A Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas anunciou hoje, 13 de janeiro, os indicados ao Oscar 2020. Coringa lidera em número de indicações,
recebendo 11 menções, se tornando a adaptação de quadrinhos com mais indicações
ao Oscar. Outros destaques ficam com O Irlandês, Era uma vez em Hollywood
e 1917. O sul-coreano Parasita conseguiu e além da categoria
de filme estrangeiro e foi indicado também a melhor filme e mais outras categorias. A atriz Scarlett
Johansson recebeu duas indicações este ano, a melhor atriz por História de um Casamento e melhor atriz
coadjuvante por Jojo Rabbit.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Conheçam os indicados ao Oscar 2020
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Notícias

domingo, 12 de janeiro de 2020
Crítica – Titãs: 2ª Temporada
Ao escrever sobre a primeira temporada de Titãs, mencionei como o
forte da série era a maneira como trabalhava as relações entre seus personagens
e como fazia aqueles indivíduos imperfeitos e problemáticos conseguirem superar
seus problemas em conjunto. Essa segunda temporada mantém o foco naquilo que o
ano de estreia fez tão bem, no entanto, repete também muitos dos problemas do
primeiro ano.
A narrativa recomeça no ponto
onde a anterior parou, com o demoníaco Trigon (Seamus Dever) tomando o controle
de Dick (Brenton Thwaites) para usá-lo contra Rachel (Teagan Croft) enquanto os
demais membros da equipe tentam penetrar na barreira mágica que isola a casa na
qual estão. Enfrentar Trigon é só o começo dos problemas dos Titãs, já que as
ações da equipe chamam a atenção de um antigo inimigo de Dick, o letal Slade
Wilson (Esai Morales).
Se a temporada focava na ruptura
de Dick com Bruce Wayne (Iain Glen) e sua tentativa em ser diferente de seu
tutor, essa segunda mostra os erros que Dick cometeu pelo caminho e como sua
dedicação obsessiva à missão causou danos irreparáveis nele e nos outros Titãs.
Essa bagagem emocional vem à tona com a tentativa de criar um novo grupo de
Titãs ao treinar Gar (Ryan Potter), Rachel e Jason (Curran Walters) e também
com o resgate de Rose (Chelsea Zhang), a filha de Slade que aparentemente
estava sendo caçada por ele.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Crítica – Drácula
A história do Conde Drácula,
criado na literatura pelo irlandês Bram Stoker, já foi contada tantas vezes
que uma nova versão dificilmente despertaria a atenção de alguém a essa altura.
Esta minissérie Drácula, no entanto,
capturou meu interesse quando soube que Mark Gatiss e Stephen Moffat, os
responsáveis por trazerem Sherlock Holmes para a contemporaneidade com Sherlock, estavam à frente dessa
releitura sobre o vampiro da Transilvânia.
A trama segue o Conde Drácula
(Claes Bang) através das eras. O conhecemos primeiro através do relato de
Jonathan Harker (John Heffernan), um advogado britânico que vai ao castelo de
Drácula para finalizar alguns negócios e se torna presa do vampiro. É
interessante que como a minissérie consegue pegar os principais pontos-chave da
trama, como a ida de Harker ao castelo, a viagem de navio de Drácula para a
Inglaterra ou o ataque a Lucy Westenra (Lydia West) e os apresenta sob um
prisma totalmente novo. Assim, mesmo tratando de uma história que já conhecemos
e com personagens familiares, a narrativa consegue apresentar frescor
suficiente para nos manter engajados.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
Crítica – O Farol
Depois de explorar o folclore dos
Estados Unidos colonial no excelente A Bruxa (2016), o diretor Robert Eggers agora resolve mergulhar (trocadilho
não intencional) no folclore sobre o mar, marinheiros e pessoas que trabalham
com o oceano neste O Farol e o
resultado é igualmente perturbador.
Filmado todo em preto e branco, a
trama se passa no final do século XIX e é centrada em dois homens que trabalham
em um farol situado em uma ilha remota. Winslow (Robert Pattinson) chega na
ilha esperando que o novo trabalho sirva como um recomeço, mas lá encontra o
veterano vigia Wake (Willem Dafoe) que além de ser um exigente chefe, também
demonstra ser mentalmente instável conforme narra histórias fantasiosas de
infortúnios no mar. O isolamento e a diferença de personalidade vai aos poucos
ampliando os atritos entre os dois.
Tal como acontecia em A Bruxa, muito da tensão vem do fato de
não sabermos se de fato existem horrores sobrenaturais rondando os personagens
ou se tudo é fruto da mente deles, enfraquecida pelo isolamento, desnutrição e
bebida. O uso de preto e branco permite que Eggers invista em composições
cheias de contrastes entre luz e sombra que, somados aos ângulos de câmera
descentralizados e por vezes inclinados, criam formas tortas, distorcidas, que
criam a sensação de desconforto e a impressão de que há algo errado naquele
lugar. É um modo de composição imagética bastante tributário ao movimento do
cinema expressionista alemão e serve para mergulhar o espectador na perspectiva
e estado mental dos personagens que vivenciam uma realidade torta na qual o
mundo real se mistura com fantasia e delírios.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
Crítica – Ameaça Profunda
Na mesma semana que estreia Kursk: A Última Missão também chega aos
cinemas outro filme sobre pessoas presas em uma instalação submarina neste Ameaça Profunda. Não que eles vão
competir diretamente por público, já que o primeiro é um drama baseado em uma
história real e o segundo é uma ficção de terror, mas não deixa de ser curioso
que dois filmes com ambientação parecida estreiem no mesmo dia.
A trama é centrada em Norah
(Kristen Stewart), uma engenheira mecânica que fica presa em uma instalação
submarina de perfuração em um dos pontos mais profundos do oceano. Depois que
um aparente terremoto destrói parte do complexo, ela e mais alguns
sobreviventes precisam achar alguma maneira de escapar.
O início tenta criar algum
suspense acerca do que está acontecendo, mas como alguns letreiros durante os
créditos iniciais já falam que criaturas estranhas estavam sendo avistadas ao
redor da instalação, então fica óbvio desde o início que eles não estão diante
de um desastre natural, mas de algum horror abissal saído das profundezas. A
falta de qualquer construção de atmosfera e tensão é um problema que acompanha
o filme em sua integralidade, já que ao invés de ir trabalhando o suspense o
filme opta pelo choque fácil de jogar a esmo sustos surpresa na tela.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020
Crítica – Adoráveis Mulheres
Eu não estava lá muito empolgado
por essa nova versão de Adoráveis
Mulheres. A versão de 1994 protagonizada por Winona Ryder continua a se
sustentar muito bem hoje e a única coisa que dava a impressão de que não seria
um produto caça-níqueis era a presença de Greta Gerwig, responsável pelo ótimo Lady Bird (2018), como diretora e roteirista
do longa.
A trama acompanha a saga da
família March durante a Guerra de Secessão dos Estados Unidos. A filha mais
velha, Jo (Saiorse Ronan), serve como a narradora da história contando os
percalços dela, de suas irmãs e da mãe depois que o pai vai servir na guerra.
Nesta versão Gerwig opta por desenvolver a trama de maneira não linear, o que
inicialmente parece um mero floreio feito para diferenciar esta versão das
demais, mas conforme o filme avança consegue justificar o seu uso.
Considerando que é uma adaptação
de uma obra literária que já recebeu várias adaptações em filme e série,
logicamente há pouco a ser dito aqui que outras versões já não tenham dito
sobre esta história, mas é tudo tão bem conduzido que é difícil não se deixar
envolver mais uma vez pelas March.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
Crítica – Kursk: A Última Missão
Kursk: A Última Missão é um daqueles filmes sobre tragédias reais
feito para levar o público às lágrimas que sempre chega aos cinemas ao menos
uma vez por ano. É tão quadrado e preso aos lugares-comuns desse tipo de
produção que chega ser uma surpresa ver o nome de alguém como Thomas Vinterberg
na cadeira de diretor.
A trama é centrada em Mikhail
(Matthias Schoenarts), um dos oficiais a bordo do submarino nuclear Kursk.
Quando um exercício de treinamento dá errado e um torpedo explode dentro do
submarino, cabe a Mikhail liderar os sobreviventes enquanto esperam o resgate.
Enquanto isso, Tanya (Lea Seydux), esposa de Mikhail, tenta conseguir
informações com as autoridades russas, que teimam em não admitir que não estão
devidamente equipados para o resgate.
A narrativa segue a estrutura
padrão desse tipo de filme, com um começo que mostra esses personagens como
maridos e pais de família (um deles é recém-casado, inclusive) na esperança que
isso seja suficiente para angariar simpatia do público, já que o texto nunca se
esforça para dar personalidades discerníveis a cada um deles ou mesmo ao
próprio Mikhail, figura central da trama, mostrado apenas como um pai de família,
como se isso bastasse em termos de construção de personagem.
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Catástrofe,
Crítica,
Drama

Vencedores do Globo de Ouro 2020
A 77ª Premiação do Globo de Ouro aconteceu ontem, 05 de janeiro, apresentada pelo comediante Ricky Gervais. Celebrando produções do cinema e da televisão a premiação trouxe algumas surpresas como as vitórias de Taron Egerton por Rocketman e de Awkwafina por The Farewell. No cinema, o maior vencedor foi Era Uma Vez em...Hollywood, de Quentin Tarantino, levando três prêmios enquanto que Coringa e 1917 ficaram empatados com dois Globos cada. Nas séries, Fleabag, Sucession e Chernobyl ficaram com dois prêmios cada um. Confiram abaixo a lista completa de indicados com os vencedores destacados em negrito.
MELHOR FILME DE DRAMA
1917 (Vencedor)
MELHOR FILME DE MUSICAL OU COMÉDIA
JoJo Rabbit
MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA
Cynthia Erivo - Harriet
Scarlett Johansson - História de um Casamento
Saoirse Ronan - Adoráveis Mulheres
Charlize Theron - O Escândalo
Renée Zellweger - Judy (Vencedor)
MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA
Christian Bale - Ford vs Ferrari
Antonio Banderas - Dor e Glória
Adam Driver - História de um Casamento
Jonathan Pryce - Dois Papas
MELHOR ATRIZ EM FILME MUSICAL OU COMÉDIA
Awkwafina - The Farewell (Vencedor)
Ana de Armas - Entre Facas e Segredos
Cate Blanchett - Cadê Você, Bernadette?
Beanie Feldstein - Fora de Série
Emma Thompson - Late Night
MELHOR ATOR EM FILME MUSICAL OU COMÉDIA
Daniel Craig - Entre Facas e Segredos
Roman Griffin Davis - Jojo Rabbit
Leonardo DiCaprio - Era Uma Vez em... Hollywood
Taron Egerton - Rocketman (Vencedor)
Eddie Murphy - Meu Nome é Dolemite
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Kathy Bates - Richard Jewell
Annette Bening - The Report
Laura Dern - História de um Casamento (Vencedor)
Jennifer Lopez - As Golpistas
Margot Robbie - O Escândalo
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Tom Hanks - Um Lindo Dia na Vizinhança
Anthony Hopkins - Dois Papas
Al Pacino - O Irlandês
Joe Pesci - O Irlandês
Brad Pitt - Era Uma Vez em...Hollywood (Vencedor)
MELHOR DIREÇÃO
Bong Joon-ho - Parasita
Sam Mendes - 1917 (Vencedor)
Todd Phillips - Coringa
Martin Scorsese - O Irlandês
Quentin Tarantino - Era Uma Vez em... Hollywood
MELHOR ROTEIRO
Noah Baumbach - História de um Casamento
Bong Joon-ho e Han Jin-won - Parasita
Anthony McCarten - Dois Papas
Quentin Tarantino - Era uma Vez em... Hollywood (Vencedor)
Steven Zaillian - O Irlandês
MELHOR FILME ANIMADO
O Rei Leão
Link Perdido (Vencedor)
Toy Story 4
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
The Farewell
Os Miseráveis
Parasita (Vencedor)
Retrato de Uma Jovem em Chamas
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Adoráveis Mulheres
Coringa (Vencedor)
1917
Brooklyn - Sem Pai Nem Mãe
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
"Beautiful Ghosts" (Cats)
"I'm Gonna Love Me Again" (Rocketman) (Vencedor)
"Into the Unknown" (Frozen 2)
"Spirit" (O Rei Leão)
"Stand Up" (Harriet)
MELHOR SÉRIE DE DRAMA
Big Little Lies - (HBO)
The Crown - (Netflix)
Killing Eve - (BBC America)
The Morning Show - (Apple TV Plus)
Succession - (HBO) (Vencedor)
MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL
Barry - (HBO)
Fleabag - (Prime Video) (Vencedor)
The Kominsky Method - (Netflix)
The Marvelous Mrs. Maisel - (Prime Video)
The Politician - (Netflix)
MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Catch 22
Chernobyl (Vencedor)
Fosse/Verdon
The Loudest Voice
MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Michelle Williams - Fosse/Verdon (Vencedor)
Helen Mirren - Catherine the Great
Merritt Wever - Inacreditável
Kaitlyn Dever - Inacreditável
Joey King - The Act
MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Christopher Abbott - Catch-22
Sacha Baron Cohen - The Spy
Russell Crowe - The Loudest Voice (Vencedor)
Jared Harris - Chernobyl
Sam Rockwell - Fosse/Verdon
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA
Jennifer Aniston - The Morning Show
Olivia Colman - The Crown (Vencedor)
Jodie Comer - Killing Eve
Nicole Kidman - Big Little Lies
Reese Witherspoon - The Morning Show
MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA
Brian Cox - Succession (Vencedor)
Kit Harington - Game of Thrones
Rami Malek - Mr. Robot
Tobias Menzies - The Crown
Billy Porter - Pose
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL
Christina Applegate - Dead to Me
Rachel Brosnahan - The Marvelous Mrs. Maisel
Kirsten Dunst - On Becoming a God in Central Florida
Natasha Lyonne - Russian Doll
Phoebe Waller-Bridge - Fleabag (Vencedor)
MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL
Michael Douglas - The Kominsky Method
Bill Hader - Barry
Ben Platt - The Politician
Paul Rudd - Living with Yourself
Ramy Youssef - Ramy (Vencedor)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Patricia Arquette - The Act (Vencedor)
Helena Bonham Carter - The Crown
Toni Collette - Inacreditável
Meryl Streep - Big Little Lies
Emily Watson - Chernobyl
MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Alan Arkin - O Método Kominsky
Kieran Culkin - Succession
Andrew Scott - Fleabag
Stellan Skarsgård - Chernobyl (Vencedor)
Henry Winkler - Barry
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Notícias

sábado, 4 de janeiro de 2020
Crítica – Perdidos no Espaço: 2ª Temporada
Quando escrevi sobre a primeira
temporada de Perdidos no Espaço mencionei
como a série criava um envolvente universo de ficção-científica no qual a
inteligência, conhecimento e engenhosidade dos personagens eram as principais
armas que tinham para resolver problemas. Essa segunda temporada segue
desenvolvendo os pontos fortes de sua estreia, mas também reproduz alguns de
seus problemas.
O segundo ano termina no momento
em que o primeiro encerrou, com a família Robinson sendo transportada a um
ponto desconhecido do espaço. Encontramos John (Toby Stephens), Maureen (Molly
Parker) e os demais vivendo em uma pequena ilha de um planeta tomado por água.
Sem recursos, a família começa a se acostumar à rotina do lugar, mas Maureen
sabem que a vida ali não é sustentável a longo prazo e traça um plano arriscado
para conseguir energizar a nave e deixar o planeta.
Tal como na primeira temporada o
universo em si é o principal obstáculo e ameaça aos personagens. Viajando por planetas
alienígenas que não são adaptados à vida humana, os Robinsons tem sua
capacidade de sobrevivência testada a todo momento e precisam combinar os
conhecimentos de cada um de maneiras engenhosas para se manterem vivos. É uma
série que nos lembra da importância da ciência, de como a inteligência humana
tornou nossa vida, tal como a conhecemos, possível e o quão longe nossa espécie
pode chegar se for capaz de cooperar e produzir conhecimento. Uma mensagem
importante e necessária em tempos de obscurantismo e negação da ciência como
vivemos hoje.
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Aventura,
Crítica,
Ficção Científica,
Séries

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
Reflexões Boêmias - Melhores filmes de 2019
Com 2019 acabando, é inevitável
fazer um balanço do que passou e ponderar sobre os filmes que assistimos.
Anteriormente listamos nossos piores filmes do ano, agora falaremos sobre
aqueles que consideramos os melhores. A lista leva em conta os filmes que
tiveram lançamento comercial no Brasil em 2019.
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Reflexões Boêmias

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