Não estava lá muito empolgado para X-Men: Fênix Negra. As muitas refilmagens não transmitiam confiança
para o resultado final e o fato da compra da Fox pela Disney, já tornava o
filme datado antes mesmo de estrear, afinal todos sabiam de antemão que esse
universo e personagens serão inescapavelmente reiniciados pela Marvel e
integrados ao seu universo cinematográfico. Ainda assim, me surpreendi com o
resultado, sendo melhor que X-Men:Apocalipse (2016) e X-Men: O Confronto
Final (2006).
Na trama, depois que um resgate espacial dá errado, Jean
Grey (Sophie Turner) acaba escapando da morte depois que uma onda de energia
cósmica envolve seu corpo. O poder é muito grande para que ela controle,
fragilizando sua mente e a fazendo lembrar de traumas do passado. Com isso, o
poder de Jean se torna grande demais para que Charles Xavier (James McAvoy) a
ajude a controlar e ela se torna uma perigosa ameaça. Ao mesmo tempo, a
misteriosa alienígena Vuk (Jessica Chastain) chega à terra disposta ao obter o
poder cósmico absorvido por Jean.
A narrativa é bem eficiente em construir o arco de perdição
e redenção de Jean, machucando as pessoas próximas por acidente, sendo temida
pelos aliados e se sentindo enganada e abandonada por pessoas que admirava.
Assim, torna-se compreensível que ela cedesse aos impulsos raivosos da força
cósmica que a domina, bem como se deixar influenciar por Vuk.