A realidade muitas vezes pode ser
mais bizarra e absurda do que qualquer roteiro de ficção. A minissérie
documental A Máfia dos Tigres é um
claro exemplo disso. O documentário acompanha um grupo de donos de “zoológicos”
que exibem primordialmente grandes felinos como tigres, leões e leopardos.
Coloco o termo entre aspas porque apesar dos personagens chamarem seus negócios
de zoológicos, eles são mais circos, nos quais os animais são explorados (e
maltratados em muitos casos) para o entretenimento alheio e não para serem
preservados ou estudados.
Entre os personagens principais
está Joe Exotic, um sujeito, como o próprio nome diz, exótico. Um caipira que
ostenta um mullet descolorido é
amante de tigres e de armas de fogo, assumidamente gay e polígamo, Joe já
tentou ser candidato a presidente dos EUA e também governador do estado de
Oklahoma. Joe tem uma violenta rixa com Carole Baskin, uma hippie velha que também é dona de um viveiro de grandes felinos,
diz ser defensora dos direitos desses animais, inclusive propondo leis que deem
ao governo mais supervisão e controle sobre quem pode lidar com esses animais,
mas, paradoxalmente, seu viveiro também é aberto a visitação e ela também
permite que o público interaja com os animais, não sendo muito diferente de
outros circos do gênero, exceto, talvez, por seu tratamento dos animais não ser
tão negligente.