A quarentena realmente já está
começando a me afetar. Só isso explica eu ter me sujeitado a assistir este A Missy Errada, mais uma produção
picareta da Happy Madison de Adam Sandler que não tem outra razão de existir a
não ser dar um contracheque aos amigos de Sandler que praticamente não
trabalham em nenhum filme além dos que Sandler produz, como David Spade, Rob
Schneider, Nick Swardson, Jonathan Loughran ou a esposa e filho de Sandler, Jackie
e Jared.
Também existe para mandar toda
essa galera em uma viagem de férias a ser posta na conta do estúdio financiando
a produção (nesse caso a Netflix), inserindo arbitrariamente na trama uma
viagem para algum lugar paradisíaco ou exótico, tal como já tinha acontecido em
Esposa de Mentirinha (2011), Juntos e Misturados (2014), Zerando a Vida (2016), Mistério no Mediterrâneo (2019) ou mesmo
o cruzeiro inserido sem qualquer motivo em Cada
Um Tem a Gêmea que Merece (2011). Enfim, como muitas produções de Sandler,
existe para que o elenco se divirta sem qualquer esforço de divertir sua
audiência.
Na trama, Tim (David Spade)
aparentemente conhece a mulher dos seus sonhos, Missy (Molly Sims) em um
aeroporto, mas como ambos tem voos a pegar trocam telefones para conversarem.
Quando recebe uma mensagem de Missy, Tim desenvolve a conversa e tudo flui bem
ao ponto que resolve convidá-la para que o acompanhe em uma viagem de trabalho
que vai no Havaí. O problema é que ele estava conversando com outra Missy
(Lauren Lapkus), uma mulher grudenta e histérica que ele conheceu em um
encontro às cegas dias atrás. Agora ele precisará lidar com essa estranha e
tomar cuidado para que ela não estrague sua chance de bajular o chefe e obter uma
promoção.