Muito antes de ser lançado, este Acordar Negro já chamava atenção na internet por marcar a estreia
da modelo brasileira Nana Gouvea como atriz e em uma produção feita nos Estados
Unidos ainda por cima. Ao lado de nomes conhecidos como Eric Roberts e Tom
Sizemore, o terror parecia ser um veículo para lançar a brasileira
internacionalmente. Isto é, até os primeiros trailers saírem e ficar evidente
que se tratava de uma produção tosquíssima que no máximo poderia ser uma
poderia divertida. O resultado final, porém, não consegue ser nem isso.
A trama é centrada em Luiza (Nana Gouvea), uma psicóloga
chamada pelo governo dos Estados Unidos para tentar entender uma série de
mortes misteriosas que vem acontecendo em partes diferentes do país. Seus
colegas parecem não entender o que está acontecendo, mas ela demonstra certeza
que as respostas estão nas estranhas anotações encontradas com um mendigo que
estava envolvido com uma das primeiras vítimas.
A história é toda contada com uma estrutura de found footage, como se fosse vídeos de
segurança da instalação governamental em que Luiza trabalha ou vídeos amadores
feitos pelas pessoas na rua que encontraram os infectados. O problema é que o
filme conduz toda essa trama da maneira mais entediante possível. Praticamente
não há dramaturgia, tudo é narrado ao invés de mostrado para nós, já que boa
parte das cenas do filme são vídeos gravados por Luiza para explicar as provas
que coletou.