Em 2017, o internauta Eduardo
Hanzo viralizou no Twitter ao contar a insólita história da rivalidade entre a
avó dele e uma vizinha. Era uma animosidade que se estendia por décadas e
envolvia esquemas e peças que pareciam saídas diretamente de uma sitcom televisiva. Provavelmente foi
essa impressão de que a realidade pode ser mais estranha que a ficção que
chamou tanto a atenção do público. Parecia algo pronto para ser adaptado para o
cinema ou televisão e a série Eu, a Vó e
a Boi é exatamente isso.
A trama é centrada em Roblou
(Daniel Rangel) que narra a rivalidade entre as duas avós, Turandot (Arlete
Salles), com quem ele mora, e Yolanda (Vera Holtz), a quem Turandot se refere
como Boi por achar “vaca” um xingamento machista. As duas moram frente a frente
na mesma rua e se odeiam há anos. Com muito tempo livre nas mãos, se dedicam a
infernizar a vida da outra.
O primeiro episódio da série é
mais focado na rivalidade das duas e acerta no clima de absurdo conforme
Turandot e Boi inventam esquemas malucos para tirar uma a outra do sério.
Recorrendo a diálogos e situações tiradas diretamente dos tweets de 2017, o episódio tem o clima de absurdo e comicidade que
se esperava de uma série sobre duas velhinhas rabugentas que se detestam e
apontava para uma comédia promissora.