segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Drops – DBZ Kakarot: Um Novo Poder Desperta Parte 2

 Análise Crítica - DBZ Kakarot: Um Novo Poder Desperta Parte 2

Apesar de ter gostado de Dragon Ball Z Kakarot e o modo como o jogo nos fazia viver no universo de Dragon Ball revivendo os principais arcos, fiquei um pouco decepcionado com o primeiro DLC, Um Novo Poder Desperta Parte 1. A primeira expansão levava o jogador a uma área vazia, o planeta de Bills, sem muito o que fazer fora uma série de batalhas similares entre si contra Whis e Bills, além de quebrar a progressão de níveis com itens de aumento de XP que tornavam fácil demais subir de nível. Esse segundo DLC, Um Novo Poder Desperta Parte 2, se sai melhor em oferecer mais conteúdo e uma experiência mais significativa.

Se a primeira expansão era basicamente uma série de batalhas contra chefes, essa segunda reconta a trama de A Ressurreição de Freeza, com direito a cutscenes que tem a mesma intensidade e dramaticidade daquelas contidas na campanha principal. Não é uma história longa, podendo ser completada em pouco mais de uma hora, mas o jogo ainda oferece mais algumas missões secundárias após a trama principal que injetam um pouco de humor ao desenvolver mais alguns personagens do exército de Freeza e também alguns dos guerreiros Z.

Falando neles, essa expansão também consegue dar evidência a outros personagens para além de Goku e Vegeta. Como os dois estão treinando com Whis quando Freeza ataca, cabe a Gohan, Piccolo e os demais proteger o planeta, o que dá motivo para continuar usando e evoluindo muitos personagens que tinham sido deixados de lado após o fim da campanha principal.

A expansão adiciona novas transformações para Goku e Vegeta no Super Saiyajin Azul, além de novos combos e golpes especiais para eles, o que ajuda a dar um frescor à jogabilidade. Assim como algumas transformações do jogo base, a nova transformação consome ki muito rápido (diferente de Super Saiyajin Deus, que não consumia ki) o que mais uma vez traz um componente estratégico às batalhas já que exige que o jogador fique atento para gerenciar sua energia.

Além disso, há uma nova mecânica na forma das batalhas de hordas, feitas para simular as lutas contra centenas de soldados de Freeza ao mesmo tempo. A mecânica acaba sendo um pouco decepcionante porque você não tem realmente uma centena de inimigos ao seu redor de uma vez só, mas apenas uma dezena deles e o resto vai aparecendo conforme você vai derrotando inimigos. Ao usar um ataque combinado de todo o grupo é possível eliminar dezenas de inimigos de uma vez, gerando algumas cutscenes com os ataques grandiloquentes típicos da franquia. Apesar de trazer alguma novidade, a mecânica não explora plenamente o potencial que poderia ter.

Ainda assim Um Novo Poder Desperta Parte 2 consegue entregar algo mais consistente do que a primeira parte, lembrando os elementos que o jogo base tinha de melhor de dando boas razões para que retornemos a ele.

 

Nota: 7/10


Trailer

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Rapsódias Revisitadas - 007 Contra Goldeneye

Análise Crítica - 007 Contra Goldeneye

Review - 007 Contra Goldeneye
Lançado em 1995, 007 Contra Goldeneye tinha a missão de mostrar que o famoso agente britânico com licença para matar ainda poderia ser relevante em um contexto pós-Guerra Fria. No final da década de oitenta as duas tentativas protagonizadas por Timothy Dalton, 007 Marcado Para Morte (1987) e 007 Permissão Para Matar (1989), não agradaram muito por conta da persona mais violenta do Bond de Dalton e pela natureza mais banal de seus inimigos, como contrabandistas, oficiais governamentais corruptos ou crimes de evasão de divisas.

Com um novo Bond em Pierce Brosnan, 007 Contra Goldeneye tentava trazer de volta a glória dos tempos áureos de James Bond, afastando-o do tom excessivamente sisudo de Dalton ou do camp e da galhofa de Roger Moore. A abordagem parecia remeter à fase de Sean Connery, mas fazendo o personagem e as ameaças enfrentadas por ele soarem contemporâneas (para a época em que foi feito, claro). Nesse sentido, a trama do filme é sobre as marcas indeléveis da guerra, sobre como o fim de um conflito não significa que as feridas abertas por ele deixam de sangrar e as consequências disso reverberam por anos a fio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Rapsódias Revisitadas – Os Pássaros

Crítica – Os Pássaros

Review – Os Pássaros
Não sei se serei capaz de dizer algo sobre Os Pássaros, filme seminal de Alfred Hitchcock, que já não tenha sido dito antes. É um suspense de condução segura que trabalha para nos deixar à beira da poltrona em tensão mesmo que em um primeiro momento a ideia da ameaça principal soe um pouco risível. Afinal, ninguém pensaria que pássaros comuns poderiam ser tão aterrorizantes, no entanto é a condução segura do diretor e as situações inventivas que consegue criar ao redor da premissa.

Na trama a socialite Melanie (Tippi Hedren) viaja até uma cidadezinha no norte da Califórnia para encontrar Mitch (Rod Taylor), por quem talvez esteja interessada romanticamente. Chegando no local, no entanto, fenômenos estranhos começam a acontecer quando pássaros parecem atacar a população e os ataques vão se tornando cada vez mais frequentes.

O texto é inteligente o bastante para não explicar demais o que está acontecendo, se recusando a entregar uma motivação explícita para os ataques dos animais. Essa recusa é eficiente em termos de suspense porque o fato de não sabermos exatamente com o que esses personagens estão lidando ou como combater a ameaça torna tudo ainda mais incerto. Além disso, seria difícil dar uma explicação convincente que funcionasse para todo mundo, então deixar isso em aberto à imaginação do espectador serve para que o público projete seus medos e inquietações diante do estranho fenômeno. Sei que pode parecer óbvio falar disso hoje, mas essa é uma lição que muitos seguidores de Hitchcock ainda não pareceram captar, vide M. Night Shyamalan em Fim dos Tempos (2008) e as explicações risíveis que o filme dá.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Crítica – O Alienista: Anjo das Trevas

Análise Crítica – O Alienista: Anjo das Trevas

Review – O Alienista: Anjo das Trevas
Quando escrevi sobre a primeira temporada de O Alienista falei que era uma narrativa policial competente, ainda que bastante presa às convenções do gênero. Essa segunda temporada, O Alienista: Anjo das Trevas, segue um pouco os resultados do ano de estreia, com um mistério envolvente, ainda que bastante aderente aos lugares comuns desse tipo de narrativa.

A trama se passa na Nova Iorque no final do século XIX durante o auge da guerra hispano-americana. Laszlo (Daniel Bruhl), John (Luke Evans) e Sara (Dakota Fanning) voltam a trabalhar juntos para impedir a execução de uma mulher que julgam ter sido condenada injustamente de ter matado o próprio bebê, sendo que o corpo nunca foi encontrado. O trio não consegue deter a execução, mas pouco tempo depois o corpo da criança é encontrado e Laszlo encontra provas suficientes para demonstrar que a real culpada ainda está à solta. As coisas se agravam quando o bebê de um dignitário espanhol é sequestrado e as autoridades nada fazem. A senhora Linares (Bruna Cusí), esposa do diplomata, acaba contratando Sara para resolver o caso. Logicamente a investigadora recorre também a John e Laszlo.

Assim como na primeira temporada, a ambientação no passado é usada também para falar do presente. O arco de Sara continua a ser usado para falar do machismo daquela sociedade, com a investigadora não sendo levada a sério pela polícia local ou outros com quem interage. A investigação sobre o sequestro dos bebês também mostra toda uma rede de abuso de mulheres perpetradas por homens poderosos e médicos sem escrúpulos. Esses homens em posições de poder pagavam médicos para fazerem os partos de suas amantes e depois dizer a elas que as crianças morreram no parto, esterilizando as mulheres contra a vontade delas. Toda a trama revela como as mulheres eram tratadas como objetos, sendo descartadas pelos homens no momento em que se tornavam inconvenientes e internadas como loucas se causassem problemas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Crítica – Pokémon: The Crown Tundra

 

Análise Crítica – Pokémon: The Crown Tundra

Resenha – Pokémon: The Crown Tundra
A primeira expansão de PokémonSword/Shield, Isle of Armor, trazia novos monstrinhos e o retorno de velhos conhecidos, mas não acrescentava muito em termos de novas mecânicas ou narrativa. Este The Crown Tundra, por sua vez, além de novos pokémons a capturar também tem um pouco mais de trama e alguns novos eventos para mexer na jogabilidade.

Na trama, o jogador chega à titular tundra e se envolve em uma expedição liderada pelo ex-líder de ginásio Peony e sua filha Peonia para encontrarem os vários pokémons lendários que habitam a região. O principal deles é Calyrex, considerado uma divindade capaz de fazer as colheitas crescerem, mas que foi esquecido pela população local. Além deles o jogador também encontrará as formas Galar das três aves lendárias de Kanto: Articuno, Zapdos e Moltres.

A trama tem um pouco mais de substância que a da primeira expansão, ainda que relativamente curta. A narrativa nunca explora como deveria a relação entre Peony e a filha, reduzindo-os a momentos de humor. Sim, Peony é um personagem divertido, mas considerando o passado dele (explicado em sua carta de treinador) é uma pena que trama não o desenvolva a ponto de repercutir nele as ações do presidente Rose, irmão do personagem, e o mais próximo de um vilão na campanha principal.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Jogamos a demo de Hyrule Warriors: Age of Calamity

Jogamos a demo de Hyrule Warriors: Age of Calamity

Não joguei o primeiro Hyrule Warriors quando ele saiu para WiiU, só me aproximando do jogo na Definitive Edition que foi lançada para Nintendo Switch e confesso que fiquei bastante surpreso. De todos os spin-offs da franquia Dynasty Warriors em outros universos (como Dragon Quest ou One Piece), Hyrule Warriors me pareceu o que melhor combinava os elementos das duas propriedades convergentes. Nunca imaginei que ver Link, Zelda e outros massacrando exércitos inteiros em ataques especiais que despachavam centenas de inimigos por vez pudesse ser tão divertido.

O anúncio de um novo jogo na forma deste Hyrule Warriors: Age of Calamity me deixou bastante empolgado não só pela possibilidade de refinar o primeiro jogo, mas também por contar uma história que serviria de prelúdio para Zelda: Breath of the Wild, mostrando como Calamity Ganon derrotou os guardiões e Link precisou ser colocado em hibernação por 100 anos.

O demo do jogo disponibilizado pela Nintendo dá acesso ao primeiro capítulo da campanha principal, algumas breves missões secundárias e três personagens jogáveis em Link, Zelda e Impa. Se o primeiro Hyrule Warriors misturava personagens de diferentes temporalidades ou universos da franquia Zelda (além de alguns originais), aqui todos (ao menos por enquanto) se baseiam nas versões de BoW.

A estrutura básica da jogabilidade é similar a de qualquer game em estilo Musou, com o jogador correndo por um grande campo de batalha cumprindo objetivos como capturar bases inimigas, derrotar líderes adversários ou escoltar algum aliado. Tudo serve como desculpa para massacrar centenas de inimigos por missão, deixando o jogador imerso na fantasia de poder de ser um guerreiro apelativamente habilidoso.

Cada personagem tem uma habilidade própria ligada ao botão ZR, com Link usando seu arco ou Impa colocando símbolos mágicos que atacam os inimigos e podem ser absorvidos por ela para deixá-la ainda mais poderosa. Além disso todos os personagens tem acesso ao uso de runas como bombas, magnesis ou stasis, mas o modo como cada um as usa é diferente. Ao usar bombas, Link arremessa uma série de explosivos nos inimigos, enquanto Zelda invoca uma espécie de Guardião (que pode ser controlado pelo jogador) que caminha pelo cenário disparando bombas. Isso ajuda a diferenciar ainda mais cada personagem, já que no primeiro Hyrule Warriors equipamentos como bombas, gancho ou arco eram iguais para todos os personagens.

O jogo ainda utiliza várias mecânicas presentes em Breath of Wild, ainda que aplicando-as ao seu modo. Cozinhar alimentos, por exemplo, é algo que pode ser feito no início de cada missão e cada prato oferece uma bonificação diferente. Vasculhar o mapa por sementes Korok também está presente, embora pelo demo ainda não seja possível dizer a função delas. Diferente de BoW, no entanto, aqui as receitas precisam primeiro ser aprendidas antes de serem utilizadas e isso pode ser feito completando algumas missões ou atendendo aos pedidos de recursos de NPCs.

Entre uma missão e outra o jogador tem uma visão do mapa de Hyrule, no qual pode visualizar as próximas missões além de entrepostos comerciais e NPCs pedindo recursos. Atender aos pedidos dos NPCs ajuda a desenvolver cada região de Hyrule, além de recompensar o jogador com receitas, equipamentos, golpes ou mesmo novos mercadores de onde comprar. O mapa tem o mesmo visual de Breath of the Wild ainda que as localidades estejam obviamente diferente já que tudo se passa 100 anos antes da destruição provocada por Ganon. Todo o jogo, na verdade, é visualmente bem fiel a BoW, reforçando a impressão de que é tudo no mesmo universo.

Com um combate ágil, personagens bacanas e uma narrativa com o potencial de ampliar nossa compreensão do universo de Breath of the Wild, a demo de Hyrule Warriors: Age of Calamity nos deixou muito empolgados pelo produto final, que será lançado para Switch em 20 de novembro.


Trailer

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Rapsódias Revisitadas – O Nome da Rosa

 

Análise Crítica – O Nome da Rosa

Escrito por Umberto Eco, o romance O Nome da Rosa promoveu a quebra de uma série de paradigmas quando foi lançado em 1980. Era uma narrativa policial passada no período medieval protagonizada por um detetive arguto, extremamente racional, nos moldes de Sherlock Holmes, que, ainda assim, falhava em desvendar o crime e encontrava o culpado apenas por acidente. Isso colocava em questão a exaltação à racionalidade feita pelo gênero, ponderando sobre a complexidade e a não linearidade do conhecimento.

Com o sucesso feito pelo romance era inevitável que houvesse uma adaptação para os cinemas. Em 1986 foi lançada a adaptação para cinemas dirigida por Jean-Jacques Annoud e estrelada por Sean Connery. O filme era um pouco mais convencional do que o romance, já que nele o protagonista de fato resolvia o crime, inclusive já explicando a resolução na metade da narrativa enquanto os líderes da abadia na qual os assassinatos aconteciam se recusavam a acreditar nas deduções do protagonista. Deduções essas que vinham se confirmar ao final. Desta maneira, a versão para os cinemas de O Nome da Rosa não tem o questionamento de paradigmas das narrativas investigativas trazida pelo livro e com isso boa parte do impacto do texto de Eco, mas isso não o faz ser necessariamente um produto ruim.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Rapsódias Revisitadas – Torre das Donzelas

Análise Crítica – Torre das Donzelas

O Brasil nunca passou plenamente à limpo o período da ditadura militar. Nunca confrontamos diretamente o que aconteceu naquele momento da nossa história tampouco conseguimos resgatar ou trazer à tona os eventos que foram ocultados e enterrados. Essas lacunas na memória do período e ausência reverberam ainda hoje e são parte das razões de nos últimos anos termos visto a ascensão de negacionistas históricos a altos cargos de poder.

Este Torre das Donzelas toma para si a tarefa de reconstruir parte dessas memórias do período da ditadura e violações cometidas pelo regime ao contar a história de mulheres que foram presas e torturadas nesta época. O filme conta a história de detentas do Presídio Tiradentes, apelidado de Torre das Donzelas justamente por ser um presídio feminino.

O documentário ouve diferentes ex-detentas do local, inclusive a ex-presidente Dilma Roussef, transformando o testemunho dessas mulheres no principal meio de reconstrução desse passado ausente do qual não há registro formal. Durante os testemunhos vemos como a memória não se apresenta apenas na fala das entrevistadas, mas também em seus corpos, no modo como elas reagem quando entram no espaço vazio de ficavam suas antigas celas. As vozes embargadas, as inflexões tremidas presentes em momentos que mencionam algumas das experiências mais traumáticas mostram como elas ainda carregam consigo as marcas do passado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Crítica – Borat: Fita de Cinema Seguinte

 

Análise Crítica – Borat: Fita de Cinema Seguinte

Review – Borat: Fita de Cinema Seguinte
O primeiro Borat (2006) chamava atenção por suas imagens de cunho semi-documental na qual o fictício repórter do Cazaquistão interagia com pessoas reais dos Estados Unidos e expunha o preconceito, a intolerância e a xenofobia do país. Repetir esse tipo de personagem hoje, mais de uma década depois, e com o fato dos EUA terem um presidente que costumeiramente dá declarações abertamente racista, além de literais nazistas fazendo marchas pelas ruas, provavelmente não traria o mesmo impacto. O comediante Sacha Baron Cohen parece saber disso e neste Borat: Fita de Cinema Seguinte investe mais em uma trama melhor construída e menos nesses esquetes soltos em que ele interage com anônimos.

Na trama, descobrimos que depois dos eventos do primeiro filme Borat (Sacha Baron Cohen) ficou preso em uma gulag sendo submetido a trabalhos forçados. Ele é retirado da gulag a pedido do primeiro ministro do Cazaquistão, que lhe dá a missão de ir aos Estados Unidos para entregar um presente ao vice-presidente Mike Pence e assim recuperar o prestígio do Cazaquistão. Na viagem Borat é acompanhado por Tutar (Maria Bakalova), a filha caçula que ele nem sabia que tinha. Assim, a narrativa é mais sobre essa relação entre Borat e Tutar do que os momentos semi-documentais, ainda que eles continuem presentes.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Crítica – Noturno

Análise Crítica – Noturno

Review – Noturno
Produzido pela Blumhouse, o terror Noturno parte da familiar premissa do conflito entre duas irmãs. Juliet (Sydney Sweeney) e Vivian (Madison Iseman) são gêmeas que estudam em um colégio interno voltado para o ensino de artes e ambas estudam piano. Vivian é popular, tem o melhor professor de piano da escola e conseguiu ser aceita na prestigiosa Julliard. Juliet, por outro lado, não tem nada disso. Farta de viver à sombra da irmã, Juliet vê uma oportunidade ao encontrar o caderno de uma colega que cometeu suicídio. No caderno ele encontra desenhos macabros que talvez tenham um significado oculto que a ajude a ter sucesso.

O primeiro acerto do filme é manter ambíguos seus elementos sobrenaturais. Afinal, Juliet de fato vendeu a alma ao diabo para conseguir superar a irmã? Ou na verdade ela está surtando por conta da pressão e ansiedade que sente ao não corresponder ao que os pais e ela mesma espera de si? Essa incerteza contribui para boa parte do suspense e da tensão, já que não sabemos com certeza qual a causa dos problemas da protagonista. Nesse sentido, a trama consegue criar imagens bem sinistras quando Juliet parece ver os desenhos do caderno ganhando vida diante de seus olhos.