Sempre que escrevo sobre alguma temporada de Better Call Saul
menciono o quanto a série (assim como Breaking
Bad antes dela) é cuidadosa na construção de seus planos e na condução de
seus atores de modo a usá-los para comunicar muita coisa sobre seus
personagens, seus estados de ânimo e seus arcos dramáticos, sem que
efetivamente precise dizer muita coisa. Isso me veio muito à mente quando
assisti o quarto episódio da atual quinta-temporada da série, intitulado Namastê. Como vou analisar muitas cenas
de um episódio que foi ao ar recentemente, aviso que o texto pode conter
SPOILERS da atual temporada.
sexta-feira, 13 de março de 2020
Reflexões Boêmias – Better Call Saul e a noção de "menos é mais"
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Séries
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 12 de março de 2020
Crítica – Troco em Dobro
Quando vi os primeiros trailers
para este Troco em Dobro, tive uma
impressão familiar com os nomes dos personagens. Minha memória logo me levou à
série dos anos oitenta Spenser For Hire e
então me dei conta de que tanto a série quanto Troco em Dobro eram adaptações dos romances criados por Robert
Parker e estrelados pelo durão investigador Spenser.
Aqui, Spenser (Mark Wahlberg) é
um ex-policial que sai da cadeia cinco anos depois de agredir um oficial
superior ao vê-lo bater na esposa. No dia em que sai da prisão, o capitão
Boylan (Michael Gaston), o superior que Spenser agrediu, é morto em
circunstâncias misteriosas. Spenser é considerado o principal suspeito, mas ao
lado do colega Falcão (Winston Duke, o M’Baku de Pantera Negra), irá tentar desvendar o crime.
Chama a atenção a inconsistência
tonal do filme. Por um lado ele parece querer se levar a sério como uma
narrativa hard boiled de um sujeito
desencantado com o sistema e resolve agir por conta própria para fazer justiça.
Por outro há uma clara intenção de tentar fazer graça com todas essas
convenções, funcionando mais como uma comédia de ação. Essas duas abordagens
mais brigam entre si do que se mesclam em um todo coeso e em muitos momentos
temos a impressão de que o filme não sabe exatamente o que quer ser.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 11 de março de 2020
Crítica – Bloodshot
Um soldado é usado como cobaia em
um experimento que injetará algo em seu corpo que o tornará indestrutível e
depois tem as memórias manipuladas para ser usado como uma arma viva pelas
pessoas que o criaram. Essa é a origem do herói Wolveri...hã? Esse não é um
filme do Wolverine? Tem certeza? A premissa é a mesma. Então tá, é um filme
sobre um sujeito desmemoriado que reganha sua consciência e se recusa a ser
usado, se voltando contra aqueles que o usaram. Essa é a jornada de Jason Bour...hein?
Também não é um filme do Bourne? Bem, não, isso é a trama básica de Bloodshot, baseado no quadrinho de mesmo
nome, que nunca consegue ir além de ser uma colcha de retalhos de histórias que
já vimos antes.
Ray (Vin Diesel) é um soldado
aparentemente morto em ação. Ele acorda em um laboratório e descobre que foi
usado como cobaia em um experimento que implantou nanomáquinas em seu corpo que
praticamente o tornam imortal. Ele não se lembra do passado, mas começa a ter flashbacks do assassinato da esposa e
parte em uma jornada de vingança. No percurso, começa a suspeitar que o Dr.
Harting (Guy Pearce), o cientista responsável por seus aprimoramentos, talvez o
esteja manipulando.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 10 de março de 2020
Crítica – A Maldição do Espelho
Eu realmente não entendo o que
acontece com alguns filmes russos que chegam ao Brasil, como A Sereia (2019) ou Os Guardiões (2017). Este A Maldição do Espelho é mais um que tem
um lançamento bizarro, chegando aqui dublado em inglês e com legendas em
português. Aqui, mais que qualquer outro caso desses, a dublagem é um problema
por conta da péssima qualidade, já que os dubladores parecem apenas estar lendo
as falas de seus personagens sem muita expressividade. Não que uma boa dublagem
ou o acesso ao áudio original pudessem salvar o desastre que é o filme.
A trama é focada nos irmãos Olya
(Angelina Strechina) e Artyom (Daniil Izotov). Depois que a mãe deles morre em
um acidente de carro, os dois são mandados para um colégio interno sediado em
uma antiga mansão. Bisbilhotando pelos cantos antigos da propriedade, Olya,
Artyom e outros estudantes encontram um antigo espelho com marcas satânicas que
serviria para invocar a lendária Rainha de Espadas, que concederia desejos a
quem invocasse em troca da vida das pessoas que a invocaram. O que os
adolescentes fazem? Invocam a criatura, claro, e obviamente começam a morrer.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 9 de março de 2020
Crítica – Castlevania: 3ª Temporada
Depois do final da segunda temporada, imaginei que Castlevania
pudesse não retornar para um terceiro ano. Afinal, Drácula foi eliminado e a
história desses personagens, em tese, tinha chegado ao fim. Fiquei temeroso que
essa terceira não tivesse muito a dizer, mas felizmente ela mantem o padrão de
qualidade das outras duas.
Depois da morte de Drácula,
Trevor (Richard Armitage) e Sypha (Alejandra Reynoso) vivem juntos caçando os
monstros que sobreviveram à batalha contra Drácula. Alucard (James Callis) vive
sozinho no castelo de seu pai, guardando o local para que ninguém possa usá-lo.
Alucard é eventualmente encontrado por uma dupla de jovens caçadores de
vampiros e os toma como aprendizes. A vampira Carmilla (Jaime Murray), que
escapou do castelo de Drácula, consegue retornar ao seu reino e junto com suas
principais tenentes vampiras trama uma maneira de dominar a região antes
controlada por Drácula.
A temporada segue o mesmo ritmo
deliberado das outras e se você não se agrada com a natureza slow burn da trama, esse terceiro ano
não irá te converter em um amante da série. Ainda assim, esse ritmo se
justifica pelo cuidado que o texto tem em desenvolver seus personagens,
inclusive os antagonistas, e nos faz entender a maneira como eles veem o mundo
e porque se tornaram desse jeito. Assim, mesmo personagens que poderiam soar
unidimensionais, como o implacável mestre da forja Isaac (Adetokumboh M'Cormack),
nos fazem perceber a humanidade e vulnerabilidade que existe para além de sua
crueldade.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 5 de março de 2020
Crítica – Altered Carbon: 2ª Temporada
A primeira temporada de Altered Carbon conseguia nos apresentar
a um universo cyberpunk bem singular
e junto com esse universo construía um mistério envolvente centrado no passado
do protagonista e em sua complicada relação com a irmã. Essa segunda temporada
expande ainda mais nosso entendimento sobre o universo da trama. Com
oito episódios ao invés dos dez da primeira temporada, a trama é mais concisa e
sem a sensação de filler de antes,
mas não consegue apresentar um conflito que seja tão interessante ou complexo
quanto o de seu ano de estreia.
A trama se passa trinta anos
depois da temporada anterior. Takeshi Kovacs (Anthony Mackie) é procurado por
um rico matusa do Mundo de Harlan, planeta natal do personagem, pedindo que
Kovacs o proteja de uma ameaça iminente, oferecendo a ele uma nova capa com
aprimoramentos de combate. Enquanto Kovacs é colocado em sua nova capa, seu
contratante é morto e a culpada é aparentemente Quellcrist Falconer (Renée
Elise Goldsberry), antiga amante de Takeshi, líder da resistência que pregava o
fim dos cartuchos e que supostamente estava morta há séculos.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 4 de março de 2020
Crítica – Uma Vida Oculta
Confesso que não estava lá muito
empolgado para assistir este Uma Vida
Oculta, trabalho mais recente do diretor Terrence Malick. Apesar de filmes
dele como Além da Linha Vermelha (1999)
e Árvore da Vida (2011) serem alguns
dos meus favoritos de todos os tempos, a impressão é que os trabalhos de Malick
na última década vinham sendo uma repetição apática e vaga de coisas que ele já
tinha feito melhor antes, como o fraco De Canção em Canção (2017). Aqui Malick tem um tema mais claramente definido e
assim suas elucubrações filosóficas parecem mais focadas e consistentes.
A narrativa é baseada na história
real de Franz Jagerstatter (August Diehl), um fazendeiro austríaco que se
recusou a servir no exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial por não
acreditar nos motivos nazistas para estarem no conflito. A decisão de Franz
logicamente não foi bem recebida por sua vila e também pelas autoridades,
trazendo pesadas consequências para Franz e sua família.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 3 de março de 2020
Jogamos a demo de Final Fantasy VII Remake
Lançado em 1997 para o primeiro
Playstation, Final Fantasy VII foi a
razão que eu tive para trocar meu Nintendo 64 pelo console da Sony. É um dos
meus jogos favoritos de todos os tempos e foi extremamente importante da
formação da minha identidade gamer e
para sedimentar minha preferência por RPGs. Então obviamente fiquei muito
empolgado quando foi anunciado um remake do jogo para a atual geração de
consoles, algo que não apenas melhoraria os gráficos, mas atualizasse a
jogabilidade e outros elementos.
A notícia de que o jogo seria
dividido em episódios me decepcionou um pouco pelo temor de que cada episódio
fosse mais curto que um jogo “completo” ainda que vá custar o mesmo valor,
embora entendo que a escala épica da narrativa seja grande demais para caber em
um game só (o original vinha em três discos, afinal). Assim, parti para jogar o
recente demo de Final Fantasy VII Remake
esperando me encantar novamente por um jogo que foi extremamente importante
para mim.
A demo se passa no primeiro
capítulo do jogo, cobrindo o ataque ao reator Mako 1 e é bem fiel ao original
em termos de trama e de fidelidade visual. Ver o reator, Cloud e os demais
membros da Avalanche recriados com todo poderio dos consoles atuais é altamente
prazeroso para qualquer fã do original e o mesmo pode ser dito sobre música,
que usa versões plenamente orquestradas dos temas já conhecidos.
A jogabilidade é a principal
diferença, sendo mais um RPG de ação do que por batalha por turnos. O jogador
controla um personagem do grupo, mas é livre para trocar qual dos membros do
grupo está em suas mãos durante os combates. Na verdade, em alguns combates
alternar o personagem controlado é essencial para vencer rapidamente,
explorando como as habilidades de cada um são mais específicas para cada tipo
de inimigo. Barret, por exemplo, pode atacar à distância com a arma acoplada em
seu braço, o que o torna essencial para destruir as torres de defesa que
encontramos pelas paredes do reator.
O combate é veloz e
grandiloquente, lembrando um pouco Kingdom Hearts ou Final Fantasy XV, mas
oferece mecânicas que lhe dão personalidade própria. A principal é a barra de
ação, que remete às barras de ação do jogo original, que precisávamos esperar
encher antes que cada personagem pudesse agir. Aqui, com os combates sendo em
tempo real, a barra de ação é preenchida com o tempo e conforme o jogador toma
ou recebe dano. A barra serve para usar magias, golpes especiais ou itens,
sendo necessário esperar a barra encher novamente depois da ação ser feita.
Cada personagem também possui uma habilidade de combate única, com Cloud
podendo alternar entre dois modos de combate (um mais tradicional e outro que o
deixa mais lento, mais forte e com contra-ataques poderosos), enquanto que
Barret pode fazer um disparo contínuo de sua arma para encher rapidamente sua
barra de tempo.
Outra mecânica é a barra de
atordoamento que acompanha cada inimigo e que vai sendo preenchida a medida que
os adversários tomam dando ou são atingidos por suas vulnerabilidades. Quando a
barra enche, o inimigo fica atordoado e recebe mais dano. Saber manejar todas
essas mecânicas de combate é essencial para derrotar o chefe da demo, o Guard
Scorpion. Se no jogo original ele era facilmente derrotado com meia dúzia de
usos da magia Thunder, aqui ele é um oponente bem mais perigoso e que muda de
padrões conforme a batalha se desenvolve. É realmente necessário transitar
entre Cloud e Barret, saber quando atacar, quando esquivar ou quando defender,
já que os ataques do chefe, mesmo os normais, podem causar muito dano e
derrubar a vida dos personagens rapidamente.
Tudo que vi em termos de combate,
fidelidade e apresentação audiovisual me deixaram bastante empolgado para o
jogo completo, mas ainda assim alguns elementos me preocupam. O primeiro é
ainda a falta de clareza quanto a natureza episódica do jogo. A Square-Enix
deixou claro que cada episódio terá uma duração compatível com um jogo inteiro,
no entanto também já avisou que esse primeiro episódio só irá até o fim do arco
de Midgar (presumivelmente até o ataque à torre da Shinra), algo que compreende
cerca de vinte por cento do jogo original. Assim, me pergunto como eles irão
conseguir preencher trinta ou quarenta horas de conteúdo a partir de algo que
originalmente tinha uma fração disso.
Sim, a desenvolvedora já falou
que irá adicionar outras histórias e personagens, porém como não sabemos
exatamente como tudo será organizado, temo por uma estrutura repetitiva, cheia
de backtracking pelos mesmos espaços
e mesmos objetivos, principalmente nas já anunciadas missões secundárias. Outro
elemento que me preocupa são as intervenções na narrativa, já que a demo me deu
motivos para ficar esperançoso e alguns para me preocupar.
Positivamente a narrativa da mais
espaço para desenvolver as personalidades de Jesse, Biggs e Wedge, ajudando que
nos conectemos com eles e, provavelmente dando mais impacto ao eventual destino
do trio. Personagens do núcleo da Shinra como Heidegger e o presidente também
tem um pouco mais de espaço e podemos ver o que eles estavam fazendo enquanto
os protagonistas arquitetavam seus atentados.
Por outro lado, uma mudança em
relação à destruição do primeiro reator me desagradou por tentar consertar algo
que não era um problema. SPOILERS a seguir. No game original, Cloud e a
Avalanche de fato conseguiam destruir o reator com a bomba que plantavam, mas
aqui a bomba plantada por Barret não é suficiente para detonar o reator, que é
destruído pela própria Shinra. Da maneira como é mostrada na demo, a ação não
faz sentido. Se o presidente tinha dezenas de robôs e torretas dentro do núcleo
do reator, porque não matar os membros da Avalanche de uma vez? Talvez quando
jogar o game completo a decisão do presidente faça sentido, mas, apenas pelo
contexto da demo, o jogo cria um furo de roteiro onde antes não havia nenhum.
Outro problema é que a escolha em
fazer a destruição do reator não ser fruto das ações dos protagonistas tira um
pouco da complexidade moral da situação. Se antes eles eram de fato
eco-terroristas usando meio questionáveis em uma causa indubitavelmente justa
do ponto de vista moral, com a mudança eles se tornam mais claramente bonzinhos
e a Shinra mais claramente maligna. É uma saída fácil e relativamente covarde
para reduzir tudo a um maniqueísmo raso ao invés de lidar com a complexidade
das escolhas morais dos protagonistas. De novo, espero que essas mudanças sejam
melhor justificadas e amarradas no contexto geral do produto final, mas aqui
elas me deixam um pouco preocupado não só com alterações na história original ou em adições que sejam apenas filler sem muita repercussão.
Ainda assim, a demo me deu
motivos suficientes para me deixar empolgado e ansioso para quando Final Fantasy VII Remake for lançado em
abril e torço para que o produto final consiga mostrar que minhas preocupações
estão equivocadas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 2 de março de 2020
Crítica – O Homem Invisível
Depois da tentativa fracassada em
transformar seus monstros clássicos em protagonistas de filmes de aventura
estilo Marvel para criar um universo compartilhado no inepto A Múmia (2017), a Universal recuou e
decidiu mudar a abordagem. Com uma parceria com a produtora Blumhouse,
especialista em filmes de terror, o estúdio decidiu por fazer filmes de menor
orçamento, sem a obrigação de serem blockbusters
gigantescos, e devolvendo-os ao reino do terror. O primeiro filme dessa
leva, O Homem Invisível, mostra que
foi uma escolha acertada.
A narrativa foca em Cecilia
(Elizabeth Moss), uma mulher que foge do relacionamento abusivo que tinha com
Adrian (Oliver Jackson-Cohen, do péssimo O Que De Verdade Importa), um magnata da tecnologia óptica. Duas semanas
depois de deixar Adrian, Cecilia recebe a notícia de que ele cometeu suicídio e
que ela herdaria parte da fortuna de Adrian. A partir desse ponto, Cecilia
começa a perceber coisas estranhas acontecendo em sua casa e desconfia que
Adrian esteja vivo e encontrou um jeito de continuar a atormentá-la.
Como o filme se chama O Homem Invisível fica evidente desde o
início que Cecilia está certa e, assim, não há muita incerteza ou suspense em
relação ao que de fato está acontecendo com a protagonista. Ainda assim a trama
consegue extrair tensão da situação ao explorar o modo como a sociedade trata
mulheres que relatam algum tipo de violência e perseguição, considerando-as
como loucas e exageradas. Assim, tememos por Cecilia justamente por sabermos
que ela está certa enquanto todos os outros ao redor duvidam dela. Tememos
também por reconhecermos a fragilidade mental dela, ainda sofrendo com estresse
pós-traumático e como isso pode tornar mais difícil que ela confronte seu
agressor.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Rapsódias Revisitadas – O Diabo a Quatro
Os irmãos Marx (e não, eles não
eram parentes do Karl) eram uma das mais famosas trupes de comédia do cinema
hollywoodiano nas décadas de 30 e 40, conhecidos pelo humor anárquico e
diálogos afiados. Este O Diabo a Quatro,
lançado em 1933 é um dos meus preferidos do grupo.
Na trama, a fictícia nação da
Freedonia está passando por uma grave crise financeira e o político Rufus T.
Firefly (Groucho Marx) é apontado para liderar o país e tirá-la da crise. Para
recuperar os cofres, o principal plano de Rufus é casar com a rica viúva Gloria
Teasdale (Margaret Dumont). Os planos de Rufus, no entanto, encontram
resistência em Trentino (Louis Calhern), embaixador do país vizinho, Sylvania,
que quer arruinar a Freedonia para anexar ao seu país. De modo a frustrar os
planos de Rufus, Trentino contrata dois atrapalhados espiões, Chicolini (Chico
Marx) e Pinky (Harpo Marx), mas os dois podem criar mais problemas para o
embaixador do que resolvê-los.
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Rapsódias Revisitadas
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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