quarta-feira, 26 de junho de 2019

Crítica – Annabelle 3: De Volta Para Casa


Análise Crítica – Annabelle 3: De Volta Para Casa


Review – Annabelle 3: De Volta Para Casa
Depois de chamar atenção no primeiro Invocação do Mal (2013), a boneca Annabelle acabou ganhando sua própria série de filmes derivados. O primeiro foi bem fraquinho, o segundo melhorava ao contar a origem da boneca e ao trazer um estilo de direção semelhante ao que James Wan fez nos dois Invocação do Mal. Já este Annabelle 3: De Volta Para Casa fica em um morno meio termo, sendo levemente melhor que o primeiro, mas mais fraco que o segundo.

A trama começa justamente quando o casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) entram em contato com a boneca maldita. Eles a levam para casa, guardando-a no cofre de objetos sobrenaturais. Anos se passam e, durante uma viagem do casal, a filha deles, Judy (Mckenna Grace), fica em casa com uma babá, Mary Ellen (Madison Iseman). Mary Ellen acaba levando uma amiga para a casa dos Warren, Daniela (Katie Sarife) que tem curiosidade em relação aos artefatos sobrenaturais guardados ali. Ela acaba entrando no cofre dos Warren e acidentalmente liberta a boneca Annabelle, colocando todos na casa em risco.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Crítica – Olhos que Condenam


Análise Crítica – Olhos que Condenam


Review – Olhos que Condenam
A história do grupo de jovens que ficaram conhecidos como “Os cinco do Central Park” ficou em bastante evidência na época da prisão e julgamento dos cinco, condenados pelo estupro de uma mulher que corria no Central Park à noite apesar da pouca quantidade de provas materiais e das suspeitas que as confissões dos cinco rapazes negros foram obtidas à força pela polícia. A minissérie Olhos que Condenam, dirigida por Ava DuVernay, responsável por Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2015), tenta contar a história desses jovens do momento em que são presos à eventual absolvição deles quase duas décadas depois.

Apesar de obviamente mostrar o sofrimento dos personagens diante da injustiça que sofreram e dos desafios do encarceiramento, o interesse de DuVernay parece ser nos sistemas de apoio desses personagens, em como suas famílias, amigos iu comunidade tentaram ajudar os cinco a resistirem. É algo similar ao que Barry Jenkins fez no recente Se a Rua Beale Falasse, no qual ele também focava no modo como o afeto é o que faz as pessoas perseverarem e sobreviverem diante de estruturas de poder opressivas.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Crítica – Bloodstained: Ritual of the Night

Análise Crítica – Bloodstained: Ritual of the Night


Review – Bloodstained: Ritual of the Night
O termo “sucessor espiritual” tem sido usado bastante pela indústria de games nos últimos anos, principalmente no reino dos jogos independentes. Criadores que deixaram suas desenvolvedoras, mas que querem fazer o mesmo estilo de jogo que faziam e tentam criar algo similar aos seus maiores sucessos. Keiji Inafune, criador de Mega Man, tentou fazer isso com Mighty Nº9, parte da equipe responsável por Banjo-Kazooie tentou fazer isso com Yooka-Laylee. Os esforços de ambos resultaram em grandes decepções que falhavam tanto em capturar o espírito do que tornou as propriedades originais tão memoráveis ou que falhou em atualizar os elementos desses jogos para os dias atuais, fazendo tudo parecer datado.

Eu falo tudo isso para dizer que este Bloodstained: Ritual of the Night é a mais nova tentativa de um “sucessor espiritual”. Desenvolvido por Koji Igarashi, responsável pelo excelente Castlevania: Symphony of the Night, Bloodstained tenta resgatar a excelência do estilo “Metroidvania” (uma junção de Metroid e Castlevania) que Igarashi construiu em jogos como Symphony of the Night ou Aria of Sorrow. Me aproximei de Bloodstained temendo uma decepção similar a Mighty Nº9 ou Yooka-Laylee, mas o que encontrei foi algo que conseguia soar simultaneamente contemporâneo e nostálgico.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Crítica – Upgrade


Análise Crítica – Upgrade


Review – Upgrade
A trama de Upgrade se passa em um futuro próximo no qual a tecnologia e inteligências artificiais são parte do cotidiano, desde de dirigir nossos carros a checar o que temos na geladeira para fazer compras online quando algo acaba. O protagonista Grey (Logan Marshall Green) é um sujeito avesso a tecnologia, embora sua esposa trabalhe em uma grande empresa de informática. Um dia o casal é assaltado, a esposa de Grey é morta durante o assalto e Grey fica tetraplégico.

Após o assalto ele é abordado por um magnata da tecnologia que lhe oferece um chip experimental que pode retornar os movimentos aos seu corpo. Grey aceita, mas ao voltar a se movimentar, ele começa a ouvir a voz da inteligência artificial, Stem (Simon Maiden), falando com ele. Stem se prontifica a ajudar Grey a desvendar o crime levou à morte de sua esposa, mas também começa a controlar cada vez mais o corpo do protagonista, o que coloca os dois em conflito.

Inicialmente o filme parece disposto a falar sobre tecnologia e os impactos dela em nossa vida, mas a partir do momento em que Grey e Stem começam a entrar em conflito pelo controle do corpo, a trama fica mais focada nessa disputa dos dois. De certa forma, a narrativa lembra um pouco o recente filme do Venom (2018), que também tratava de uma entidade violenta tentando controlar o corpo de um sujeito passando por maus bocados, sem falar que Logan Marshall Green é muito parecido com Tom Hardy.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Crítica – Mistério no Mediterrâneo


Análise Crítica – Mistério no Mediterrâneo


Review – Mistério no Mediterrâneo
Não sei explicar o motivo que me levou a assistir este Mistério no Mediterrâneo. Apesar de ter apreciado o trabalho de Adam Sandler em Os Meyerowitz: Família não Se Escolhe (2017), dirigido por Noah Baumbach, sei que Sandler nunca rende nos filmes que ele próprio produz o mesmo que rende quando trabalha com outros cineastas. Além disso, os últimos filmes que Sandler produziu em sua parceria com a Netflix, como Lá Vem os Pais (2018) ou Sandy Wexler (2017) foram porcarias atrozes que me fizeram questionar minha própria sanidade. Como se isso já não desse um prospecto suficientemente ruim, ainda havia o fato de que Mistério no Mediterrânio foi dirigido por Kyle Newacheck, que cometeu a hecatombe que foi Perda Total (2018), filme que coloquei entre os piores daquele ano.

Mas então, porque fui assistir Mistério no Mediterrâneo? Bem, não tenho uma resposta específica e direta para isso, talvez tenha sido tédio, talvez eu possua um lado masoquista que me impele a assistir filmes cujo prognóstico parece ruim, talvez eu tenha problemas de autoestima e me sujeitar a ver esse tipo de coisa seja uma forma de autopunição, não sei. De todo modo, o resultado de Mistério no Mediterrâneo é bem melhor do que as produções anteriores de Sandler para a Netflix, o que é um patamar baixo a superar, admito, mas já é alguma coisa.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Crítica – Jessica Jones: 3ª Temporada


Análise Crítica – Jessica Jones: 3ª Temporada


Review – Jessica Jones: 3ª Temporada
Depois da fraca segunda temporada, não estava esperando muita coisa desta terceira e última temporada de Jessica Jones. O que encontrei, no entanto, foi um competente estudo sobre trauma e moralidade que aprofunda o que conhecíamos sobre os personagens.

A trama começa quando Jessica (Krysten Ritter) conhece o chantagista Erik (Benjamin Walker), um sujeito com a estranha capacidade de sentir a maldade das pessoas e que usa seus dons para chantagear criminosos. Quando uma das vítimas de Erik fere Jessica enquanto tenta matá-lo, a detetive decide ajudar Erik a descobrir quem é a ameaça. Na busca, Jessica se depara com o perigoso serial killer Gregory Sallinger (Jeremy Bobb), um sujeito astuto e engenhoso que mesmo sem poderes representa uma grande ameaça para a detetive. Ao mesmo tempo, Trish (Rachael Taylor) começa a por em uso seus novos poderes, tentando iniciar uma jornada como vigilante.

Se na temporada anterior a trama demorava a delinear seu conflito principal, aqui as coisas engrenam muito mais rápido. Ainda sofre do típico “inchaço da Netflix”, perdendo um pouco de fôlego quando passa da metade e parecendo que seria melhor com uns dois episódios a menos, mas ainda assim é um ritmo melhor do que o segundo ano da série. Outro problema é a conveniência dos poderes de Erik, que na maior parte do tempo funciona mais como um dispositivo de roteiro do que como um personagem plenamente realizado.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Crítica – Blindspot: 3ª Temporada


Análise Crítica – Blindspot: 3ª Temporada


Review – Blindspot: 3ª Temporada
Quando escrevi sobre a segunda temporada de Blindspot, falei que o encerramento do arco envolvendo a organização Sandstorm era uma oportunidade para a série se reinventar, encontrar novos rumos. Lamentavelmente não foi isso que aconteceu e a série se prende a uma repetição dos mesmos formatos, sendo que estes já não se justificam mais.

A trama se passa um ano e meio depois dos eventos da temporada anterior. O grupo se debandou e Jane (Jamie Alexander) está vivendo no exterior quando é procurada por Weller (Sullivan Stapleton) que tem uma mensagem de Roman (Luke Mitchell) que só poderia ser aberta por Jane e Weller juntos. A mensagem revela novas tatuagens no corpo de Jane que dão pistas para um novo plano de Roman.

Ou seja, o primeiro episódio praticamente reseta tudo, restaurando o status quo e joga no lixo qualquer oportunidade de deixar a série crescer ou se transformar, prendendo-a aos mesmos padrões narrativos dos anos anteriores. O salto temporal também significa que temos que retornar a nos familiarizar novamente com os personagens visto que eles agora estão em situações diferentes.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Crítica – Fora de Série

Análise Crítica – Fora de Série

Review – Fora de Série
A primeira impressão que este Fora de Série me passou era de que seria basicamente uma versão feminina de Superbad: É Hoje (2007), já que a estrutura era basicamente a mesma: duas amigas nerds que sempre foram párias em sua escola decidem ter uma última noite de festa para quebrar as regras e, quem sabe ficarem com seus respectivos crushes, tudo embalado por uma mistura entre drama e comédia. A diferença aqui é a personalidade e senso de extravagância que Olivia Wilde, em seu primeiro filme como diretora, consegue imprimir aqui.

A trama acompanha as amigas Molly (Beanie Feldstein, irmã de Jonah Hill que, curiosamente, estrelou Superbad) e Amy (Kaitlyn Dever). Elas passaram toda a vida escolar preocupadas em entrar em boas universidades, sem participar de festas ou quaisquer atividades sociais. Nas vésperas da formatura do colégio elas descobrem que muitos colegas também passaram em boas universidade e fizeram isso sem abrir mão da vida social. Assim, a dupla resolve se envolver em uma noite de festas para compensar tudo que não aproveitaram.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Crítica – MIB Homens de Preto: Internacional

Análise Crítica – MIB Homens de Preto: Internacional


Review – MIB Homens de Preto: Internacional
Esse MIB Homens de Preto: Internacional desde o início me parecia um daqueles filmes feito dentro de sala de reunião por executivos de estúdio. Aquele tipo de produto sem alma feito para seguir filões comerciais e surfar na atual onda de “universos cinematográficos” consolidada pela Marvel. Fui assistir, portanto, sem esperar nada e ainda assim foi decepcionante. É, de fato, exatamente o que imaginei que seria, um caça-níqueis cínico, mas este sequer consegue oferecer um módico de diversão.

A narrativa acompanha a agente M (Tessa Thompson), novata na MIB depois de uma vida inteira crendo na existência da agência. Ela é mandada pela agente O (Emma Thompson) para a filial de Londres, na qual deve trabalhar com o experiente agente H (Chris Hemsworth) para resolver uma crise intergaláctica.

De cara já dá para perceber como a trama recicla a narrativa do primeiro filme, que, por sua vez, já era reciclada no segundo e terceiro filme da franquia. É a mesma história do veterano que precisa ensinar o novato, enquanto precisam proteger um objeto que é poderoso e pequeno cujo valor eles inicialmente não sabem. Não bastasse a falta de imaginação, falta também ritmo, desenvolvimento e personagens interessantes.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Crítica – Obsessão


Análise Crítica – Obsessão


Review – Obsessão
Obsessão (não confundir com o filme homônimo de 2013 estrelado por Nicole Kidman) parecia ser mais um daqueles filmes de stalker, mas por conta da presença da atriz francesa Isabelle Huppert e da direção de Neil Jordan, imaginei que a fita poderia ser capaz de se elevar acima da banalidade de sua premissa. Infelizmente isso não acontece e o resultado é algo mais próximo de um daqueles suspenses B que passam nas madrugadas da TV aberta.

A trama é protagonizada por Frances (Chloe Moretz), uma garota que mora em Nova Iorque e recentemente perdeu a mãe. Um dia, ela encontra uma bolsa deixada no metrô e resolve devolver à dona, cujos documentos se encontram dentro. Assim, ela conhece Greta (Isabelle Huppert), uma viúva solitária. Frances se solidariza com a mulher e aos poucos começam a se aproximar, mas conforme passa tempo com Greta, Frances descobre que o encontro entre as duas não foi tão fortuito quanto pensara e que a senhora guarda segredos sombrios.