O documentário é centrado em Tristan Harris, ex-funcionário do Google que em meados dos anos 2000 fez um manifesto sobre a necessidade dessas tecnologias de redes digitais serem mais humanizadas, menos predatórias e menos focadas em estimular que o usuário compre coisas ou passe o maior tempo possível diante da tela. Seu manifesto não causou nenhuma mudança na empresa, mas fez ele e outros desenvolvedores do Vale do Silício se unirem em repensar essas tecnologias. Assim, o documentário entrevista Tristan e outros ex-funcionários de empresas de tecnologia para entender como funcionam essas plataformas e os problemas inerentes a elas.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Crítica – O Dilema das Redes

quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Crítica – A Duquesa: 1ª Temporada
Na trama segue o cotidiano Katherine (Katherine Ryan) e da filha Olive (Katy Byrne), enquanto Katherine tenta navegar a complicada relação que tem com o pai de Olive, Shep (Rory Keenan), um músico decadente, e com o desejo de ter mais um filho. Em meio a isso também está Evan (Steen Raskopoulos), namorado mais recente de Katherine com quem ela pensa em ter algo mais sério.
A força da série está mesmo na dinâmica entre a protagonista e a filha, na construção do forte laço de afeto que há entre as duas e também nas situações absurdas que elas se envolvem. Muito da comédia deriva do fato de Olive muitas vezes demonstrar uma maturidade superior à da mãe e a garota Katy Byrne convence como uma menina que demonstra ter uma sabedoria bem maior que a sua idade.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Crítica – A Babá: Rainha da Morte
Na trama, Cole (Judah Lewis) ainda está traumatizado pelos eventos que ocorreram no primeiro filme. Pior, ninguém acredita na versão dele e todos acham que ele está louco, dos pais aos colegas de escola que constantemente zoam o garoto. Melanie (Emily Alyn Lind) é a única que acredita nele, então quando Melanie chama Cole para a casa no lago de sua família, o jovem prontamente aceita. O que ele não imaginava é que teria de enfrentar mais um ritual satânico.
A natureza hiperbólica e absurda dos personagens já se faz sentir nos primeiros minutos quando Cole conversa com o conselheiro da escola sobre os eventos do primeiro filme e ouve do terapeuta que a solução para os problemas dele é transar. É uma fala inacreditável, que jamais seria dita por um conselheiro escolar do mundo real (ainda mais do jeito que o personagem fala no filme), mas que funciona aqui por conta do regime de absurdo no qual o filme se inscreve.

terça-feira, 15 de setembro de 2020
Drops – A Química que há Entre Nós
Na trama, Henry (Austin Abrams) conhece Grace (Lili Reinhart, a Betty de Riverdale), uma garota que acabou de se transferir para seu colégio. Grace acaba entrando para a equipe do jornal da escola do qual Henry faz parte. Henry se interessa por Grace, mas tem dificuldade de se aproximar dela por conta da natureza retraída da garota, que parece não querer se abrir para ninguém. Aos poucos, Henry vai aprendendo sobre o passado dela e o trauma que Grace carrega consigo.
Em um primeiro momento é uma narrativa sobre o primeiro amor, sobre como Henry é tomado por esse sentimento arrebatador de estar apaixonado por alguém e de fazer tudo para concretizar esse sentimento. É tudo bem típico desse tipo de história, sem nada muito diferente, mas razoavelmente bem conduzido.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020
Crítica – Marvel’s Avengers
Na trama, depois de uma catástrofe que acontece durante o lançamento de um novo aeroportaviões, os Vingadores são considerados criminosos e dissolvidos. Uma nova organização a AIM surge para tentar restaurar o dano causado pelos Vingadores e lidar com o surgimento dos inumanos em decorrência da névoa terrígena liberada durante o incidente com os Vingadores. Cinco anos depois do incidente uma jovem inumana chamada Kamala Khan descobre provas dos segredos sombrios da AIM e da inocência dos Vingadores e tenta encontrar os heróis.
Kamala é a alma e o coração da trama, nos fazendo acompanhar tudo que acontece sob seus olhos de fã e empolgação ingênua em conhecer os Vingadores. A personagem acaba funcionando como a bússola desses heróis, redirecionando-os um para outro de modo a superarem os problemas do passado. É uma história que entende que o mais interessante desses personagens não são seus poderes, mas suas falhas e como isso os une e os faz colidir um com o outro. Também acerta na construção do vilão MODOK. Muitas vezes reduzido ao ridículo nos quadrinhos e séries por conta de sua aparência, aqui MODOK é trabalhado de maneira séria, apresentado como uma ameaça genuína aos heróis.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Crítica - Sleight
Bo (Jacob Latimore) é um jovem mágico de rua que tenta aperfeiçoar um novo truque envolvendo ímãs para dar a impressão de telecinese. Ele mora sozinho com a irmã, Tina (Storm Reid) depois da morte dos pais e para se sustentar, acaba trabalhando para o traficante Angelo (Dulé Hill). Aos poucos, Bo vai sendo arrastado por Angelo para o lado mais violento do trabalho e começa a pensar em alternativas para se sustentar. O jovem mágico também conhece Holly (Seychelle Gabriel), por quem se apaixona e inicia um relacionamento.
As primeiras cenas demonstram o talento do protagonista com mágica e também criam uma aura de mistério acerca do estranho dispositivo de que Bo tem em seu braço e o que ele pretende com aquilo. Aos poucos a trama vai nos dando informações sobre o que é aquilo e o que ele pretende com um experimento tão arriscado. Quando finalmente o vemos colocar a estranha engenhoca em ação no clímax, tudo é bastante empolgante, já que o acompanhamos em tentar fazer aquilo funcionar ao longo de todo filme.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Crítica – Narciso em Férias
O documentário abre com Caetano falando da noite em que foi preso, narrando que ninguém deu voz de prisão a ele ou qualquer coisa parecida, apenas que ele tinha sido chamado para depor. A fala ilustra as arbitrariedades do regime e como pessoas eram detidas sob falsos pretextos e sem o devido processo legal, atropelando direitos civis e liberdades individuais.
O documentário segue com apenas Caetano em cena. Não há qualquer outra imagem no filme, exceto pelo finalzinho que exibe closes da transcrição do interrogatório de Veloso na época (e lido pelo próprio ao longo do documentário), além de Caetano. Ninguém mais é ouvido, nenhuma outra fonte de imagem, captada pelo filme ou pré-existente é mostrada. É uma escolha corajosa, já que ter apenas uma pessoa falando por cerca de oitenta minutos poderia resultar em algo extremamente moroso, mas o filme parece confiar na capacidade de oratória de seu protagonista (e Caetano é, de fato, um ótimo narrador) e na força da história que ele conta.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020
Crítica – Estou Pensando em Acabar com Tudo
Na trama, a protagonista (Jesse Buckley) está indo com o namorado, Jake (Jesse Plemons), para conhecer os pais dele que ainda moram na pequena cidade rural em que Jake nasceu. Ao longo do trajeto, ela começa a pensar em terminar tudo com Jake e vai aos poucos tentando elencar, em sua mente, razões para continuar ou terminar com o namorado, dando início a um longo mergulho em sua psique.
Se no início parece que estamos diante de um típico filme de discussão de relacionamento, depois que o casal chega na casa dos pais de Jake fica evidente que o modo como a trama é narrada é qualquer coisa menos convencional. Como é comum nos materiais produzidos por Charlie Kaufman, realidade e subjetividade se misturam ao ponto em que não sabemos mais separar as duas coisas.

terça-feira, 8 de setembro de 2020
Crítica – Killing Eve: 3ª Temporada
Após perder tudo no final da temporada anterior e ainda por cima ser baleada por Villanelle (Jodie Comer), Eve (Sandra Oh) passa a ter uma vida discreta, evitando chamar atenção para si mesma, mas não esqueceu sua obsessão com a assassina russa e continua a investigá-la, bem como a misteriosa organização por trás dela conhecida como Os Doze. No MI6 Carolyn (Fiona Shaw) também lida com as consequências da operação fracassada no final do segundo ano, tendo sido rebaixada e seus atos constantemente analisados, ela continua investigando Os Doze por conta própria. Os caminhos de Eve e Carolyn voltam a se cruzar quando o filho de Carolyn comete suicídio sob circunstâncias suspeitas, com as duas tentando descobrir o que realmente aconteceu. Já Villanelle volta a trabalhar com uma antiga mentora e tenta subir na hierarquia dos Doze.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Crítica - Amor Garantido
Na trama, Susan (Rachael Leigh Cook) é uma advogada que tem um pequeno escritório na cidade de Seattle. Um dia ela é procurada por Nick (Damon Wayans Jr) que quer processar um site de encontros que garantiria aos seus usuários encontrar o amor verdadeiro em até mil encontros. Nick já está muito próximo dessa marca, mas até então não encontrou o amor.
A trama em si soa um pouco absurda e difícil de crer pelo fato de Nick ter saído com quase mil mulheres em um intervalo de quase dois anos e dele ter documentado extensivamente cada um desses encontros. Ainda assim, poderia render uma boa discussão sobre como, nesses tempos de interação em meios digitais, amor e afeto estão sendo reduzidos a um mero produto a ser comprado e vendido com o toque de um botão. O filme, no entanto, nunca constrói muito em cima desses temas e o desfecho acaba sendo incomodamente conformista e contraditório, ao mesmo tempo dizendo que não há garantias no amor, mas com os personagens se tornando garotos-propaganda do site de relacionamentos que processaram.
