O Máskara (1994)
foi responsável para apresentar ao mundo o talento cômico de Jim Carrey com um
senso de humor energético e que remetia a antigos desenhos dos Looney Tunes.
Por muito tempo se especulou uma continuação e ela só aconteceu pouco mais de
dez anos depois, já sem Carrey atrelado ao projeto, neste horrendo O Filho do Máskara, lançado em 2005.
O primeiro filme se apoiava quase que inteiramente na
comédia corporal de Carrey e sua energia anárquica, então sem ele o que sobra?
A resposta é: praticamente nada. A trama desta continuação é centrada em Tim
(Jamie Kennedy), um desenhista atrapalhado que acaba encontrando a máscara do
deus nórdico Loki (Alan Cumming) por acidente. Um dia, usando a máscara, Tim
vai para cama com a esposa, Tonya (Traylor Howard), e seu filho nasce com os
poderes da máscara. Isso os coloca na mira de Loki, que está em busca da
máscara a mando do pai, o deus Odin (Bob Hoskins), e vê no bebê uma ameaça.
De cara já é difícil de simpatizar com Tim, apresentado como
um completo idiota infantilizado incapaz de fazer qualquer coisa sozinho e que
trata a esposa quase como uma mãe que precisa fazer tudo para ele. Não há uma
característica que o redima, não há uma razão para torcer por ele, tampouco ele
é particularmente engraçado, se limitando a fazer cara de abestalhado diante
das ações alopradas do filho e do cachorro, que está usando a máscara.