É difícil olhar para este Rainhas do Crime e não pensar no superior As Viúvas (2018), já que a premissa de ambos é praticamente a
mesma. Tudo bem que o quadrinho no qual Rainhas
do Crime se baseia foi lançado antes, mas o filme empalidece ao lado de As Viúvas por conta da superficialidade
de seu texto e falta de ritmo.
A trama se passa na década de 70 e acompanha três esposas de
gângsteres irlandeses que controlam o bairro de Hell’s Kitchen em Nova Iorque.
Quando os três maridos são presos, cabe a Kathy (Melissa McCarthy), Claire
(Elizabeth Moss) e Ruby (Tiffany Haddish) tomar o controle dos negócios para
conseguirem se sustentar. Na prática é a mesma trama de As Viúvas, no qual um grupo de mulheres precisa assumir a atividade
criminosa dos maridos na ausência deles.
O maior problema é o modo corrido com o qual o filme
percorre sua própria trama, como se estivesse com pressa de chegar ao final.
Constantemente são usadas elipses com montagem rápida e uma música pop setentista para avançar rapidamente
a narrativa e com isso o filme “pula” o desenvolvimento das personagens, já que
elas se transformam nessa passagem de tempo, mas nunca vemos ou sentimos essas
transformações, apenas somos informados a respeito delas.