A trama acompanha Anna (Amy Adams) uma mulher agorafóbica que mora em Nova Iorque e há anos não sai de casa por conta de um trauma passado. A rotina dela muda com a chegada de novos vizinhos na casa da frente, cuja relação parece conturbada. O garoto, Ethan (Fred Hechinger), parece ter medo do pai, Alistair (Gary Oldman). Um dia Anna vê a esposa de Alistair, Jane (Julianne Moore), ser aparentemente esfaqueada por ele, mas quando denuncia à polícia, o vizinho mostra que a esposa está viva e bem, mas a mulher que aparece como Jane (Jennifer Jason Leigh) é bem diferente da que Anna conheceu. Assim, a mulher tenta descobrir o que está acontecendo.
O primeiro problema é a unidimensionalidade e histrionismo dos personagens. Apesar de Joe Wright conduzir tudo como um suspense sério e estilizado, todo mundo se comporta como se estivesse em um suspense B exagerado. Fred Hechinger pesa tanto a mão na composição de “jovem desequilibrado” que vira uma caricatura ridícula prejudicada por diálogos bizarros como aquele em que ele comenta sobre línguas de gato. Já Gary Oldman se limita a gritar o tempo todo e nem é aquela histeria divertida que o ator já apresentou em filmes como O Profissional (1994) quando interpretou um policial constantemente drogado, aqui soa despropositadamente excessivo.