Desde sucesso Cazuza:
O Tempo Não Para (2004), o cinema brasileiro encontrou um padrão bem
sucedido de cinebiografias que vem repetindo desde então. Este Hebe: A Estrela do Brasil é bastante
tributário a este modelo, ainda que consiga evitar repetição em alguns aspectos
e falhe em outros.
Enquanto a maioria das cinebiografias brasileiras tenta
contar a vida inteira do biografado, como acontece em Gonzaga:
De Pai Para Filho (2012), Tim Maia
(2014) ou Elis (2016),
resultando em algo episódico e superficial, este filme se concentra em um
período da vida da apresentadora Hebe Camargo (Andrea Beltrão). Acompanhamos
Hebe na década de oitenta, em sua transição da rede Bandeirantes para o SBT de
Silvio Santos (Daniel Boaventura), bem como suas disputas com os órgãos de
censura ainda existentes e seus problemas no casamento com Lélio (Marco Ricca).