Na trama, Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) são chamados para trabalhar em um hospital de campanha depois de um tempo prestando serviço em uma ONG atendendo pessoas carentes em localidades remotas. No hospital de campanha, encontram um cotidiano tenso ao lidarem com uma doença que ainda não entendem completamente, superlotação, falta de equipamento e riscos de contaminação. Ocasionalmente o texto derrapa em alguns diálogos um pouco didáticos e expositivos demais sobre as situações em que os personagens se encontram, mas são momentos pequenos diante da força que o especial consegue construir.
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Crítica – Sob Pressão: Plantão Covid
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Crítica – O Halloween do Hubie
Na trama, Hubie (Adam Sandler) é basicamente “o idiota da vila”. Residindo na cidade de Salem, famosa pela queima de bruxas no século XIX, Hubie adora o Halloween e sempre tenta transformar a data em algo especial, buscando garantir que todos se divirtam. Esse ano, no entanto, o trabalho de Hubie fica mais difícil quando um perigoso paciente psiquiátrico escapa de uma instituição próxima.
Sandler interpreta Hubie como o mesmo adulto imaturo de boca torta e voz fina que fez em boa parte de sua carreira como em Billy Madison: O Herdeiro Bobalhão (1995), O Rei da Água (1999) ou Little Nicky: Um Diabo Diferente (2000). Não há aqui nenhum esforço de dar alguma personalidade a Hubie ou torná-lo diferente de qualquer outra coisa que Sandler tenha feito, sendo uma repetição preguiçosa dos mesmos trejeitos e cacoetes que já não eram muito engraçados vinte anos atrás.
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Crítica – Bom Dia, Verônica
A trama é centrada em Verônica (Tainá Muller), escrivã da delegacia de homicídios da polícia civil de São Paulo. Quando um caso ligado a feminicídio dá errado e uma testemunha se suicida na frente de Verônica, a protagonista se torna obcecada em descobrir o abusador em série que aborda mulheres em aplicativos de namoro. Ao mesmo tempo, a protagonista é procurada por Janete (Camila Morgado), uma mulher que sofre constante violência do marido, Brandão (Eduardo Moscovis), que além de sujeitar a esposa a violência também sequestra e mata outras mulheres. As coisas que se complicam quando Verônica descobre que Brandão é um tenente-coronel da Polícia Militar, tornando-o ainda mais perigoso.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Crítica – The Boys: 2ª Temporada
A trama começa meses depois dos eventos do ano de estreia. Billy Bruto (Karl Urban) e sua equipe são considerados culpados pela morte de Stillwell (Elizabeth Shue), se tornando homens procurados. Ao mesmo tempo, os Sete recebem um novo membro em Tempesta (Aya Cash), cuja presença chama tanta atenção que começa a incomodar o Capitão Pátria por estar perdendo os holofotes. Ainda nos Sete, Luz-Estrela (Erin Moriarty) planeja junto com Hughie (Jack Quaid) em como expor a Vought pelo Composto V.
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Crítica – Dragon’s Dogma: 1ª Temporada
A narrativa é protagonizada por Ethan, um guerreiro ressuscitado em uma jornada para recuperar o próprio coração, roubado pelo dragão que matou sua família. O primeiro episódio mostra brevemente a vida de Ethan e da esposa, Olivia, antes da destruição causada pelo dragão. Há a tentativa de que isso é feito para dar mais peso às perdas do protagonista, mas como é muito rápido (e o mesmo ocorre com os flashbacks envolvendo Olivia), não consegue ir além de uma trama de vingança bem típica. Em sua jornada, Ethan conta com a ajuda de Hannah, uma Peoa. No mundo de Dragon’s Dogma Peões são seres que existem para auxiliar Ressurgidos como Ethan em suas missões.
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
Rapsódias Revisitadas – Uma Mulher é Uma Mulher
Na trama, Angela (Anna Karina) é uma dançarina que sente o desejo de ter um filho, mas o namorado dela, Emile (Jean-Claude Brialy), está hesitante. Emile sugere que Angela tenha um filho com Alfred (Jean-Paul Belmondo), melhor amigo dela. Angela acaba achando a sugestão uma boa ideia e isso logicamente cria uma crise no relacionamento dos dois. Boa parte das razões pelas quais o filme é tão lembrado é pela direção iconoclasta de Godard, mas não se pode negar o carisma do trio principal, especialmente Anna Karina, envolvente e encantadora como Angela, convencendo de como sua personagem seria capaz de mobilizar a atenção dos homens ao seu redor.
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Crítica – Carmen Sandiego: 3ª Temporada
A trama começa com Carmen indo ao México para descobrir mais sobre a possível identidade de sua mãe. Ao mesmo tempo, a VILE transfere a base de operações da organização para o norte da Escócia depois dos eventos do segundo ano e planeja uma série de roubos para se reerguer.
Os cinco episódios que compõem a temporada apresentam a estrutura de “caso do dia” com Carmen e sua trupe viajando a um novo país para impedir mais um golpe da Vile ao mesmo tempo que precisam evadir o agente Deveraux e outros membros da ACME que ainda acham que Carmen é a vilã da história. Como em outras temporadas, os casos apresentam uma construção competente de suspense, personagens e antagonistas carismáticos, boas cenas de ação, além de um cunho educativo sobre história, geografia e cultura que é organicamente costurado nas tramas.
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Rapsódias Revisitadas – Línguas Desatadas
O documentário mistura vários recursos, desde entrevistas e imagens de arquivo passando por poesias recitadas e imagens de arquivo. A montagem costura tudo de modo a produzir uma bricolagem que mistura todos esses recursos expressivos. Poderia resultar em algo caótico, mas a montagem consegue fazer esses diferentes materiais dialogarem para deixar o espectador imerso na subjetividade dos sujeitos filmados.
Quando um dos entrevistados narra suas primeiras experiências de juventude com homofobia e racismo a montagem alterna entre o depoimento e imagens em close de bocas proferindo ofensas preconceituosas, abruptamente interrompendo o fluxo da fala do entrevistado. A escolha estética provavelmente foi feita no sentido de fazer o público experimentar a sensação de receber uma torrente constante de ódio sem conseguir se fazer ouvir, com o esforço de um sujeito em se auto afirmar interrompido incessantemente pela intolerância alheia.
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Crítica – Get Duked!
A história acompanha quatro adolescentes britânicos que são colocados em uma competição no interior da Escócia na qual precisam atravessar as Terras Altas até chegarem na costa. Ian (Samuel Bottomley), Dean (Rian Gordon), Duncan (Lewis Gribben) e DJ Beatroot (Viraj Juneja) não são exatamente os melhores alunos e o orientador vocacional deles acha que participar dessa expedição é uma boa maneira de colocá-los nos eixos. O que os garotos não imaginavam é que a expedição os colocaria diante de situações inesperadas, como um culto mascarado que caça pessoas e policiais atrapalhados que confundem os jovens com terroristas.
Toda premissa de uma viajem pelo campo é uma clara desculpa para não precisar construir muita coisa em termos de história, se calcando em uma série de encontros fortuitos com personagens pitorescos e as situações absurdas que emergem disso para mover as coisas adiante. Apesar de praticamente nenhuma trama, o filme diverte pela criatividade das situações absurdas e inesperadas com as quais os quatro adolescentes se envolvem. Como a cena em que Beatroot usa drogas com um grupo de fazendeiros dentro de um celeiro ou o momento em que Duncan inesperadamente atropela uma pessoa com uma van.
Contribuindo para o senso de absurdo e anarquia estão as escolhas estéticas, que constantemente recorre a distorções de imagem e forma para dar a impressão de uma cognição alterada. A inserção de cores fortes em alguns momentos contribui para um ar lisérgico aos eventos, como se tudo fosse resultado de uma viagem errada de drogas (e na maioria dos casos aqui é mesmo). Além de uma montagem acelerada que confere uma ritmo de energia alucinada, como que se tudo fosse contado por alguém completamente fora de si.
Considerando a natureza sem noção do longa, eu até me surpreendi pelo modo como o desfecho consegue amarrar bem e de maneira convincente (dentro da lógica de absurdo da trama, claro) todos os arcos e fios narrativos que convergem em uma fusão de sorte e estupidez para resolver todos os problemas dos personagens. O texto também acerta em dotar os personagens de alguma vulnerabilidade e insegurança, evitando reduzi-los a mera caricatura. Tudo bem que não sejam personagens complexos, mas pelo menos há uma dimensão de humanidade neles, não sendo idiotas apenas por serem idiotas e pronto.
Com situações absurdas bem construídas e personagens
carismáticos, Get Duked! consegue
funcionar como uma diversão despretensiosa.
Nota: 6/10
Trailer
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Lixo Extraordinário – King of Fighters: A Batalha Final
Na trama, a energia emanada por três tesouros místicos é usada para acessar uma realidade (ou dimensão) virtual na qual acontece um torneio para decidir quem será o rei dos lutadores. Essa dimensão alternativa não traz consequência para o mundo real, ou seja, não é possível ser ferir ou morrer de verdade nela. Isso muda quando o criminoso Rugal (Ray Park) rouba os três tesouros e toma a dimensão para si, tornando o jogo em um torneio mortal para poder absorver o poder dessa dimensão e da criatura sobrenatural conhecida como Orochi. Para detê-lo, a agente da CIA Mai Shiranui (Maggie Q) precisa reunir os representantes dos três clãs: Kyo Kusanagi (Sean Faris), Iori Yagami (Will Yun Lee) e Chizuru Kagura (Françoise Yip).