sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Crítica – Anna: O Perigo Tem Nome


Análise Crítica – Anna: O Perigo Tem Nome


Eu queria muito ter gostado deste Anna: O Perigo Tem Nome. Muita coisa do que o diretor Luc Besson fez durante os anos noventa tem lugar cativo na minha memória cinéfila como Nikita: Criada Para Matar (1990), O Profissional (1994) e O Quinto Elemento (1997), então sempre desejo por vê-lo à frente de bons projetos, mas seus últimos filmes, apesar de carregarem promessa, acabaram sendo bem abaixo dos melhores momentos do realizador. Lucy (2014), apesar do carisma de Scarlett Johansson e da boa direção de Besson foi soterrado pelo peso da própria megalomania e Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) era prejudicado por um roteiro problemático e um casting equivocado de seus protagonistas. Este Anna poderia ter sido um retorno à forma ao trazer em si ecos de Nikita, mas o resultado é algo desconjuntado e anacrônico.

A trama começa na década de oitenta quando a jovem russa Anna (Sasha Luss) é recrutada como assassina pela KGB. Ela vai para Paris disfarçada como modelo e vive uma vida dupla como top model e matadora, eliminando os inimigos da Rússia. As atividades de Anna chamam a atenção do agente da CIA Lenny (Cillian Murphy), que força Anna a colaborar com os EUA. Assim, a espiã fica presa em um perigoso jogo duplo no qual tem que lutar pela própria sobrevivência e liberdade.

Chama a atenção uma certa inconsistência tonal no longa, em especial quando o filme contrapõe o cotidiano de assassina da protagonista com seu trabalho como modelo. Quando Anna está a serviço da KGB, o filme é sério, sisudo e sombrio, com a protagonista sendo mentalmente afetada por toda a violência ao seu redor, mas em seus momentos de modelo é tudo tão histriônico e caricato que parece algo saído da franquia Zoolander. Sim, Besson claramente parece querer parodiar o universo fashion, a questão é que as transições entre a seriedade psicológica e o pastiche são muito abruptas, dando a impressão de dois filmes diferentes e essas duas abordagens mais brigam entre si do que dialogam.

É curioso, no entanto, que ele tente criticar a objetificação promovida pelo mundo da moda ao mesmo tempo em que insista a todo momento em mostrar a nudez de sua protagonista e colocá-la em cenas de sexo (além de um eventual estupro). Soa contraditório reclamar da objetificação de um determinado ramo do entretenimento ao mesmo tempo em que ele próprio a expõe mais do que necessário, já que mesmo quando ficou claro que ela usa o sexo para manipular os homens ao seu redor, Besson continua insistindo em cenas e mais cenas dela tirando a roupa.

Algumas cenas de sexo até descambam para o humor involuntário, como o sexo violento entre Anna e o russo Alex (Luke Evans), que provavelmente foi pensado como algo de uma sensualidade feroz, mas termina como se estivéssemos assistindo ao coito de dois búfalos no cio. Atômica (2017), um filme que claramente remetia aos produtos noventistas de Besson, conseguiu equilibrar melhor sua combinação entre ação e sensualidade.

Outro problema é a insistência do filme em ficar indo e voltando no tempo para tentar criar surpresas e reviravoltas na esperança de convencer o público que esta é uma trama extremamente inteligente quando na verdade repete todos os clichês típicos de tramas de “espião versus espião”. O expediente de ficar “rebobinando” eventos quebra o ritmo da trama, interrompendo constantemente o fluxo e muitas vezes repetindo algumas cenas que já vimos, como se fossemos incapazes de lembrar algo de dez minutos atrás, para tentar mostrar a ação de uma perspectiva diferente e que as coisas não era como pensamos.

Como o filme abusa do recurso, ele se torna previsível e lá pela terceira vez que uma ação é cortada sem se resolver, sabemos que o filme irá eventualmente rebobinar até aquele momento para revelar uma surpresa que acaba sendo facilmente antevista (eu previ a maioria). Desta maneira, a trama não só fica bastante previsível, como também dá a impressão de um ritmo truncado, que resiste em progredir. Se tudo tivesse sido contado em ordem cronológica seria perfeitamente possível manter o suspense sem sacrificar a progressão da trama. Nesse ímpeto de encadear reviravoltas, os personagens acabam reduzidos a meros dispositivos de roteiro e mesmo a protagonista não consegue ir além do lugar comum da assassina que quer se libertar de sua vida de violência.

As cenas de ação exibem bastante violência e são muito bem conduzidas, com Bresson apresentando planos longos e com poucos cortes que conferem fluidez aos combates e as coreografias de luta exploram de maneira criativa as habilidades letais da protagonista, em especial uma luta dentro de um restaurante. Ainda assim, as cenas de ação são poucas e relativamente espaçadas os longo do filme, não sendo o bastante para fazer a experiência ser positiva.

Anna: O Perigo Tem Nome soa como um filme parado no tempo, algo que ficou perdido dentro de uma gaveta de estúdio e só agora foi encontrado e jogado nos cinemas. Apesar de algumas boas cenas de ação, o filme se perde em uma inconsistência tonal, personagens desinteressantes e uma trama que se julga mais esperta do que realmente é.

Nota: 4/10


Trailer

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Rapsódias Revisitadas – O Último Concerto


Crítica – O Último Concerto


Rapsódias Revisitadas – O Último Concerto
Juntos há cerca de vinte anos, os membros de um quarteto de cordas precisam confrontar a possibilidade do grupo acabar quando um deles descobre ter Parkinson. O quarteto, formado por Daniel (Mark Ivanir), Robert (Phillip Seymour Hoffman), Juliette (Catherine Keener) e Peter (Christopher Walken) passam a reexaminar as principais decisões tomadas nas últimas décadas quando Peter anuncia que em breve precisará deixar o grupo por conta de sua saúde.

A trama aborda o quão complexa é a dinâmica de um grupo musical deste tipo, já que não basta saber tocar, cada um precisa estar em sintonia com o outro, ter estilos e abordagens compatíveis e ser capaz de colocar o grupo em primeiro lugar. É um sistema social bastante delicado e um desarranjo em qualquer elemento põe os demais em desarmonia. É exatamente isso que acontece quando Peter anuncia sua doença, ao confrontar a mortalidade do amigo e o fim do grupo como conhecem, os outros três membros acabam entrando em conflito.

A possibilidade do fim do grupo levanta neles a ideia de que as escolhas que fizeram até então para manter o quarteto funcionando foram em vão e velhos ressentimentos começam a emergir, como o fato de que Robert nunca pode ser o primeiro violinista do grupo ou que Juliette deixou de lado sua paixão por Daniel para ficar com Robert apenas porque ele era mais conveniente. O elenco contribui para que sintamos o peso dos anos sobre o grupo, convencendo que são pessoas que convivem a muito tempo e compreendem muito bem os vícios e virtudes de cada um dos companheiros.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Crítica – Seis Vezes Confusão


Análise Crítica – Seis Vezes Confusão


Review – Seis Vezes Confusão
Eddie Murphy se tornou famoso ao estrelar comédias nas quais ele interpretava múltiplos personagens. Ele já fazia isso em Um Príncipe em Nova York (1988), no qual além de interpretar o protagonista, também interpretava alguns personagens secundários que frequentavam a barbearia em que o protagonista trabalhava. Murphy atingiu o auge desse recurso em O Professor Aloprado (1996) e a partir daí o dispositivo começou a se desgastar, com a continuação O Professor Aloprado 2 (2000) sendo bem inferior ao primeiro e depois o horrendo Norbit (2007) mostrou que não havia mais nada o que fazer no formato. Só esqueceram de avisar isso para Marlon Wayans que neste Seis Vezes Confusão tenta emular Eddie Murphy quando nem o próprio Murphy consegue fazer um filme desse tipo dar certo.

Na trama, Alan (Marlon Wayans) está prestes a se tornar pai, mas o fato de não ter família o deixa em dúvidas sobre construir a sua própria. Ele decide então procurar a mãe biológica e nesse processo descobre que possui outros cinco irmãos gêmeos (todos interpretados por Marlon Wayans). Bem, é isso, não há exatamente uma trama ou conflito central, com a narrativa usando a estrutura de road movie mostrando a viagem de Alan em busca dos irmãos como uma maneira de disfarçar o vazio narrativo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Crítica – Mindhunter: 2ª Temporada


Análise Crítica – Mindhunter: 2ª Temporada


Review – Mindhunter: 2ª Temporada
A primeira temporada de Mindhunter envolvia tanto pela sua construção do suspense das investigações quanto pelo modo como capturava o clima de incerteza da época com o crescimento de ataques de serial killers. Ao mostrar as dificuldades que os protagonistas tinham em ter seu trabalho sobre assassinos em série levado à sério, a trama também revelava certos preconceitos sociais quanto à natureza do crime. A segunda temporada continua a desenvolver muitos desses mesmos temas, expandindo-os assim como expande o desenvolvimento do personagem.

A trama continua do ponto em que a primeira encerrou, com o agente Ford (Jonathan Groff) tendo um ataque de pânico depois de entrevistar um serial killer. O agente Tench (Holt McCallany) recebe notícia de uma mudança de comando em Quantico e o novo encarregado é mais aberto aos novos métodos pesquisados pela unidade dos protagonistas, o que é lhes dá novas oportunidades, mas também novos desafios, já que o olhar do público está mais sobre eles. Ford, Tench e os demais tem uma nova oportunidade de testar seus métodos quando uma onda de assassinatos de crianças aterroriza a cidade de Atlanta. Além das dificuldades em encontrar o culpado, os protagonistas ainda precisam lidar com toda a politicagem envolvendo a investigação, já que as autoridades estão menos interessadas na busca pela verdade e mais nas aparências.

domingo, 18 de agosto de 2019

Crítica – Era Uma Vez em...Hollywood


Análise Crítica – Era Uma Vez em Hollywood

Review – Era Uma Vez em Hollywood
Desde Bastardos Inglórios (2009) que o diretor Quentin Tarantino se dedica a olhar a história através da arte. Ele já foi desde a Segunda Guerra Mundial, passando pelo período da escravidão em Django Livre (2012) e pela Guerra Civil dos EUA em Os Oito Odiados (2015) e agora, neste Era Uma Vez em...Hollywood, se volta aos Estados Unidos da década de 60, a ascensão dos serial killers e o fim do “sonho americano” consolidado no pós-guerra. Ao final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos foram a única grande potência razoavelmente intacta enquanto que boa parte dos países europeus estava em ruína. Isso permitiu que o país crescesse e expandisse sua influência mundial ainda mais, tanto termos econômicos quanto políticos, sociais e culturais.

Foi um período de bonança e prosperidade para o país, que parecia inatingível e projetava um ideal idílico de perfeição. Movimentos de contracultura apontavam para possíveis avanços sociais e uma melhora de vida em geral. Ao final dos anos 60, no entanto, as rachaduras nessa fachada perfeita começaram a aparecer e os assassinatos cometidos pelo “culto” liderado por Charles Manson quebraram a impressão de invulnerabilidade que o país construíra para si nas últimas décadas. Serial killers começavam a pipocar em diferentes cidades e a sensação era que os EUA não só deixara de ser seguro, como era tomado por uma violência que as pessoas não conseguiam compreender muito bem, algo mostrado na série Mindhunter.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Crítica – The Handmaid’s Tale: 3ª Temporada


Análise Crítica – The Handmaid’s Tale: 3ª Temporada


Review – The Handmaid’s Tale: 3ª TemporadaDepois de uma excelente primeira temporada e uma segunda um pouco inferior, mas que ainda conseguia manter o interesse, The Handmaid’s Tale chega a sua terceira temporada dando sinais de cansaço, com uma trama que parece andar em círculos e decisões questionáveis quanto ao desenvolvimento de suas personagens. O texto a seguir contem SPOILERS da temporada.

A trama começa no mesmo ponto em que o segundo ano parou, com June (Elizabeth Moss) decidindo ficar em Gilead depois de dar sua filha, Nichole, para Emily (Alexis Bledel) levar através da fronteira do Canadá. A ação não passa incólume pelo governo de Gilead, mas o comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e sua esposa Serena (Yvonne Strahovski) conseguem convencer as autoridades da inocência de June na questão, colocando Emily como a única culpada.

O “sequestro” de Nichole gera um incidente internacional entre Gilead e o Canadá que permite compreender melhor como Gilead interage com o resto do mundo e o funcionamento da política internacional deste universo. Aliás, a temporada também cria imagens poderosas mostrando o que aconteceu em Gilead com antigos símbolos nacionais dos Estados Unidos, com o obelisco do monumento a Washington sendo substituído por uma cruz e a estátua do memorial a Lincoln sendo largada em ruínas, simbolizando como o sonho de igualdade naquele país foi destruído. O problema é que todo esse conflito é construído à revelia do desenvolvimento que foi feito dos personagens até então, especialmente Serena.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Crítica – A Vida Moderna de Rocko: Volta ao Lar


Análise Crítica – A Vida Moderna de Rocko: Volta ao Lar


Review – A Vida Moderna de Rocko: Volta ao LarFeita na década de noventa, animação A Vida Moderna de Rocko produzia um comentário bastante ácido sobre a sociedade de sua época e apesar de passar em um canal voltado para o público infantil, o Nickelodeon, tratava sobre questões bastante adultas. Inclusive, eu só cheguei a entender certas piadas ou situações muitos anos depois de ter originalmente assistido a série. Pois a atual onda de reboots e remakes não deixou essa série incólume, trazendo-a de volta como um telefilme da Netflix neste A Vida Moderna de Rocko: Volta ao Lar.

Na trama, depois de passar vinte anos perdido no espaço sideral, Rocko, Vacão e Felizberto retornam à cidade de O-Town e descobrem que seu desenho animado favorito foi cancelado. Desesperados em lidar com um mundo que não reconhecem mais, resolvem encontrar o criador do desenho para que ele traga a animação de volta.

Fica claro por esta breve sinopse que o longa tenta satirizar toda essa onda de produções tomadas por nostalgia que tem tomado a indústria hollywoodiana. De maneira bastante metalinguística o roteiro critica essa necessidade de ficarmos consumindo as mesmas coisas de nossa juventude como uma maneira de nos mantermos em uma eterna infância.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Crítica – Casal Improvável


Análise Crítica – Casal Improvável


Review  – Casal Improvável
Confesso que não esperava muita coisa deste Casal Improvável. Pelos trailers parecia mais uma daquelas comédias imaturas do Seth Rogen cheias de piadas sobre ânus e pênis sem nada a dizer. O filme não deixa de recorrer a um humor escatológico em alguns momentos, mas em seu cerne há uma competente comédia romântica como há muito não se via.

A trama gira em torno da política Charlotte Fields (Charlize Theron), ela é a Secretária de Estado dos Estados Unidos e está prestes a se lançar em uma campanha presidencial. Para impulsionar sua campanha, ela contrata o jornalista Fred Flarsky (Seth Rogen), um antigo conhecido de infância, para escrever seus discursos. Aos poucos Charlotte e Fred vão se aproximando, mas o envolvimento dela com o atrapalhado jornalista pode por em risco sua candidatura.

Chama a atenção que o filme não trata como uma questão o fato de um homem não deter o protagonismo de um relacionamento. Apesar de não ser o primeiro a colocar uma mulher em alta posição de poder e prestígio em um relacionamento amoroso com um homem mais modesto, outros filmes tratavam isso como um problema a ser superado pelo personagem masculino. O recente Meu Eterno Talvez, por exemplo, fez disso um dos principais conflitos, colocando o personagem para aprender que não há nada errado em não ser o ponto focal da relação.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Crítica – GLOW: 3ª Temporada


Análise Crítica – GLOW: 3ª Temporada


Review – GLOW: 3ª Temporada
O final da segunda temporada de GLOW prometia uma mudança de ambiente para as personagens, transformando o programa de luta-livre que se passa dentro da série em um show ao vivo em um cassino ao invés de um programa televisivo. Chegando nesta terceira temporada, é bacana constatar que a mudança de fato serviu para fazer as personagens se transformarem e não uma mera troca de cenário.

Debbie (Betty Gilpin), Bash (Chris Lowell) e Sam (Marc Maron) agora precisam adaptar o formato de GLOW para uma atração em Las Vegas, no cassino chefiado por Sandy (Geena Davis), com a mudança afetando cada um deles e também o elenco de lutadoras. Ruth (Alison Brie) tem que lidar com a distância do namorado, Debbie sente saudades do filho pequeno, Arthie (Sunita Mani) e Yolanda (Shakira Barrera) começam a enfrentar problemas no relacionamento, enquanto que Cherry (Sydelle Noel) começa a tentar engravidar.

Se em temporadas anteriores as tramas se concentravam nos desafios e problemas de manter o show funcionando, agora que a atração está relativamente consolidada as tramas focam mais nos dilemas individuais das personagens ao invés das questões de bastidores. A mudança soa natural considerando que a essa altura já compreendemos como o show funciona e o status estável que a atração alcançou na vida das personagens.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Crítica – Aladdin


Análise Crítica – Aladdin


Review – Aladdin
Já faz alguns anos que a Disney entrou em uma onda de refazer em live action a grande maioria de seus clássicos animados. Embora alguns até pudessem se beneficiar da atualização, como Cinderela (2015) ou Mogli: O Menino Lobo (2016), outros como este Aladdin não precisavam existir, já que o filme original se sustenta perfeitamente bem hoje e tem pouco que mereça ser alterado ou melhorado.

A trama é a mesma da animação. O garoto de rua Aladdin (Mena Massoud) se apaixona pela princesa Jasmine (Naomi Scott, a Kimberly do último filme dos Power Rangers), mas ela só pode se casar com um príncipe e ele não tem chance. Aladdin acaba sendo preso pelo traiçoeiro Jafar (Marwan Kenzari), que lhe dá a chance de conseguir sua liberdade se recuperar a lâmpada mágica da Caverna das Maravilhas. Aladdin acaba ficando com a lâmpada e com o Gênio (Will Smith) que vive dentro dela, usando os poderes do Gênio para tentar conquistar Jasmine.

A narrativa segue as mesmas batidas e pontos-chave do original, contando com poucas modificações. A principal é a subtrama de Jasmine, que a torna uma personagem com mais controle sobre o próprio destino ao mostrá-la tentando reverter as leis machistas de Agrabah para poder se tornar sultana. Há também uma subtrama romântica envolvendo o Gênio e uma das camareiras de Jasmine, Dalia (Nasim Pedrad).