Aproveitando que ontem, 7 de
abril, foi o dia do jornalismo, aproveitei para listar cinco bons filmes sobre
o tema e um muito ruim. Foi uma lista difícil porque tem muitos bons exemplares
e escolher apenas cinco significou abrir mão de alguns que eu gosto muito, mas,
bem, parte da diversão de fazer listas também reside em experimentar o
desapego. Vejam a lista completa e contem quais são os seus filmes favoritos
sobre o tema.
quarta-feira, 8 de abril de 2020
5 Contra 1: Filmes sobre Jornalismo
Labels:
5 Contra 1,
Drama

terça-feira, 7 de abril de 2020
Crítica – Coffee & Kareem
Fui assistir a este Coffee & Kareem, produção original
da Netflix, sem esperar muita coisa, já que parecia mais uma comédia de ação
sobre uma dupla de personalidades opostas e, bem, é isso mesmo, embora consiga
apresentar alguns momentos de diversão.
Na trama, o policial Coffee (Ed
Helms) tenta se aproximar de Kareem (Terrence Little Gardenhigh), filho de sua
nova namorada Vanessa (Taraji P. Henson). Kareem logicamente não gosta do novo
padrasto, mas quando o garoto testemunha uma execução do tráfico, terá que
recorrer a Coffee para sobreviver e proteger a mãe.
É a típica dupla de
personalidades antagônicas, com Coffee sendo um policial manso que deixa
qualquer um pisar nele e Kareem sendo um adolescente desbocado que não leva desaforo.
Ao longo do filme eles aprenderão um com o outro e resolverão as diferenças
entre eles. Tudo bem previsível, assim como a revelação de quem estava por trás
de tudo também é muito previsível.

segunda-feira, 6 de abril de 2020
Crítica – A Máfia dos Tigres

Entre os personagens principais
está Joe Exotic, um sujeito, como o próprio nome diz, exótico. Um caipira que
ostenta um mullet descolorido é
amante de tigres e de armas de fogo, assumidamente gay e polígamo, Joe já
tentou ser candidato a presidente dos EUA e também governador do estado de
Oklahoma. Joe tem uma violenta rixa com Carole Baskin, uma hippie velha que também é dona de um viveiro de grandes felinos,
diz ser defensora dos direitos desses animais, inclusive propondo leis que deem
ao governo mais supervisão e controle sobre quem pode lidar com esses animais,
mas, paradoxalmente, seu viveiro também é aberto a visitação e ela também
permite que o público interaja com os animais, não sendo muito diferente de
outros circos do gênero, exceto, talvez, por seu tratamento dos animais não ser
tão negligente.
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Crítica,
Documentário,
Séries

sexta-feira, 3 de abril de 2020
Drops – O Rei Leão (2019)
Nossa seção de textos curtos
falará brevemente hoje sobre a nova versão de O Rei Leão. De todos os remakes
dessa onda recente da Disney, era o que menos despertou meu interesse. Se
outros remakes tinham a justificativa
de revisar certas ideias do original que não se sustentam tão bem hoje ou a da
mudança de animação para live-action,
O Rei Leão não possui nenhuma dessas
justificativas. A narrativa se sustenta tranquilamente bem ainda hoje e o filme
segue sendo uma animação, ainda que com um visual fotorrealista.
Esse realismo, aliás, é um dos
problemas do filme. Preso a uma representação realista dos corpos dos animais,
as expressões físicas dos personagens ficam extremamente limitadas e em muitos momentos
soam deslocadas do trabalho de dublagem, já que a emoção das vozes não é
percebida nos rostos e corpos deles. Isso fica ainda mais evidente nos números
musicais, que perdem suas cores, sua energia e sua dimensão lúdica em prol
de...bem, de nada, já que a estética ultrarrealista em nada agrega às canções e
não compensa os elementos que são perdidos. O resultado mostra como o realismo
é muitas vezes superestimado no audiovisual.

quinta-feira, 2 de abril de 2020
Crítica – Notas de Rebeldia

Na trama, Elijah (Mamoudou Athie)
é um jovem que trabalha no restaurante popular do pai, Louis (Courtney B.
Vance), mas que sonha em se tornar um mestre sommelier, um especialista em
vinhos. Seu sonho o coloca em rota de colisão com o pai, que imaginava que
Elijah herdaria seus negócios, que estão na família há gerações. Os custos do
curso também deixam Elijah em dúvida se conseguirá ou não alcançar seu sonho.
É um conflito bem típico de
legado familiar versus traçar seu próprio caminho, assim como também traz o
elemento do popular versus erudito, ambas premissas bastante comuns dentro da
lógica do drama familiar hollywoodiano. Tudo é relativamente previsível, dos
encaminhamentos da jornada do protagonista, passando pelos conflitos e soluções
destes, é bem similar a produtos com as mesmas características. Tematicamente
também se encaixa em elementos que já vimos inúmeras vezes, falando sobre a
necessidade de acreditar em si mesmo ou seguir seus próprios sonhos, sem nada
muito diferente.

terça-feira, 31 de março de 2020
Rapsódias Revisitadas – Memórias do Subdesenvolvimento

A película é centrada em Sérgio
(Sérgio Corrieri), um intelectual da classe alta cubana que assiste a vitória
de Fidel Castro e da Revolução Cubana em 1959. De maneira não linear, o filme
mostra a vida de Sérgio desde a revolução até a crise dos mísseis em 1962.
Enquanto a esposa do protagonista e outros de seus parentes optam por deixar a
Cuba pós-revolução para ir para os Miami, Sérgio opta por ficar na ilha, já que
nutre certa identificação com as plataformas da revolução.
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Documentário,
Drama,
Rapsódias Revisitadas

segunda-feira, 30 de março de 2020
Crítica – Ozark: 3ª Temporada

A trama continua no ponto onde o
ano anterior parou. Os Byrde consolidam a posição deles no lago Ozark
inaugurando um cassino que serve de fachada para lavar dinheiro de carteis
mexicanos. Marty (Jason Bateman) começa a pensar em estratégias para fugir de
tudo isso, enquanto Wendy (Laura Linney) pensa em aproveitar para se
consolidarem em uma posição de poder na comunidade local e expandir a presença
deles em negócios lícitos. O casal está em desacordo quanto à melhor estratégia
e isso começa a causar conflitos ao mesmo tempo em que outras ameaças surgem ao
redor deles.
A série sempre teve sua parcela
de personagens mal construídos que serviam apenas para ser um obstáculo, a
exemplo do agente Petty (Jason Butler Harner), que ficava tão dentro do clichê
do policial obsessivo que virava uma caricatura. No entanto essa terceira
temporada abusa desse recurso, com a maioria dos novos personagens se
comportando de maneira estúpida e caricata ou produzindo reações estúpidas nos
personagens. Um exemplo é Erin (Madison Thompson), filha de Helen (Janet McTeer),
a advogada do cartel. Erin é uma jovem que quer perder a virgindade a qualquer
custo e se envolve com pequenos criminosos de Ozark. A personagem parece saída
de uma daquelas comédias adolescentes e destoa do resto da trama.

quarta-feira, 25 de março de 2020
Rapsódias Revisitadas – Mega Man X7
Eu sinto que estou traindo o
propósito dessa coluna. Não estou aqui falando de algo que estou retornando, mas
que experimentei pela primeira vez. Não joguei Mega Man X7 quando ele foi originalmente lançado para Playstation 2
e só agora com Mega Man X Legacy Collection 2 eu pus as mãos nele. Então estou retomando uma discussão sobre
um produto que foi lançado anos atrás, o que, de certa forma, significa que eu
o estou revisitando. Na minha crítica de Mega Man X Legacy Collection 2 me referi a este Mega Man X7 como o pior da franquia e
aqui vou tentar ampliar minha explanação do porque penso isso.
Em um game de aventura e
plataforma duas coisas que precisam funcionar muito bem são os controles e a
câmera e nenhum desses elementos funciona direito aqui. Outros Mega Man X antes
e depois tinham controles muito precisos, mas X7 soa desajeitado e escorregadio. O movimento é muito mais lento
que outros exemplares da franquia e andar, dar dash ou pular nunca parecem ter uma física precisa de como
funcionam, seja nos segmentos 2D ou nos segmentos 3D. A situação, no entanto, é
muito pior nos segmentos 3D por conta da câmera.
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Games,
Rapsódias Revisitadas

terça-feira, 24 de março de 2020
Conheçam os vencedores do Framboesa de Ouro 2020

O Framboesa de Ouro, premiação que celebra os piores filmes do ano, tinha planejado fazer sua primeira cerimônia ao vivo em 2020, mas a pandemia do coronavírus levou ao cancelamento desses planos e os vencedores foram anunciados via internet. Como era de se imaginar, o musical Cats foi o grande vencedor levando seis Framboesas, incluindo o de pior filme e pior diretor, colocando Tom Hooper no seleto grupo de pessoas que ganharam um Oscar e um Framboesa, como Halle Berry e Sandra Bullock. Além de Cats, há de se destacar a vitória de John Travolta como pior ator e Eddie Murphy vencendo o prêmio de redenção por Meu Nome é Dolemite. Confiram abaixo a lista completa de indicados com os vencedores destacados em negrito.
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Notícias

segunda-feira, 23 de março de 2020
Crítica – O Preço do Talento
Escrito pelo ator Shia Labeouf a
partir de suas próprias experiências com o pai, este O Preço do Talento é uma história quase que autobiográfica sobre um
astro mirim preso em uma complicada (e por vezes abusiva) relação com o pai.
Dirigido pela israelense Alma Har’el, em seu primeiro longa de ficção, o filme
surpreende pelo cuidado e complexidade com o qual trata esse relacionamento
entre pai e filho.
Na trama, Otis (Lucas Hedges) é
um ator problemático, com vícios em drogas e bebidas, que é levado para
reabilitação depois de um acidente de carro. Como parte de sua terapia, Otis
começa a escrever sobre os motivos que levaram a seus vícios e então fala de
sua juventude ao lado do pai, James (Shia Labeouf). O arco imita, de certa
forma, a própria vida de Labeouf, que escreveu O Preço do Talento quando estava na reabilitação.
Como um astro-mirim, Otis (Noah
Jupe) conta com a constante presença do pai nos sets de filmagem e passa a
maior parte do tempo com ele. Jupe é ótimo em construir a vulnerabilidade de
Otis, que percebe que as ações de James não são compatíveis com o que se espera
de um bom pai, mas ainda assim não é capaz de dizer como se sente ou mesmo de
confrontar os erros e irresponsabilidades do pai.

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