Baseado em uma história real, Lost Girls: Os Crimes de Long Island
acompanha uma mãe, Mari (Amy Ryan), que tenta desvendar por conta própria o
desaparecimento da filha quando percebe a inação da polícia. As buscas acabam
revelando vários corpos enterrados em uma área próxima, mas não o de Shannan, a
filha de Mari. Como Shannan, assim como as demais mulheres encontradas mortas,
também era prostituta, a polícia suspeita de que a filha da Mari também possa
estar morta e que todas foram mortas pela mesma pessoa.
Além de mostrar o percurso
investigativo e o descaso da polícia, o filme tenta também falar sobre o
machismo estrutural que está por trás do tratamento dado ao caso pela polícia e
pela mídia. Sempre tachando as mulheres como prostitutas, sem tentar
apresentá-las como qualquer outra coisa além disso, a imprensa ou a polícia tratam
as vítimas como se fossem culpadas pelas próprias mortes e como pessoas
indignas de preocupação ou revolta por conta de mortes tão violentas. Ao mesmo
tempo, há um esforço de mostrar como a morte de Shannan pesa na família de Mari
e na relação da matriarca com as duas filhas mais novas.