quarta-feira, 11 de março de 2020

Crítica – Bloodshot


Análise Crítica – Bloodshot


Review – Bloodshot
Um soldado é usado como cobaia em um experimento que injetará algo em seu corpo que o tornará indestrutível e depois tem as memórias manipuladas para ser usado como uma arma viva pelas pessoas que o criaram. Essa é a origem do herói Wolveri...hã? Esse não é um filme do Wolverine? Tem certeza? A premissa é a mesma. Então tá, é um filme sobre um sujeito desmemoriado que reganha sua consciência e se recusa a ser usado, se voltando contra aqueles que o usaram. Essa é a jornada de Jason Bour...hein? Também não é um filme do Bourne? Bem, não, isso é a trama básica de Bloodshot, baseado no quadrinho de mesmo nome, que nunca consegue ir além de ser uma colcha de retalhos de histórias que já vimos antes.

Ray (Vin Diesel) é um soldado aparentemente morto em ação. Ele acorda em um laboratório e descobre que foi usado como cobaia em um experimento que implantou nanomáquinas em seu corpo que praticamente o tornam imortal. Ele não se lembra do passado, mas começa a ter flashbacks do assassinato da esposa e parte em uma jornada de vingança. No percurso, começa a suspeitar que o Dr. Harting (Guy Pearce), o cientista responsável por seus aprimoramentos, talvez o esteja manipulando.

terça-feira, 10 de março de 2020

Crítica – A Maldição do Espelho


Análise Crítica – A Maldição do Espelho


Review – A Maldição do Espelho
Eu realmente não entendo o que acontece com alguns filmes russos que chegam ao Brasil, como A Sereia (2019) ou Os Guardiões (2017). Este A Maldição do Espelho é mais um que tem um lançamento bizarro, chegando aqui dublado em inglês e com legendas em português. Aqui, mais que qualquer outro caso desses, a dublagem é um problema por conta da péssima qualidade, já que os dubladores parecem apenas estar lendo as falas de seus personagens sem muita expressividade. Não que uma boa dublagem ou o acesso ao áudio original pudessem salvar o desastre que é o filme.

A trama é focada nos irmãos Olya (Angelina Strechina) e Artyom (Daniil Izotov). Depois que a mãe deles morre em um acidente de carro, os dois são mandados para um colégio interno sediado em uma antiga mansão. Bisbilhotando pelos cantos antigos da propriedade, Olya, Artyom e outros estudantes encontram um antigo espelho com marcas satânicas que serviria para invocar a lendária Rainha de Espadas, que concederia desejos a quem invocasse em troca da vida das pessoas que a invocaram. O que os adolescentes fazem? Invocam a criatura, claro, e obviamente começam a morrer.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Crítica – Castlevania: 3ª Temporada


Trailer Crítica – Castlevania: 3ª Temporada


Review – Castlevania: 3ª Temporada
Depois do final da segunda temporada, imaginei que Castlevania pudesse não retornar para um terceiro ano. Afinal, Drácula foi eliminado e a história desses personagens, em tese, tinha chegado ao fim. Fiquei temeroso que essa terceira não tivesse muito a dizer, mas felizmente ela mantem o padrão de qualidade das outras duas.

Depois da morte de Drácula, Trevor (Richard Armitage) e Sypha (Alejandra Reynoso) vivem juntos caçando os monstros que sobreviveram à batalha contra Drácula. Alucard (James Callis) vive sozinho no castelo de seu pai, guardando o local para que ninguém possa usá-lo. Alucard é eventualmente encontrado por uma dupla de jovens caçadores de vampiros e os toma como aprendizes. A vampira Carmilla (Jaime Murray), que escapou do castelo de Drácula, consegue retornar ao seu reino e junto com suas principais tenentes vampiras trama uma maneira de dominar a região antes controlada por Drácula.

A temporada segue o mesmo ritmo deliberado das outras e se você não se agrada com a natureza slow burn da trama, esse terceiro ano não irá te converter em um amante da série. Ainda assim, esse ritmo se justifica pelo cuidado que o texto tem em desenvolver seus personagens, inclusive os antagonistas, e nos faz entender a maneira como eles veem o mundo e porque se tornaram desse jeito. Assim, mesmo personagens que poderiam soar unidimensionais, como o implacável mestre da forja Isaac (Adetokumboh M'Cormack), nos fazem perceber a humanidade e vulnerabilidade que existe para além de sua crueldade.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Crítica – Altered Carbon: 2ª Temporada

Análise Crítica – Altered Carbon: 2ª Temporada


Review – Altered Carbon: 2ª Temporada
A primeira temporada de Altered Carbon conseguia nos apresentar a um universo cyberpunk bem singular e junto com esse universo construía um mistério envolvente centrado no passado do protagonista e em sua complicada relação com a irmã. Essa segunda temporada expande ainda mais nosso entendimento sobre o universo da trama. Com oito episódios ao invés dos dez da primeira temporada, a trama é mais concisa e sem a sensação de filler de antes, mas não consegue apresentar um conflito que seja tão interessante ou complexo quanto o de seu ano de estreia.

A trama se passa trinta anos depois da temporada anterior. Takeshi Kovacs (Anthony Mackie) é procurado por um rico matusa do Mundo de Harlan, planeta natal do personagem, pedindo que Kovacs o proteja de uma ameaça iminente, oferecendo a ele uma nova capa com aprimoramentos de combate. Enquanto Kovacs é colocado em sua nova capa, seu contratante é morto e a culpada é aparentemente Quellcrist Falconer (Renée Elise Goldsberry), antiga amante de Takeshi, líder da resistência que pregava o fim dos cartuchos e que supostamente estava morta há séculos.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Crítica – Uma Vida Oculta


Análise Crítica – Uma Vida Oculta


Review – Uma Vida Oculta
Confesso que não estava lá muito empolgado para assistir este Uma Vida Oculta, trabalho mais recente do diretor Terrence Malick. Apesar de filmes dele como Além da Linha Vermelha (1999) e Árvore da Vida (2011) serem alguns dos meus favoritos de todos os tempos, a impressão é que os trabalhos de Malick na última década vinham sendo uma repetição apática e vaga de coisas que ele já tinha feito melhor antes, como o fraco De Canção em Canção (2017). Aqui Malick tem um tema mais claramente definido e assim suas elucubrações filosóficas parecem mais focadas e consistentes.

A narrativa é baseada na história real de Franz Jagerstatter (August Diehl), um fazendeiro austríaco que se recusou a servir no exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial por não acreditar nos motivos nazistas para estarem no conflito. A decisão de Franz logicamente não foi bem recebida por sua vila e também pelas autoridades, trazendo pesadas consequências para Franz e sua família.

terça-feira, 3 de março de 2020

Jogamos a demo de Final Fantasy VII Remake


Jogamos a demo de Final Fantasy VII Remake

Lançado em 1997 para o primeiro Playstation, Final Fantasy VII foi a razão que eu tive para trocar meu Nintendo 64 pelo console da Sony. É um dos meus jogos favoritos de todos os tempos e foi extremamente importante da formação da minha identidade gamer e para sedimentar minha preferência por RPGs. Então obviamente fiquei muito empolgado quando foi anunciado um remake do jogo para a atual geração de consoles, algo que não apenas melhoraria os gráficos, mas atualizasse a jogabilidade e outros elementos.

A notícia de que o jogo seria dividido em episódios me decepcionou um pouco pelo temor de que cada episódio fosse mais curto que um jogo “completo” ainda que vá custar o mesmo valor, embora entendo que a escala épica da narrativa seja grande demais para caber em um game só (o original vinha em três discos, afinal). Assim, parti para jogar o recente demo de Final Fantasy VII Remake esperando me encantar novamente por um jogo que foi extremamente importante para mim.

A demo se passa no primeiro capítulo do jogo, cobrindo o ataque ao reator Mako 1 e é bem fiel ao original em termos de trama e de fidelidade visual. Ver o reator, Cloud e os demais membros da Avalanche recriados com todo poderio dos consoles atuais é altamente prazeroso para qualquer fã do original e o mesmo pode ser dito sobre música, que usa versões plenamente orquestradas dos temas já conhecidos.

A jogabilidade é a principal diferença, sendo mais um RPG de ação do que por batalha por turnos. O jogador controla um personagem do grupo, mas é livre para trocar qual dos membros do grupo está em suas mãos durante os combates. Na verdade, em alguns combates alternar o personagem controlado é essencial para vencer rapidamente, explorando como as habilidades de cada um são mais específicas para cada tipo de inimigo. Barret, por exemplo, pode atacar à distância com a arma acoplada em seu braço, o que o torna essencial para destruir as torres de defesa que encontramos pelas paredes do reator.

O combate é veloz e grandiloquente, lembrando um pouco Kingdom Hearts ou Final Fantasy XV, mas oferece mecânicas que lhe dão personalidade própria. A principal é a barra de ação, que remete às barras de ação do jogo original, que precisávamos esperar encher antes que cada personagem pudesse agir. Aqui, com os combates sendo em tempo real, a barra de ação é preenchida com o tempo e conforme o jogador toma ou recebe dano. A barra serve para usar magias, golpes especiais ou itens, sendo necessário esperar a barra encher novamente depois da ação ser feita. Cada personagem também possui uma habilidade de combate única, com Cloud podendo alternar entre dois modos de combate (um mais tradicional e outro que o deixa mais lento, mais forte e com contra-ataques poderosos), enquanto que Barret pode fazer um disparo contínuo de sua arma para encher rapidamente sua barra de tempo.

Outra mecânica é a barra de atordoamento que acompanha cada inimigo e que vai sendo preenchida a medida que os adversários tomam dando ou são atingidos por suas vulnerabilidades. Quando a barra enche, o inimigo fica atordoado e recebe mais dano. Saber manejar todas essas mecânicas de combate é essencial para derrotar o chefe da demo, o Guard Scorpion. Se no jogo original ele era facilmente derrotado com meia dúzia de usos da magia Thunder, aqui ele é um oponente bem mais perigoso e que muda de padrões conforme a batalha se desenvolve. É realmente necessário transitar entre Cloud e Barret, saber quando atacar, quando esquivar ou quando defender, já que os ataques do chefe, mesmo os normais, podem causar muito dano e derrubar a vida dos personagens rapidamente.

Tudo que vi em termos de combate, fidelidade e apresentação audiovisual me deixaram bastante empolgado para o jogo completo, mas ainda assim alguns elementos me preocupam. O primeiro é ainda a falta de clareza quanto a natureza episódica do jogo. A Square-Enix deixou claro que cada episódio terá uma duração compatível com um jogo inteiro, no entanto também já avisou que esse primeiro episódio só irá até o fim do arco de Midgar (presumivelmente até o ataque à torre da Shinra), algo que compreende cerca de vinte por cento do jogo original. Assim, me pergunto como eles irão conseguir preencher trinta ou quarenta horas de conteúdo a partir de algo que originalmente tinha uma fração disso.

Sim, a desenvolvedora já falou que irá adicionar outras histórias e personagens, porém como não sabemos exatamente como tudo será organizado, temo por uma estrutura repetitiva, cheia de backtracking pelos mesmos espaços e mesmos objetivos, principalmente nas já anunciadas missões secundárias. Outro elemento que me preocupa são as intervenções na narrativa, já que a demo me deu motivos para ficar esperançoso e alguns para me preocupar.

Positivamente a narrativa da mais espaço para desenvolver as personalidades de Jesse, Biggs e Wedge, ajudando que nos conectemos com eles e, provavelmente dando mais impacto ao eventual destino do trio. Personagens do núcleo da Shinra como Heidegger e o presidente também tem um pouco mais de espaço e podemos ver o que eles estavam fazendo enquanto os protagonistas arquitetavam seus atentados.

Por outro lado, uma mudança em relação à destruição do primeiro reator me desagradou por tentar consertar algo que não era um problema. SPOILERS a seguir. No game original, Cloud e a Avalanche de fato conseguiam destruir o reator com a bomba que plantavam, mas aqui a bomba plantada por Barret não é suficiente para detonar o reator, que é destruído pela própria Shinra. Da maneira como é mostrada na demo, a ação não faz sentido. Se o presidente tinha dezenas de robôs e torretas dentro do núcleo do reator, porque não matar os membros da Avalanche de uma vez? Talvez quando jogar o game completo a decisão do presidente faça sentido, mas, apenas pelo contexto da demo, o jogo cria um furo de roteiro onde antes não havia nenhum.

Outro problema é que a escolha em fazer a destruição do reator não ser fruto das ações dos protagonistas tira um pouco da complexidade moral da situação. Se antes eles eram de fato eco-terroristas usando meio questionáveis em uma causa indubitavelmente justa do ponto de vista moral, com a mudança eles se tornam mais claramente bonzinhos e a Shinra mais claramente maligna. É uma saída fácil e relativamente covarde para reduzir tudo a um maniqueísmo raso ao invés de lidar com a complexidade das escolhas morais dos protagonistas. De novo, espero que essas mudanças sejam melhor justificadas e amarradas no contexto geral do produto final, mas aqui elas me deixam um pouco preocupado não só com alterações na história original ou em adições que sejam apenas filler sem muita repercussão.

Ainda assim, a demo me deu motivos suficientes para me deixar empolgado e ansioso para quando Final Fantasy VII Remake for lançado em abril e torço para que o produto final consiga mostrar que minhas preocupações estão equivocadas.

segunda-feira, 2 de março de 2020

Crítica – O Homem Invisível

Análise Crítica – O Homem Invisível



Review Crítica – O Homem Invisível
Depois da tentativa fracassada em transformar seus monstros clássicos em protagonistas de filmes de aventura estilo Marvel para criar um universo compartilhado no inepto A Múmia (2017), a Universal recuou e decidiu mudar a abordagem. Com uma parceria com a produtora Blumhouse, especialista em filmes de terror, o estúdio decidiu por fazer filmes de menor orçamento, sem a obrigação de serem blockbusters gigantescos, e devolvendo-os ao reino do terror. O primeiro filme dessa leva, O Homem Invisível, mostra que foi uma escolha acertada.

A narrativa foca em Cecilia (Elizabeth Moss), uma mulher que foge do relacionamento abusivo que tinha com Adrian (Oliver Jackson-Cohen, do péssimo O Que De Verdade Importa), um magnata da tecnologia óptica. Duas semanas depois de deixar Adrian, Cecilia recebe a notícia de que ele cometeu suicídio e que ela herdaria parte da fortuna de Adrian. A partir desse ponto, Cecilia começa a perceber coisas estranhas acontecendo em sua casa e desconfia que Adrian esteja vivo e encontrou um jeito de continuar a atormentá-la.

Como o filme se chama O Homem Invisível fica evidente desde o início que Cecilia está certa e, assim, não há muita incerteza ou suspense em relação ao que de fato está acontecendo com a protagonista. Ainda assim a trama consegue extrair tensão da situação ao explorar o modo como a sociedade trata mulheres que relatam algum tipo de violência e perseguição, considerando-as como loucas e exageradas. Assim, tememos por Cecilia justamente por sabermos que ela está certa enquanto todos os outros ao redor duvidam dela. Tememos também por reconhecermos a fragilidade mental dela, ainda sofrendo com estresse pós-traumático e como isso pode tornar mais difícil que ela confronte seu agressor.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Rapsódias Revisitadas – O Diabo a Quatro


Crítica - O Diabo a Quatro


Review Crítica - O Diabo a Quatro
Os irmãos Marx (e não, eles não eram parentes do Karl) eram uma das mais famosas trupes de comédia do cinema hollywoodiano nas décadas de 30 e 40, conhecidos pelo humor anárquico e diálogos afiados. Este O Diabo a Quatro, lançado em 1933 é um dos meus preferidos do grupo.

Na trama, a fictícia nação da Freedonia está passando por uma grave crise financeira e o político Rufus T. Firefly (Groucho Marx) é apontado para liderar o país e tirá-la da crise. Para recuperar os cofres, o principal plano de Rufus é casar com a rica viúva Gloria Teasdale (Margaret Dumont). Os planos de Rufus, no entanto, encontram resistência em Trentino (Louis Calhern), embaixador do país vizinho, Sylvania, que quer arruinar a Freedonia para anexar ao seu país. De modo a frustrar os planos de Rufus, Trentino contrata dois atrapalhados espiões, Chicolini (Chico Marx) e Pinky (Harpo Marx), mas os dois podem criar mais problemas para o embaixador do que resolvê-los.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Crítica – Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar


Análise Crítica – Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar


Review – Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
Em Tempos Modernos (1936) Charlie Chaplin refletia como o processo de industrialização reduzia o ser humano a uma mera engrenagem do grande complexo industrial capitalista. É difícil não pensar no filme de Chaplin e na imagem do seu personagem carregado em meio às engrenagens de uma fábrica ao assistir este Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar.

Dirigido por Marcelo Gomes, o documentário acompanha o cotidiano de Toritama, um município no agreste pernambucano que se tornou o maior polo de produção de jeans no Brasil. Além de fábricas, boa parte da população também trabalha de maneira autônoma em suas próprias oficinas, sendo a maioria da cidade envolvida nas atividades. Para dar conta do volume de pedidos, a população trabalha de domingo a domingo no ano todo, só parando na semana de carnaval, quando a cidade fica deserta.

As imagens dos trabalhadores em seus movimentos repetitivos trabalhando com o tecido remetem à robotização do trabalhador pelo sistema industrial. Homem e máquina funcionam em simbiose, como se fossem uma coisa só. A narração chega a apontar a agonia que é filmar aquelas ações, como se observar aquilo seria endossar essa desumanização do trabalhador.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Rapsódias Revisitadas - A Viagem de Chihiro


Crítica - A Viagem de Chihiro


Review - A Viagem de Chihiro
Dirigido por Hayao Miyazaki, A Viagem de Chihiro é daqueles filmes que nos conquista principalmente por causa de seu visual. Em termos de trama a animação é uma história de amadurecimento envolvendo uma garota que subitamente vai parar em um mundo habitado por criaturas bizarras, não muito diferente do tipo de história que já vimos em algo como Alice no País das Maravilhas. No entanto, é a maneira como Miyazaki conta a sua história que faz toda a diferença.

Chihiro é uma menina de dez anos que está se mudando para uma cidade nova. Durante o trajeto, seus pais se perdem na estrada e a família vai parar no que parece ser um parque de diversões abandonado. Os pais de Chihiro encontram uma mesa posta com um enorme banquete e começam a comer sem ponderar a razão de tudo aquilo estar ali e logo são transformados em porcos. Chihiro então descobre que estão num lugar habitado por espíritos, que funciona como um resort para os seres do mundo espiritual. Para evitar o mesmo destino dos pais e tentar achar um jeito de voltar para casa, Chihiro é aconselhada pelo jovem Haku a trabalhar para a bruxa Yubaba em sua casa de banhos.