Depois de uma excelente primeira temporada em que a série Kidding
levou seu protagonista provavelmente até o fundo do poço de onde os sentimentos
reprimidos dele poderiam levá-lo, essa segunda temporada parece voltada a
mostrar o esforço do personagem em se reerguer. Em muitos casos é difícil que
uma série com um ano de estreia tão bom consiga manter o nível em temporadas
posteriores, mas essa segunda consegue ser tão boa quanto a primeira.
A narrativa retoma exatamente no
ponto em que a primeira temporada acabou. Depois de atropelar Peter (Justin
Kirk), o namorado de Jill (Judy Greer), Jeff (Jim Carrey) decide doar o próprio
fígado para salvar a vida dele. Ao mesmo tempo, Deirdre (Catherine Keener) dá
prosseguimento ao processo de divórcio do marido e tenta ajudar Jeff a reerguer
o programa de televisão.
Se o mote da primeira temporada
era descer ao fim da cachoeira e entender as decisões que levaram a essa queda,
o mote da segunda parece ser o da reparação. Em como, depois das coisas serem
inevitavelmente destruídas, é possível reconstruir as coisas, em que medida
existe a possibilidade de reparação. Claro que, tal qual a primeira temporada,
os personagens permaneçam sujeitos falhos, que nem sempre tomam as melhores ou
mais louváveis decisões.