Quando escrevi a crítica de Final Fantasy VII Remake, elogiei o fato
de ser uma reimaginação excelente tanto em termos visuais quanto em termos de
jogabilidade e trama. Apontei, porém, a bagunça que eram os últimos momentos da
trama e como essas escolhas criavam vários problemas ao tentar explicar coisas
que não precisavam de explicação. Eu vou tentar analisar os desdobramentos
desse final, então o texto a seguir contem SPOILERS do final do jogo.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
O divisivo final de Final Fantasy VII Remake
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Games,
Reflexões Boêmias

quarta-feira, 22 de abril de 2020
Crítica – Better Call Saul: 5ª Temporada
O final da quarta temporada de Better Call Saul mostrava Jimmy (Bob
Odenkirk) assumindo o nome de Saul Goodman e uma reação perplexa de Kim (Rhea
Seehorn) indicava que a relação dos dois seria testada nesta temporada. É
exatamente isso que acontece ao longo do quinto e penúltimo ano de Better Call Saul conforme Jimmy se
sedimenta como um advogado de criminosos passando a trabalhar para os cartéis
de drogas, a começar por Lalo Salamanca (Tony Dalton).
Se na temporada anterior haviam
alguns problemas de ritmo pelo fato das tramas de Jimmy não terem nenhuma
relação com as tramas de Mike (Jonathan Banks), aqui as coisas fluem muito
melhor já que o fato de Saul estar trabalhando para Lalo acaba por envolvê-lo
nos planos de Gus (Giancarlo Esposito) para derrubar os Salamanca. Ao mesmo
tempo, o trabalho de Kim para um grande banco a coloca diante de alguns dilemas
morais que a fazem reavaliar suas prioridades como advogada.
Como eu já falei em um texto sobre o quarto episódio desta temporada, um dos melhores atributos da série é como ela consegue
dizer muito sobre seus personagens sem precisar falar explicitamente. Através
da composição de planos, de simbologias ou do trabalho sutil de expressão
facial dos atores podemos perceber muito sobre o que está acontecendo ou o que
aquelas situações significam para aqueles personagens.

terça-feira, 21 de abril de 2020
Crítica – Sergio
Na primeira cena deste Sergio, vemos o protagonista gravando um
vídeo institucional da ONU explicando o valor e a importância da diplomacia e
da organização. Essa imagem é retomada na cena final junto com uma cartela de
texto que explica que a morte do diplomata no Iraque acabou com as negociações
de paz e afundou a região no caos, dando origem ao Estado Islâmico. Com esses
elementos era de se imaginar que o filme se concentraria na vida profissional
do brasileiro Sergio Vieira de Mello e sua importância no campo diplomático, no
entanto, essa acaba sendo uma parcela muito pequena da trama, a despeito de
suas intenções em falar da ONU e da importância do diálogo.
A narrativa começa com a chegada
de Sergio (Wagner Moura) ao Iraque para intermediar a saída das forças
militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos na invasão ao país e o
governo temporário do Iraque. A intenção de Sergio é devolver a soberania
nacional aos iraquianos, mas os estadunidenses tem outros planos. Apesar desse
ser o ponto de partida, o que poderia funcionar como um tenso drama político, a
trama salta entre vários tempos e lugares para mostrar o trabalho diplomático
dele em lugares como Camboja e Timor Leste, sua relação amorosa com a argentina
Carolina (Ana de Armas) e seu sofrimento sob os escombros do prédio da ONU no
Iraque após o atentado a bomba que eventualmente o mataria.

segunda-feira, 20 de abril de 2020
Crítica – Freud
Narrativas policiais são calcadas
no uso da razão e raciocínio lógico para desvendar crimes. Esse gênero
narrativo já recorreu a personagens com metodologias baseadas em diferentes
campos do conhecimento, inclusive aqueles que tentam compreender o funcionamento
da mente humana. Nesse sentido, o gênero já recorreu mais de uma vez à figura
de Sigmund Fred, o pai da psicanálise, como esse investigador arguto capaz de
resolver crimes tão complicados que parecem até sobrenaturais. No cinema ele já
chegou a se aliar a Sherlock Holmes em Visões
de Sherlock Holmes (1976) e agora é levado para a televisão na minissérie
alemã Freud.
A trama se baseia em um período
da vida do médico sobre o qual há pouco registro, então a narrativa tenta
imaginar o que teria acontecido com Freud (Robert Finster) nessa lacuna. Nesse
sentido, acompanhamos Freud enquanto ele tenta defender suas ideias sobre o
inconsciente enquanto se envolve com um mistério envolvendo a misteriosa Fleur
Salomé (Ella Rumpf), que sob o transe hipnótico aparentemente consegue prever
crimes. Onde muitos pensam existir uma conexão sobrenatural, Freud suspeita de
haver um problema relacionado ao inconsciente da jovem mulher.

sexta-feira, 17 de abril de 2020
Crítica – Final Fantasy VII Remake
Faz mais de uma década que espero
por este Final Fantasy VII Remake. A
expectativa por uma reimaginação do jogo com toda a força dos consoles atuais
começou no lançamento do Playstation 3, em 2005, quando a Sony recriou a
abertura de Final Fantasy VII usando
motores gráficos do console para mostrar todo o poder do aparelho. O público
tomou aquele tech demo como um
indicativo de que o remake estava a
caminho, mas nunca veio. Só dez anos depois, em 2015, o jogo foi finalmente
anunciado.
Após cinco anos de espera
finalmente temos ele em mãos. Em geral um jogo com tanto hype, tanta espera, pode não ser capaz de dar conta das altas
expectativas ou de estar à altura de um game que de tornou praticamente sagrado
na memória afetiva dos jogadores. Final
Fantasy VII Remake, no entanto, entrega tudo aquilo que esperamos por 15
anos. Quando escrevi sobre a demo do jogo, mencionei que carregava uma grande
promessa e o produto final entrega isso. Uma reimaginação grandiosa, com música
e visuais impressionantes, personagens carismáticos e um sistema de combate
veloz, que reproduz nas batalhas o senso de poder e grande escala da trama.

quinta-feira, 16 de abril de 2020
Drops – O Rei Tigre e Eu
A série documental A Máfia dos Tigres virou febre nas
últimas semanas graças à insana história real que conta. Quando escrevi sobre
ela, mencionei que o último episódio andava rápido demais, que muitas tramas
ficavam relegadas a serem explicadas via cartelas de texto e que talvez fosse
melhor ter um episódio adicional. Pois a Netflix de fato fez um episódio
adicional para a série neste O Rei Tigre
e Eu, mas é menos uma extensão da série e mais um complemento com
entrevistas em que alguns dos participantes falam de suas vidas pós-série.
Apresentado por Joel McHale (de Community) funciona como uma espécie de talk-show remoto, já que, por conta da
pandemia, cada participante fala de sua respectiva casa. Os participantes são,
na maioria, coadjuvantes da série, ex-funcionários de Joe Exotic. Considerando
que muitos dos protagonistas tem seus crimes, suspeitas de crimes e
contradições reveladas, era de se imaginar que figuras como Carole Baskin ou
“Doc” Antle não participariam, sendo Jeff Lowe o único dos personagens
principais presentes.
O problema, no entanto, é que o
episódio falha em nos dar um entendimento maior sobre aquelas pessoas ou os
eventos mostrados na série. A fala dos ex-funcionários só diz coisas que o
documentário já mostrou sobre Exotic, que ele é um ególatra instável que trata
mal todos a sua volta. A única revelação significativa vem da entrevista com o
gestor de campanha de Joe, que conta que o suicídio de Travis, um dos maridos
de Joe, teria sido acidental, com Travis aparentemente sem saber que a arma
estava carregada.
O episódio tem alguns momentos de
humor graças as reações e perguntas inesperadas de McHale a esse elenco de
figuras pitorescas. Em programas como The
Soup e The Joel McHale, o ator
fez uma carreira em cima de comentar as cenas mais insólitas de programas de
televisão e reality shows, então ele
tem bastante jogo de cintura para lidar e extrair humor das interações com
esses sujeitos insólitos.
Ainda assim, esse o Rei Tigre e Eu não consegue afastar a
sensação de um produto apressado, feito a toque de caixa para capitalizar em
cima da febre que a série virou, mas sem efetivamente oferecer muito conteúdo
ao espectador.
Nota: 5/10
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Documentário,
Drops

quarta-feira, 15 de abril de 2020
Drops – Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
Situado em um mundo de fantasia
no qual a magia foi substituída por tecnologia, a produção da Pixar Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
conta a história de dois irmãos elfos que, no aniversário de 16 anos do caçula,
Ian, recebem um presente deixado anos atrás pelo falecido pai. Um cetro mágico
com uma joia capaz de trazer de volta, durante um dia, uma pessoa morta. Ao
tentarem realizar o feitiço algo dá errado e apenas a parte inferior do corpo
do pai (as pernas) são trazidas de volta. Agora os dois precisam correr contra
o tempo para completarem o feitiço e poderem passar algum tempo com o pai.
É uma trama sobre luto e seguir
em frente depois de uma grande perda, sobre amor fraterno e também sobre como a
tecnologia muitas vezes nos aliena do mundo a nossa volta e nos faz perder o
encantamento pelas maravilhas ao nosso redor. A estrutura de road movie nem sempre dá tempo para que
as ideias sejam plenamente desenvolvidas, já que obriga os personagens a
estarem sempre em movimento, mas ainda assim consegue encontrar momentos
significativos de conexão emocional entre seus protagonistas.

terça-feira, 14 de abril de 2020
Crítica – Bad Boys Para Sempre

Na trama, a poderosa traficante
Isabel Aretas (Kate del Castillo) foge da prisão determinada a se vingar de
todos que a colocaram na cadeia e destruíram sua família. Uma dessas pessoas é
Mike (Will Smith) e quando ele é baleado, Marcus (Martin Lawrence) sai da
aposentadoria para ajudar o amigo. Não há muito mais em termos de trama e isso,
em si, não seria um problema, o que incomoda é a quantidade de furos, coisas
mal explicadas e reviravoltas que se pretendem a serem algo bombástico, mas
resultam em cenas risíveis.

segunda-feira, 13 de abril de 2020
Crítica – Um Amor, Mil Casamentos

Na trama, Jack (Sam Claflin)
precisa lidar com vários problemas ao mesmo tempo durante o casamento da irmã, Hayley
(Eleanor Tomlinson). Ele precisa ser manter longe da sua ex-namorada megera,
Amanda (Freida Pinto), ao mesmo tempo em que precisa impedir que Marc (Jack
Farthing), um ex-namorado de Hayley que entrou de penetra, estrague a festa.
Durante o casamento Jack também vai buscar se reaproximar de Dina (Olivia
Munn), uma amiga de Hayley por quem se apaixonou anos atrás, mas que por conta
de várias circunstâncias nunca pode efetivamente se relacionar com ela.

sexta-feira, 10 de abril de 2020
Lixo Extraordinário – Tubarão 4: A Vingança

Na trama, Ellen Brody (Lorraine Gary),
a viúva do xerife Brody (Roy Scheider), protagonista do primeiro filme, começa a
ter sonhos envolvendo um tubarão e teoriza que um tubarão está vindo para
atacar ela e os filhos como vingança por Brody ter matado o tubarão do primeiro
filme. O sentimento dela ganha força quando o filho mais novo é morto por um
tubarão ao realizar reparos marítimos na costa de sua cidade. Ellen então avisa
o filho mais velho, que trabalha nas Bahamas como biólogo marinho, para ter
cuidado e viaja até a morada do filho para ficar de olho nele. Logicamente, um
tubarão, o mesmo que teria matado o filho mais novo, aparece nas Bahamas.
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Lixo Extraordinário,
Suspense,
Terror

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