Desde que escrevi sobre a primeira temporada falo como She-Ra e as
Princesas do Poder supera as expectativas. Poderia ser só um caça-níqueis
para lucrar em cima da nostalgia de uma animação oitentista cuja única razão de
existir era vender brinquedos, mas ao invés disso entregou uma envolvente
jornada, marcada por personagens complexos que raramente podem ser definidos
por maniqueísmos fáceis. Isso se confirma nesta quinta e aparentemente última
temporada, que encerra muito bem todas as tramas iniciadas desde o primeiro
ano.
A narrativa começa no ponto em
que o quarto ano acabou. O Mestre da Horda chegou a Etéria com toda sua frota e
capturou Cintilante. Adora destruiu a Espada do Poder para que ninguém use o
Coração de Etéria, uma arma poderosa que pode destruir o universo. Sem a
espada, ela também não consegue mais se transformar em She-Ra, o que torna
ainda mais difícil enfrentar o Mestre.
A temporada consegue criar um
senso palpável de perigo constante, do Mestre da Horda como um oponente
formidável, não só pelos números de sua horda, mas por sua inteligência em ser
capaz de antecipar os movimentos dos adversários e também por sua capacidade de
assimilar qualquer um em sua mente coletiva, efetivamente transformando aliados
em inimigos. Há um senso palpável de perigo em cada batalha e um claro temor
que as heroínas fracassem pelo fato do inimigo ser um oponente tão formidável.