Ainda assim, resolvi conferir este Hades (disponível para Switch e PC) porque gosto muito do trabalho da desenvolvedora Supergiant Games (responsável por Bastion, Transistor e Pyre) e fiquei bem surpreso com o que encontrei. Não só os elementos de roguelike conseguem ser desafiadores sem, no entanto, eliminar o sentimento de progresso ao oferecer uma boa quantia de upgrades permanentes, como também a estrutura repetitiva do game é trazida para dentro da estrutura narrativa do jogo.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Crítica - Hades
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Rapsódias Revisitadas – Vou Rifar Meu Coração
O filme se divide em duas frentes. Temos entrevistas com fãs do gênero no interior do Brasil nas quais essas pessoas falam como se sentem representadas por essas músicas e como elas contam histórias parecidas com as de suas vidas ou suas experiências amorosas. Também há conversas com cantores do gênero, como Wando, Nelson Ned, Amado Batista, Lindomar Castilho e Agnaldo Timóteo que falam sobre suas composições e a respeito do tratamento negativo que no mundo da música.
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Crítica – Aprendiz de Espiã
Na trama, o durão agente JJ (Dave Bautista) é colocado para vigiar a família de um criminoso internacional que está foragido. JJ, no entanto, acaba se aproximando da garota Sophie (Chloe Coleman) e da mãe dela, Kate (Parisa Fitz-Henley) e daí tudo transcorre sem surpresas. É óbvio que na aproximação de JJ e Sophie um aprenderá com o outro, JJ se torna menos bruto e com mais traquejo social, Sophie aprende a ter mais confiança em si mesma.
Bautista dá ao seu agente uma vulnerabilidade por baixo de sua fachada dura, enquanto que Coleman demonstra uma inesperada sabedoria sem exatamente cair nos clichês de criança precoce genérica. Apesar da química, a relação dos dois é prejudicada pelo roteiro, no qual a aproximação de JJ da família de Sophie se dá muito por chantagens emocionais e manipulações da menina para forçar uma aproximação entre JJ e a mãe dela. Essa “operação cupido” da garota deveria ser adorável, mas da maneira como é construída soa mais ardilosa e manipulativa do que fofa.
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Rapsódias Revisitadas – Um Clarão nas Trevas
Isso coloca o pacato casal na mira de bandidos, que invadem a casa para conseguir a boneca. Susy, no entanto, chega mais cedo em casa e os três criminosos, Roat (Alan Arkin), Mike (Richard Crenna) e Carlino (Jack Weston), resolvem tirar vantagem da cegueira de Susy montando um ardil para convencê-la de que a boneca é prova do envolvimento de Sam em um crime, convencendo a mulher a dizer para eles onde a boneca está.
Muito da tensão acontece do fato de termos acesso a mais informação do que a protagonista. Sabemos de antemão que Roat, Mike e Carlino estão mentindo para enganar Susy e tememos pela personagem por ela não saber o que se passa e não perceber que eles estão tirando vantagem da cegueira dela, tentando silenciosamente vasculhar o apartamento enquanto um deles a mantem distraída. Situado em praticamente uma única locação, a narrativa usa esse espaço limitado a seu favor, criando uma sensação de clausura em relação a Susy, literalmente confinada, ainda que sem saber, nesse espaço com pessoas que desejam lhe fazer mal.
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Crítica – O Diabo de Cada Dia
A trama adapta um romance (que não li) de Donald Ray Pollock, acompanhando múltiplos personagens ao longo de quase duas décadas em pequenas cidades no interior dos Estados Unidos e as histórias de violência experimentadas por cada um deles. Eventualmente acaba focando em Arvin (Tom Holland), um jovem órfão com propensão a um comportamento violento e como isso inevitavelmente será a sua perdição.
A narrativa é contada com muitas idas e vindas no tempo, inclusive com um narrador (o próprio Pollock) adiantando os destinos de certos personagens, contando como eles morrem já nos primeiros instantes que os vemos. Essa escolha não necessariamente contribui para o andamento da trama, já que faz tudo soar excessivamente fragmentado e bagunçado. O filme poderia contar tudo em ordem cronológica que não faria a menor diferença.
Conheçam os vencedores do Emmy 2020
A
entrega dos Emmy, premiação máxima da televisão dos Estados Unidos, aconteceu
ontem, 20 de setembro. Por conta da pandemia do COVID-19 a cerimônia precisou
se adequar a um formato virtual e contou com algumas séries dominando suas
respectivas categorias. Entre as séries de comédia Schitt’s Creek levou todos os prêmios em que concorriam. Sucession ganhou a maioria dos prêmios
na categoria de série de drama, mas a grande surpresa foi a vitória de Zendaya
como melhor atriz por Euphoria. Na
categoria de minisséries a grande vencedora foi Watchmen, recebendo inclusive o prêmio de melhor minissérie.
Confiram
abaixo a lista completa de indicados com os vencedores de cada categoria
destacados em negrito.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Crítica – O Dilema das Redes
O documentário é centrado em Tristan Harris, ex-funcionário do Google que em meados dos anos 2000 fez um manifesto sobre a necessidade dessas tecnologias de redes digitais serem mais humanizadas, menos predatórias e menos focadas em estimular que o usuário compre coisas ou passe o maior tempo possível diante da tela. Seu manifesto não causou nenhuma mudança na empresa, mas fez ele e outros desenvolvedores do Vale do Silício se unirem em repensar essas tecnologias. Assim, o documentário entrevista Tristan e outros ex-funcionários de empresas de tecnologia para entender como funcionam essas plataformas e os problemas inerentes a elas.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Crítica – A Duquesa: 1ª Temporada
Na trama segue o cotidiano Katherine (Katherine Ryan) e da filha Olive (Katy Byrne), enquanto Katherine tenta navegar a complicada relação que tem com o pai de Olive, Shep (Rory Keenan), um músico decadente, e com o desejo de ter mais um filho. Em meio a isso também está Evan (Steen Raskopoulos), namorado mais recente de Katherine com quem ela pensa em ter algo mais sério.
A força da série está mesmo na dinâmica entre a protagonista e a filha, na construção do forte laço de afeto que há entre as duas e também nas situações absurdas que elas se envolvem. Muito da comédia deriva do fato de Olive muitas vezes demonstrar uma maturidade superior à da mãe e a garota Katy Byrne convence como uma menina que demonstra ter uma sabedoria bem maior que a sua idade.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Crítica – A Babá: Rainha da Morte
Na trama, Cole (Judah Lewis) ainda está traumatizado pelos eventos que ocorreram no primeiro filme. Pior, ninguém acredita na versão dele e todos acham que ele está louco, dos pais aos colegas de escola que constantemente zoam o garoto. Melanie (Emily Alyn Lind) é a única que acredita nele, então quando Melanie chama Cole para a casa no lago de sua família, o jovem prontamente aceita. O que ele não imaginava é que teria de enfrentar mais um ritual satânico.
A natureza hiperbólica e absurda dos personagens já se faz sentir nos primeiros minutos quando Cole conversa com o conselheiro da escola sobre os eventos do primeiro filme e ouve do terapeuta que a solução para os problemas dele é transar. É uma fala inacreditável, que jamais seria dita por um conselheiro escolar do mundo real (ainda mais do jeito que o personagem fala no filme), mas que funciona aqui por conta do regime de absurdo no qual o filme se inscreve.
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Drops – A Química que há Entre Nós
Na trama, Henry (Austin Abrams) conhece Grace (Lili Reinhart, a Betty de Riverdale), uma garota que acabou de se transferir para seu colégio. Grace acaba entrando para a equipe do jornal da escola do qual Henry faz parte. Henry se interessa por Grace, mas tem dificuldade de se aproximar dela por conta da natureza retraída da garota, que parece não querer se abrir para ninguém. Aos poucos, Henry vai aprendendo sobre o passado dela e o trauma que Grace carrega consigo.
Em um primeiro momento é uma narrativa sobre o primeiro amor, sobre como Henry é tomado por esse sentimento arrebatador de estar apaixonado por alguém e de fazer tudo para concretizar esse sentimento. É tudo bem típico desse tipo de história, sem nada muito diferente, mas razoavelmente bem conduzido.