O documentário abre com Caetano falando da noite em que foi preso, narrando que ninguém deu voz de prisão a ele ou qualquer coisa parecida, apenas que ele tinha sido chamado para depor. A fala ilustra as arbitrariedades do regime e como pessoas eram detidas sob falsos pretextos e sem o devido processo legal, atropelando direitos civis e liberdades individuais.
O documentário segue com apenas Caetano em cena. Não há qualquer outra imagem no filme, exceto pelo finalzinho que exibe closes da transcrição do interrogatório de Veloso na época (e lido pelo próprio ao longo do documentário), além de Caetano. Ninguém mais é ouvido, nenhuma outra fonte de imagem, captada pelo filme ou pré-existente é mostrada. É uma escolha corajosa, já que ter apenas uma pessoa falando por cerca de oitenta minutos poderia resultar em algo extremamente moroso, mas o filme parece confiar na capacidade de oratória de seu protagonista (e Caetano é, de fato, um ótimo narrador) e na força da história que ele conta.