama começa com Samantha (Emanuelle Araújo) descobrindo
que seus antigos colegas de programa, Tico (Rodrigo Pandolfo) e Bolota
(Maurício Xavier), vão lançar um filme biográfico sobre ela chamado “Samonstra”.
Diante do que considera um ataque, Samantha tenta sabotar o filme ao mesmo
tempo em que se esforça para reconstruir sua imagem como algo além de um
símbolo nostálgico.
O tema da imaturidade volta a aparecer na ida de Samantha a
uma reunião de pais na escola dos filhos. A reunião mostra como os adultos se
mostram facilmente dispostos a abandonar as responsabilidades parentais e
delegar tudo à escola, conforme Samantha os faz ver como tudo aquilo é chato e
trabalhoso. A temática também é vista na relação de Dodói (Douglas Silva) com
sua controladora mãe (Zezeh Barbosa), que o trata como uma criança pequena.