O texto acerta em construir uma abordagem bem humorada sem, em geral, transformar o problema da personagem no principal alvo das piadas ou em um atributo que a torne patética. Digo em geral porque em alguns momentos, o humor parece se direcionar para nos mostrar a conduta de Dani sob uma ótica de ridículo, o que compromete a ideia de tentar fazer o público ter empatia por quem sofre desses problemas.
Ainda assim, o material reconhece as dificuldades em conviver com o problema e como cada tratamento ou medicação, apesar de resolver certos aspectos da questão, criam outros efeitos colaterais. O humor também mira em algumas pseudociências e tratamentos “alternativos” que prometem muito mais do que são capazes de cumprir e existem para arrancar dinheiro de pessoas desesperadas por algum tipo de cura.