Produzido pela WB Animation, fui
assistir este Mortal Kombat Legends: A
Vingança de Scorpion esperando algo com a mesma qualidade dos longas
animados que a Warner faz para o universo DC. O filme de fato entrega a
brutalidade das lutas que se espera de um Mortal Kombat, mas deixa a desejar no
desenvolvimento dos personagens.
A trama reconta a história do
primeiro Mortal Kombat sob a perspectiva do ninja Scorpion. Antes Hanzo
Hasashi, o ninja vivia com sua família até que todos foram mortos pelos membros
do clã Lin Kuei e seu líder, Sub-Zero. No submundo, Hasashi jurou lealdade ao
feiticeiro Quan Chi, sendo transformado em um poderoso espectro infernal para
se infiltrar na ilha de Shang Tsung, onde o torneio Mortal Kombat estaria
acontecendo, para roubar o amuleto que permitiria libertar o deus Shinnok e
para ter sua vingança contra Sub-Zero.
O início é competente em mostrar
a vida pregressa de Hanzo e o impacto que a morte de sua família causa nele. O
problema é que tudo começa a se mover muito rápido após a aliança dele com Quan
Chi e sua transformação em Scorpion. A partir desse ponto, no entanto, o
personagem não é nada mais que uma eficiente máquina de matar. Não há muito
esforço em tentar entender o que significa para o personagem essa existência
como uma cria infernal ou como ele aprendeu a usar suas novas habilidades. O
foco em Scorpion também acaba fazendo os demais combatentes (ou seriam
kombatentes?) parecer menos hábeis, já que Liu Kang, Sonya e Johnny Cage
precisam ser constantemente salvos pelo ninja infernal.