Feito pelo mesmo estúdio responsável por animações como Coraline e o Mundo Secreto (2009), este Link Perdido tem a mesma qualidade
técnica do estúdio Laika, mas a trama em si carece um pouco de impacto para
conseguir encantar como os outros trabalhos da produtora.
A trama se passa no século XIX e é centrada no explorador
Sir Lionel Frost (voz de Hugh Jackman) um cavalheiro britânico que quer a
qualquer custo obter reconhecimento de seus pares. Para isso, empreende
expedições para descobrir locais e monstros míticos, mas nunca consegue provas
que corroborem suas investigações. A sorte dele muda quando recebe uma carta
contando a localização do mítico Pé Grande, fazendo Lionel partir para os
Estados Unidos para encontrar a criatura, que acaba chamando de Sr. Link (voz
de Zach Galifianakis).
A trama é carregada de um senso de humor irônico com um timing certeiro para cada piada. Um
exemplo é quando um dos vilões, o Lorde Piggot-Dunceby (voz de Stephen Fry),
diz que precisa deter Lionel para proteger a imagem do homem civilizado, mas
que irá contratar um assassino profissional para detê-lo. Ou seja, para
proteger a civilização, irá recorrer ao comportamento menos civilizado
possível. A trama é cheia desses diálogos bem humorados que revelam as
hipocrisias de uma elite que se acha superior, mas na verdade é estúpida e
truculenta.