Não sei explicar o motivo que me levou a assistir este Mistério no Mediterrâneo. Apesar de ter
apreciado o trabalho de Adam Sandler em Os Meyerowitz: Família não Se Escolhe (2017), dirigido por Noah Baumbach, sei
que Sandler nunca rende nos filmes que ele próprio produz o mesmo que rende
quando trabalha com outros cineastas. Além disso, os últimos filmes que Sandler
produziu em sua parceria com a Netflix, como Lá Vem os Pais (2018) ou Sandy Wexler (2017) foram porcarias atrozes que me fizeram questionar minha
própria sanidade. Como se isso já não desse um prospecto suficientemente ruim,
ainda havia o fato de que Mistério no
Mediterrânio foi dirigido por Kyle Newacheck, que cometeu a hecatombe que
foi Perda Total (2018), filme que
coloquei entre os piores daquele ano.
Mas então, porque fui assistir Mistério no Mediterrâneo? Bem, não tenho uma resposta específica e
direta para isso, talvez tenha sido tédio, talvez eu possua um lado masoquista
que me impele a assistir filmes cujo prognóstico parece ruim, talvez eu tenha
problemas de autoestima e me sujeitar a ver esse tipo de coisa seja uma forma
de autopunição, não sei. De todo modo, o resultado de Mistério no Mediterrâneo é bem melhor do que as produções anteriores
de Sandler para a Netflix, o que é um patamar baixo a superar, admito, mas já é
alguma coisa.