O título Warrior Nun faz
uma promessa muito clara ao seu espectador: freiras guerreiras armadas até os
dentes enfiando a porrada em demônios do inferno. É tudo que eu esperava da
série, uma adaptação do quadrinho de mesmo nome de Bem Dunn (que não li), e em
geral ela cumpre o que promete, ainda que tenha alguns problemas.
A narrativa é protagonizada por Ava (Alba Baptista), uma órfã
tetraplégica recém-falecida que acidentalmente tem implantado no seu corpo o
artefato místico conhecido como Halo. Uma aureola de anjo passada por gerações
por uma ordem secreta da Igreja Católica que treina freiras para combaterem
demônios que tentam invadir o nosso mundo. Ressuscitada pelo poder do Halo, Ava
agora precisa se tornar a nova Irmã Guerreira.
O percurso de Ava é uma típica jornada de herói, mas o texto
ao menos consegue dar a ela alguma personalidade e motivações compreensíveis. A
atriz portuguesa Alba Baptista convence do deslumbramento inicial da personagem
em conseguir voltar a se mover e seu desejo de ter uma vida normal, dando a Ava
energia e senso de humor que nos faz conectar com a protagonista. A série
abraça a natureza pulp de sua premissa
e nunca cai na besteira de se levar mais a sério do que deveria.