A trama é centrada em Autumn (Sidney Flanigan), uma garota do interior dos Estados Unidos que descobre estar grávida. Quando ela vai a uma clínica em sua cidade se informar sobre a questão, é atendida por pessoas que a estimulam a continuar com a gravidez, mesmo que seja para posteriormente dar o bebê para adoção. Querendo encerrar a gravidez, Autumn pesquisa sobre as leis de aborto em diferentes estados e resolve ir até Nova Iorque. Acompanhada pela amiga Skylar (Talia Ryder), a única pessoa com quem confidencia a situação, Autumn reúne um pouco de dinheiro e parte em sua viagem até Nova Iorque.
domingo, 3 de janeiro de 2021
Crítica – Nunca, Raramente, As Vezes, Sempre
sábado, 2 de janeiro de 2021
Reflexões Boêmias: Piores Filmes de 2020
Final de ano é sempre o momento de fazer um balanço de tudo
que passou e com 2020 é diferente. Não foi um ano fácil graças à pandemia do
COVID-19 e foi particularmente difícil para os filmes com o fechamento de
cinemas, grandes lançamentos indefinidamente adiados ou lançados direto em streaming. Sim, alguns lugares até
reabriram cinemas, mas o medo do contágio fez muitos se manterem afastados (eu
incluso). Deixar de ir aos cinemas, no entanto, não significa que eu não tenha
assistido vários filmes ao longo de 2020, bons e ruins. Como eu prefiro dar as
notícias ruins primeiro, começo meu balanço do ano com os piores, então vamos a
eles. Como em outros anos, a lista leva em consideração filmes que tiveram seu
lançamento oficial no Brasil em 2020, seja nos cinemas ou direto em plataformas
digitais.
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Crítica – Mulan
Na trama, Mulan (Yifei Liu) é uma garota que se recusa a se resignar ao papel que a sociedade chinesa obriga as mulheres a se colocarem. Quando invasores estrangeiros liderados por Bori Khan (Jason Scott Lee) colocam a China em risco, o imperador obriga que cada família ceda um homem para o exército. Querendo evitar que seu idoso pai, Zhou (Tzi Ma), sirva no exército, Mulan rouba as armas e armaduras da família e vai se alistar fingindo ser homem, temendo que caso o segredo seja revelado sua família seja desonrada e ela seja executada.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Crítica – Os Segredos do Castelo
A trama gira em torno das irmãs Marricat (Taissa Farmiga) e Constance (Alexandra Daddario) que vivem isoladas em uma grande mansão depois que o pai delas morreu de maneira extremamente suspeita e as pessoas da cidade acham que elas foram responsáveis por isso. Elas tem uma existência reclusa, com apenas Marricat saindo uma vez por semana para fazer compras, somente com a companhia do estranho tio Julian (Crispin Glover). O cotidiano das irmãs muda com a chegada do primo Charles (Sebastian Stan), que diz estar interessado em cuidar das irmãs, mas na verdade deseja colocar as mãos na fortuna da família.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
Crítica – A Voz Suprema do Blues
A trama acompanha um dia na vida da cantora Ma Rainey (Viola Davis) enquanto ela tenta iniciar a gravação de um disco. Ao mesmo tempo, a banda de Ma, presa na claustrofóbica sala de ensaio do estúdio, começa a discutir entre si e os ânimos começam a se exaltar quanto Levee (Chadwick Boseman), um dos músicos da banda, começa a querer mais destaque.
A trama demora a tocar nos seus temas principais, inicialmente acompanhando o cotidiano dos personagens e as conversas sobre banalidades. O elenco convence da naturalidade dessas interações, mas em seu terço inicial fica a impressão de que testemunhamos verborragia apenas pela verborragia. As coisas começam a melhorar a partir do momento em que começamos a entender melhor aqueles personagens e como eles têm experiências similares de racismo e exclusão.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Rapsódias Revisitadas – Duro de Matar
Para quem não conhece, na trama o policial nova-iorquino John McClane (Bruce Willis) viaja até Los Angeles para reencontrar a esposa Holly (Bonnie Bedelia) para tentar recuperar o casamento dos dois. Holly trabalha em um luxuoso e tecnologicamente avançado arranha-céu na cidade e John chega para encontrá-la durante uma festa da empresa, mas a festa é invadida pelo grupo de ladrões liderados por Hans Gruber (Alan Rickman) que toma todos de reféns. McClane consegue escapar e agora ele tentará lidar com os criminosos por conta própria.
Na época de seu lançamento, o filme chamou atenção pelo modo como reconfigurava os padrões de um filme de ação hollywoodiano. Durante a década de oitenta, o gênero era tomado por astros com corpos hiperbólicos e personagens virtualmente indestrutíveis que despachavam hordas de bandidos sem se ferir como acontecia em Comando para Matar (1985) ou Stallone Cobra (1986). O John McClane de Bruce Willis era o oposto disso. Ele tinha um físico relativamente normal, estava em uma clara situação de desvantagem em relação aos seus inimigos e era vulnerável, física e emocionalmente.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
Crítica – Tenet
Confesso que os primeiros trailers de Tenet não me atraíram em nada. Tudo parecia uma reciclagem de coisas que o diretor Christopher Nolan tinha feito antes em seus outros filmes. A impressão era de se tratava de um A Origem (2010) que trocava a manipulação de realidades e sonhos por manipulação temporal. Ainda assim fui assistir aberto ao que filme me traria e devo dizer que o resultado final é relativamente decepcionante.
Na trama, um agente (John David Washington) é recrutado por uma força-tarefa secreta para combater a mais nova ameaça ao mundo: a manipulação temporal. O protagonista descobre que forças do futuro estão enviando para o presente itens com “entropia invertida” que se movem temporalmente ao contrário. Para descobrir quem está por trás disso, o protagonista recorre a ajuda do misterioso Neil (Robert Pattinson) para localizar o elusivo traficante de armas russo Sator (Kenneth Branagh) que parece ser o responsável por trazer ou receber esses objetos do futuro.
É um conceito complexo, tal como outros filmes do diretor, mas se antes havia um mínimo de clareza em estabelecer esses elementos complicados de maneira que fosse possível entender o que está em jogo, isso não acontece aqui. Nos primeiros minutos o protagonista ouve a explicação de uma cientista de que esses objetos invertidos seriam extremamente perigosos, o motivo disso, no entanto, não fica claro e o texto demora em evidenciar as razões disso. Se em outros filmes Nolan conseguia apresentar seu universo ficcional no primeiro ato, aqui o filme é inteiro permeado por longos diálogos expositivos que tentam explicar o tempo todo as regras de funcionamento desse universo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Crítica – Ava
Na trama, Ava (Jessica Chastain) é uma ex-militar que virou assassina de aluguel. Seu contato é Duke (John Malkovich), antigo mentor de Ava no exército e que nutre um afeto paternal por ela. Quando Ava começa a questionar a natureza do trabalho, Duke tenta convencer o líder da organização, Simon (Colin Ferrel), de que Ava não é um risco para as operações, mas Simon acha melhor descartá-la. Ao mesmo tempo, Ava tenta se reaproximar da família depois que a mãe, Bobbi (Geena Davis), tem um infarto.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Crítica – O Mandaloriano: 2ª Temporada
A segunda temporada segue no ponto em que o ano de estreia parou. Em fuga de Moff Gideon (Giancarlo Esposito), o mandaloriano Din Djarin (Pedro Pascal) parte em busca de informação sobre algum Jedi que pudesse lhe ajudar com a pequena criatura que protege. Tal como no primeiro ano há o mesmo espírito de aventura despretensiosa, com o protagonista chegando a um planeta diferente a cada semana e alguém ou alguma crise específica para resolver nesse local que ao final dá alguma contribuição para mover a trama principal para frente. A partir desse ponto, aviso que o texto pode conter SPOILERS da temporada.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Crítica – Hyrule Warriors: Age of Calamity
A trama se passa 100 anos antes de Breath of the Wild e conta a história do ataque de Calamity Ganon que levou à queda de Hyrule, a morte dos quatro pilotos das feras divinas e a Link ser colocado em estase durante um século. Ajuda não só a dar mais contexto a Breath of the Wild como também amplia nosso entendimento sobre esse universo ao ver como a Hyrule do jogo era antes da devastação de Ganon. A narrativa também nos mostra versões muito mais jovens dos personagens de BoW, como Impa, que lá era já uma senhorinha idosa e aqui, em sua juventude, é uma ágil guerreira, lutando com espadas, selos mágicos e símbolos místicos.
Há um elemento de viagem no tempo aqui, no entanto, que pode desagradar os fãs mais puristas de BoW. Outro problema é que a trama é, em muitos momentos, excessivamente expositiva, focando mais em explicar como as coisas aconteceram do que desenvolver os personagens e as relações entre eles. Uma pena, já que os campeões Daruk, Mipha, Revali e Urbosa são tão carismáticos. A única que recebe um pouco mais de desenvolvimento é Zelda, com a trama focando no senso de inadequação da princesa conforme ela parece não conseguir despertar o poder profetizado para ela.