Quando escrevi sobre a primeira
temporada desta nova versão de Cavaleiros do Zodíaco produzida pela Netflix, mencionei que apesar do esforço de dar
um ritmo mais ágil e tornar mais críveis alguns elementos do universo criado
por Masami Kurumada, a animação acabava carecendo o impacto do anime original. Esperava que essa
segunda temporada melhorasse alguns aspectos, mas tudo continuou igual.
A narrativa continua onde o
primeiro ano terminou, com os cavaleiros de bronze sendo salvos do desabamento
da montanha após a derrota de Ikki e a chegada de uma nova ameaça na forma dos
cavaleiros de prata. Os principais momentos da trama seguem fieis aos do mangá
e do anime, no entanto nem todos
funcionam por conta de escolhas de adaptação que a série fez.
Um exemplo é o resgate dos
cavaleiros pelas mãos de Mu. Como na primeira temporada nunca houve o arco de
Shiryu ir até Jamiel consertar as armaduras e conhecer o cavaleiro de ouro de
Áries, a aparição de Mu aqui soa jogada de qualquer jeito, mais soando como um deus ex machina preguiçoso do que um
elemento natural. Afinal, se Mu não conheceu Shiryu ou Seiya e testemunhou o
valor deles em primeira mão, que motivação ele teria para salvá-los? Uma
profecia vaga? Porque não acreditar na profecia do Santuário então?