Baseado em um livro de Tom
Clancy, este Sem Remorso é, na
prática, um filme de vingança idêntico a todos os outros que já vimos, seguindo
boa parte das batidas de trama que imaginamos que o filme irá seguir. Ainda
assim, a trama tem momentos de ação e tensão suficientemente bem construídos
para valer a experiência.
Depois de uma missão na Síria na
qual sua tropa encontrou e matou criminosos russos, o soldado John Kelly
(Michael B. Jordan) retorna para casa para ficar com a esposa, grávida do
primeiro filho do casal. Kelly e os demais membros de sua tropa, no entanto, se
tornam alvo de operativos russos, que invadem a casa do protagonista e matam
sua família. Apesar de baleado Kelly consegue sobreviver e ver o rosto de um
dos agressores. Recuperado, Kelly decide ir atrás dos culpados, contando com a
ajuda de sua antiga comandante, Greer (Jodi Turner-Smith, do ótimo e pouco
visto Queen and Slim), que lhe dá os
nomes dos possíveis envolvidos.
Em termos de narrativa não há
nada aqui que já não tenhamos visto antes e ainda por cima reproduz alguns
lugares comuns antiquados que não deveriam ter mais espaço em narrativas. Um
exemplo é o velho clichê da esposa que não tem qualquer outro propósito na
trama a não ser morrer para servir de motivação para as ações de um
protagonista masculino, o velho tropo das “mulheres em geladeiras” que reduz
personagens femininas a um mero adereço na jornada do homem. Claro, a trama
apresenta personagens em posições de poder como a oficial Greer, mas isso não
cobre o fato de que a esposa do protagonista existe apenas para ser assassinada.