Eu lembro quando a minissérie Os Maias foi originalmente exibida pela
Rede Globo em 2001 e o quanto ela foi elogiada pela qualidade de sua produção
por reproduzir a Portugal do século XIX. Revendo a série quase vinte anos
depois, fiquei com medo dela não se sustentar, tanto em aspectos estéticos
quanto da narrativa, mas ela permanece esse grande épico que narra a tragédia
de uma família da pequena aristocracia lusitana.
Antes de falar propriamente da
série, preciso sinalizar que escrevi esse texto a partir da versão lançada em
DVD de Os Maias (que também está
disponível via Globoplay). A minissérie, quando foi exibida na televisão,
adicionava narrativas de outros romances do autor Eça de Queiroz (como A Relíquia e A Capital) à trama de Os
Maias para poder render o número de capítulos exigidos pela emissora. A
versão de DVD remove todas essas histórias paralelas e concentra apenas na
trama principal envolvendo a família Maia. Então se você rever a série e
perceber que está faltando alguma coisa em relação ao que viu na televisão, é
por causa disso.