Esse MIB Homens de
Preto: Internacional desde o início me parecia um daqueles filmes feito
dentro de sala de reunião por executivos de estúdio. Aquele tipo de produto sem
alma feito para seguir filões comerciais e surfar na atual onda de “universos
cinematográficos” consolidada pela Marvel. Fui assistir, portanto, sem esperar
nada e ainda assim foi decepcionante. É, de fato, exatamente o que imaginei que
seria, um caça-níqueis cínico, mas este sequer consegue oferecer um módico de
diversão.
A narrativa acompanha a agente M (Tessa Thompson), novata na
MIB depois de uma vida inteira crendo na existência da agência. Ela é mandada
pela agente O (Emma Thompson) para a filial de Londres, na qual deve trabalhar
com o experiente agente H (Chris Hemsworth) para resolver uma crise
intergaláctica.
De cara já dá para perceber como a trama recicla a narrativa do
primeiro filme, que, por sua vez, já era reciclada no segundo e terceiro filme
da franquia. É a mesma história do veterano que precisa ensinar o novato,
enquanto precisam proteger um objeto que é poderoso e pequeno cujo valor eles
inicialmente não sabem. Não bastasse a falta de imaginação, falta também ritmo,
desenvolvimento e personagens interessantes.